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CLC apresenta 40 pesquisas em iniciação científica

Evento ocorre nesta terça e quarta, reunindo graduandos bolsistas na Semana Acadêmica promovida pela Universidade

Apresentação de pôsteres no encontro presencial de iniciação científica, em 2018 (Foto: Departamento de Comunicação – PUC-Campinas)
 

Por: Melyssa Kell

A profa. Luísa Paraguai: “A ideia é fortalecer a cultura da pesquisa na graduação” (Foto: Acervo Pessoal).

Nesta terça e quarta-feira (25 e 26), as 20 pesquisas desenvolvidas em iniciação científica e outras 20 em andamento, dos alunos do Centro de Linguagem e Comunicação (CLC), serão apresentadas na Semana Acadêmica, promovida pela PUC-Campinas, sob responsabilidade da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq).

Orientados pelos professores do Programa de Pós-Graduação em Linguagens, Mídia e Arte (Limiar), os graduandos iniciantes apresentarão pôsteres de seus projetos somente nesta terça, a partir das 10h30, enquanto os concluintes farão apresentação oral a partir das 14h de terça e quarta-feira.

“A Propesq propôs um formato muito rico de semana acadêmica para este ano. A ideia é fortalecer a cultura da pesquisa na graduação, organizando uma semana dedicada apenas a isso”, avaliou a profa. Luísa Paraguai, coordenadora do PPG Limiar.

Luiz Oliveira: “Concluí, com a pesquisa, que devemos trabalhar uma comunicação com alteridade” (Foto: Acervo Pessoal)
 

Estudante de jornalismo, Luiz Oliveira, 19, vai apresentar a pesquisa “Comunicação, discurso violento e intolerância: circulação de sentidos na rede digital Facebook”, sob orientação do prof. Marcelo Pereira da Silva. Segundo o aluno, a pesquisa desenvolvida o preparou para o TCC que deverá fazer em seu último ano na graduação.

“Concluí, com a pesquisa, que devemos repensar o sentido de comunicação, trabalhar uma comunicação com alteridade, aquela comunicação que reconhece a dignidade do outro, independentemente de suas escolhas, sejam elas religiosas ou outras”, aponta o estudante.

Alexia Bethiol: “Desenvolvi um senso de responsabilidade maior durante a iniciação” (Foto: Acervo Pessoal)

Para Alexia Bethiol, estudante de Artes Virtuais, orientanda da profa. Luísa Paraguai, a pesquisa foi desafiadora logo no início. “Uma pesquisa acadêmica é difícil até que se acostume com o processo. Tive dificuldades para filtrar os autores utilizados como referência, pois nunca tinha feito uma pesquisa tão grande quanto uma de iniciação científica”, disse.

Vitória Landgraf: “Nós apuramos que a Folha praticou o que é chamado de jornalismo declaratório” (Foto: Acervo Pessoal)

Alexia desenvolveu a pesquisa ‘Ruído e a Glitch Art’, que aborda o uso de dispositivos obsoletos para novas criações artísticas, utilizando ruídos ou “erros” eletrônicos como estética, o que configura o glitch art. A estudante também relatou a importância da iniciação científica para seus demais trabalhos acadêmicos. “Acredito que desenvolvi um senso de responsabilidade maior durante a iniciação, também melhorei minhas habilidades com a pesquisa e a escrita acadêmica”, disse.

Winycius Morais: “Se não tivesse feito a iniciação científica com esse tema, seria um profissional totalmente diferente” (Foto: Acervo Pessoal)

Vitória Landgraf, estudante de jornalismo e orientanda do professor Carlos A. Zanotti, vai apresentar a pesquisa “Objetividade e negacionismo: o jornalismo frente à mentira como estratégia de exercício do poder político”. O objeto do estudo foi uma notícia sobre o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na abertura da assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2021. No período, uma checagem de fatos feita pela Agência Lupa apontou que Bolsonaro falou mentiras em relação à pandemia e à Floresta Amazônica, que acabaram sendo guindadas à manchete da Folha de S. Paulo como se fossem verdades.

“Nós apuramos que a Folha praticou o que é chamado de jornalismo declaratório, deixando de lado os aspectos contraditórios e todo o contexto daquele pronunciamento”, apontou a estudante de jornalismo. Segundo Vitória, com o crescimento do negacionismo e das fake news, não basta ao jornalismo apenas relatar acontecimentos com objetividade exclusiva em relação fato, mas ampliar a base contextual de seus relatos. “É preciso avançar no campo da análise quando se escreve uma notícia”, recomendou.

Já a pesquisa “’Menino de 8 anos protestando?” Análise de comentários sobre crianças militantes em reportagem do UOL”, do bolsista Winycius Morais, discente de Letras, baseou-se em um estudo de caso sobre comentários a respeito de reportagem com crianças militantes. O aluno foi orientado pela professora Juliana Doretto, e elaborou diretrizes para auxiliar jornalistas e comunicadores a abordarem crianças de maneira a respeitar sua cidadania.

Para o estudante Winycius, além do repertório acadêmico, a iniciação científica o auxiliou em sua formação enquanto educador, uma vez que a partir dela compreendeu a criança como um sujeito crítico e com opiniões próprias. “Se não tivesse feito a iniciação científica com esse tema, poderia vir a se um profissional totalmente diferente. Minha abordagem e preparação de aulas seriam outras. Hoje, quero ouvir o que as crianças têm a falar, quero alunos questionadores e críticos”, disse o graduando.

Abaixo, a relação das pesquisas concluídas pelos alunos do CLC:

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Melyssa Kell


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