Consumo

Variedade rara é destaque no Festival de Orquídeas e Flores em Campinas

Pomba, originária do Panamá, chamou a atenção do público, na Estação Cultura, neste fim de semana

Por: Jessica Midori e Beatriz Stevanatto

Neste fim de semana, a cidade de Campinas foi anfitriã da 4ª edição do Festival de Orquídeas e Flores. O evento, que ocorreu na Estação Cultura e durou três dias, 08, 09 e 10 de março, contou com a presença de dezenas de expositores e centenas de diferentes espécies de plantas. As orquídeas foram as mais populares entre os visitantes.

De acordo com o expositor do orquidário El Shaddai São Francisco, Márcio Greco, as orquídeas híbridas do gênero Cattleya são as que fazem maior sucesso neste tipo de evento. Odiléia Campodonio, da K.S. Orchids, acrescentou que os destaques são variados, já que para cada tipo de visitante há uma espécie de orquídea que mais chama atenção. “Varia muito de pessoa para pessoa, mas no geral o que mais chama atenção são plantas com flores grandes e cores bonitas. Já o colecionador gosta de espécies, porque essas não cruzaram com nenhuma outra, são puras”, disse.

As híbridas Cattleyas são as mais populares entre os compradores (Foto: Jessica Midori)

O ambiente, organizado em duas plataformas, permitiu que os visitantes caminhassem pelo espaço repleto de estandes em ambos os lados, e possibilitou que conhecessem as diferentes espécies de flores e comprá-las. No primeiro dia de evento, apenas no estande do Orquidário F.R.A.L, segundo o expositor e presidente da Associação Indaiatubana de Orquidófilos, Marcos Scarpa, havia disponíveis para compra cerca de 300 espécies de flores, sendo mais de 80% delas importadas.

Bruno Theodoro, orquidófilo e frequentador do evento há alguns anos, comentou que a importância do evento está, principalmente, na oportunidade que ele proporciona para os admiradores conhecerem, e poderem comprar espécies exóticas.

“Acredito que em uma feira como essa há a possibilidade de comprar orquídeas diferentes do que existe comercialmente nos mercados. Acho que o que está no mercado é muito limitado, o que acaba fazendo com que as pessoas não saibam da grandeza do que existe no mundo hoje”.

Theodoro, que disse possuir mais de 1.000 espécimes de orquídeas em sua coleção, comentou que a paixão começou desde que tinha 15 anos de idade e permanece forte 20 anos depois.

Bruno Theodoro gosta da variedade de espécies que os festivais oferecem aos compradores (Foto: Jessica Midori)

Claudinei José Gomes, ex-secretário da Associação Campineira de Orquidófilos e colecionador há anos, comentou que as orquídeas possuem o poder de criar um vínculo com o seu cuidador e vice-versa.

“É um vírus do bem. É mito que as orquídeas são difíceis de cuidar, só é preciso entender qual é o cuidado necessário para espécie que você possui”. Gomes, assim como Bruno Theodoro, ainda destacou que a sua parte favorita desses eventos, aos quais ele já está acostumado, é a possibilidade de comprar alguns exemplares e conhecer espécies exóticas.

A expositora Odiléia Campodonio acrescenta que o cultivo das orquídeas vai além da prática, e que a relação entre planta e cuidador pode se tornar tão profunda quanto uma conexão entre animal e tutor. “Você dá amor, cuida, alimenta, e em retorno a você ela dá uma flor maravilhosa. É uma relação muito íntima que só quem cuida de orquídea sente”.

Mas não foram todos os visitantes que compareceram ao festival com a intenção de levar algumas orquídeas para as suas casas. Assim como a aposentada Eva del Vecchio, que apesar de não possuir conhecimento profundo sobre as orquídeas admira a beleza da planta, muitos frequentadores foram atraídos à Estação Cultura apenas para apreciar as flores expostas.

“Essa já é a minha terceira ou quarta vez neste festival, acho que já fui em todas as edições. Hoje eu amanheci um pouco triste e decidi ir ver as plantas, ver as novidades, as coisas lindas. Eu só me sinto bem aqui dentro, é um lugar ventilado, seguro, e eu acho que planta é tudo”.

A protagonista dessa edição do festival, segundo os orquidófilos e expositores, foi a Peristeria elata. Nativa da América Central, e popularmente conhecida como “Orquídea Pomba” ou “Orquídea do Espírito Santo”, a única muda desenvolvida que estava sendo exposta no festival, pôde ser encontrada no estande do orquidário Vico. Desde a altura do caule ao formato do centro da flor, que lembra um pombo branco, a orquídea chamou atenção dos especialistas e também dos leigos.

A Peristeria elata foi destaque no festival pela sua raridade e aparência interessante (Foto: Jessica Midori)

“Essa é uma espécie que demora para florir, pois ela precisa estar bem adulta para poder aparecer uma flor. Uma muda leva de 8 a 10 anos para se desenvolver o suficiente para florir. Ela costuma chamar bastante atenção pela raridade, por ser difícil encontrar uma muda florida, é uma orquídea bem exótica”. O expositor Vilberto Guide explicou a respeito da orquídea rara.

O orquidófilo Bruno Theodoro ainda deixou uma dica para os visitantes das próximas edições do festival. Ele sugere a quem não conseguir comparecer aos três dias de evento, que priorize ir na estreia, já que, segundo ele, é no primeiro dia que as flores raras e exóticas estão todas disponíveis, seja para comprar ou apenas apreciar.

Segue abaixo o vídeo registrando alguns momentos do Festival

Na galeria, a seguir, estão mais imagens do evento

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Isabela Meletti


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