Destaque
Autor da proposta, o padre Trasferetti diz que intenção é também educar a comunidade para a prática da inclusão
Por: Daniel Rosa, Luiz Felipe de França e Pamela Sousa
Uma vez ao mês, a Igreja Santa Rita de Cássia, localizada no bairro Nova Campinas, promove uma celebração litúrgica adaptada e inclusiva, que tem como objetivo acolher pessoas com deficiência e educar a comunidade a conviver com a diversidade em todas as suas manifestações.
Os beneficiados pela missa são principalmente famílias com filhos autistas, surdos e cadeirantes. Seu público, em geral, está em torno de 40 pessoas e, no momento, 8 famílias são diretamente beneficiadas pela liturgia. A missa é organizada pela PAICA (Programa de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente), junto do comitê que o padre Luís Trasferetti, o reitor da igreja, organizou.
A ideia da missa inclusiva partiu do próprio Trasferetti, quando percebeu que havia uma dificuldade para as famílias participarem da missa, por não se sentirem acolhidas na igreja. “Nem sempre as nossas comunidades estão preparadas para acolher de modo inclusivo as famílias que necessitam deste suporte”, comentou o pároco. Ele também destaca a necessidade de educar a comunidade, visto que o público da missa é, em sua maioria, composto por pessoas que não precisam dos auxílios que a paróquia oferece. Abaixo, entrevista com o padre Trasferetti:
O projeto da missa inclusiva ainda está sendo desenvolvido nas celebrações que vêm acontecendo desde dezembro de 2023, sem uma estrutura 100% completa. Porém está sendo preparado, ao longo que as missas acontecem, por exemplo o Espaço Sensorial voltado para crianças autistas, além da intérprete em libras, a banda adaptada etc.
O padre Trasferetti e a coordenadora do PAICA planejam que as missas sejam mais frequentes. Eles dizem perceber que há uma frequência crescente às celebrações.
Taís Rodrigues, professora e intérprete de línguas de sinais, atualmente oferece esse auxílio à Pastoral dos Surdos, na Santa Edviges, e também na missa adaptada de Santa Rita de Cássia. Ela diz que ambas as entidades não possuem nenhum vínculo, mas batalha para que haja mais intérpretes em todos os lugares, para permitir aos surdos cada vez mais opções para seguir a sua fé.
A coordenadora técnica do PAICA e representante do comitê, Susy Ferraz, é mãe de dois meninos, um com transtorno do espectro autista (TEA) e outro com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Susy diz que sentiu dificuldade para permanecer nas missas por conta dos cuidados que seus filhos necessitam, assim como a família Souza, que conta como foi para eles descobrirem que na Igreja há missa e espaço para as crianças autistas, já que na antiga paróquia que frequentavam não eram bem aceitos.
A próxima celebração inclusiva na igreja Santa Rita de Cássia acontecerá no dia 27 de abril, ao meio dia. O templo fica localizado na Avenida Dr. Jesuíno Marcondes Machado, 670.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Isabela Meletti
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