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A doença que é causada pelo mosquito Aedes aegypti já provocou quatro mortes no munícipio
Por: Giullia Marques
A Região Norte de Campinas, que compreende 12 bairros, continua liderando o ranking das regiões mais atingidas pelo mosquito Aedes aegypti, que provoca a dengue. O levantamento é do Departamento de Vigilância e Saúde (DEVISA), da Prefeitura Municipal de Campinas.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Arbovirose de Campinas, Heloísa Malavasi, ainda que o número de casos de dengue na cidade esteja dentro das expectativas para este período, o aumento preocupa. Em março, foram registrados 11 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto em abril esse número chegou a 44. No começo deste mês, a Secretaria de Saúde divulgou novos números: entre 1º de janeiro e 30 de maio deste ano foram registrados 7.448 casos de dengue na cidade, com quatro óbitos pela doença, neste período.
Até maio passado, a cidade contabilizou 4.125 casos confirmados de dengue, representando um coeficiente de incidência de 342 casos para cada 100 mil habitantes. Pelo levantamento da DEVISA, a dengue se alastra pela cidade e registra as primeiras mortes.
O avanço da dengue pelo país também preocupa o Ministério da Saúde, que confirmou até maio passado 438 óbitos no país, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado este mês. A Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 1.473 casos/100 mil hab., seguida das regiões Sul (884 casos/100 mil hab.), Sudeste (394,4 casos/100 mil hab.), Norte (202 casos/100 mil hab.) e Nordeste (225,3 casos/100 mil hab.).
Para conter o avanço da doença na cidade, a prefeitura mobilizou seu Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que desde 2015 trabalha para conter a doença. Uma das ações comandadas pelo grupo, que reúne equipes de 14 secretarias, é o combate à dengue.
A Defesa Civil tem importante atuação neste trabalho, principalmente na eliminação dos focos do mosquito. Uma das ações é controlar o número de criadouros ou fazer uso da nebulização. Há também atividade de controle químico, que tem como objetivo atingir o mosquito adulto em áreas de transmissão da doença.
A funcionária pública Elisabeth Scarso, de 48 anos, foi uma das vítimas do mosquito Aedes aegypti. ‘Eu não sabia o que estava acontecendo com o meu corpo. Começou com uma leve dor de cabeça e indisposição e eu pensava que era só o cansaço do dia a dia”, conta. Como o mal-estar não passava, ela decidiu procurar ajuda médica. “Depois de ter ido até o hospital e feito o teste da dengue, percebi manchas na minha pele que pioraram com os dias. Não senti nenhuma dor, somente uma leve coceira no local”.
Transmissão
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também transmissor de outras arboviroses, como febre amarela, febre Chikungunya e Zika. O mosquito se prolifera principalmente após períodos de chuva e temperatura elevada, que ajudam no aumento da quantidade de mosquitos.
Os sintomas da dengue variam de dor de cabeça e no corpo, febre, manchas vermelhas pelo corpo, até quadros graves de hemorragia. Quando há complicações, é necessário a internações e, em alguns casos, o paciente vai a óbito.
Prevenção
A melhor forma de combate à dengue é evitar a proliferação do mosquito transmissor, eliminando criadouros com água parada, local onde a fêmea do mosquito deposita seus ovos. É muito importante evitar guardar pneus em imóveis, objetos inservíveis como sofás, armários, eletrodomésticos em locais descobertos. Campinas conta com 15 ecopontos, com locais de entrega voluntária de materiais inservíveis.
Orientação: Profa. Cecília Toledo
Edição: Oscar Nucci
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