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1ª passeata virtual contra abuso reuniu famosos e projeções

12 horas no ar, vídeos mostram vítimas falando sobre violência sexual contra crianças e adolescentes

Por: Rafaela Guarnieri

Passeata Virtual projetada em prédios da Avenida 13 de Maio em São Paulo (Imagens: Redes sociais do Instituto Liberta)

A primeira passeata virtual do mundo tomou forma de vídeo com duas horas de duração, projetado em sistema de looping por 12 horas em prédios de diversas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, e compartilhado no site do Instituto Liberta, nesta quarta-feira, 18, Dia Nacional de Combate à Exploração de Crianças e Adolescentes.

A campanha, que teve por objetivo falar sobre a violência sexual infantil, teve apoio de diversos famosos da mídia, entre eles a artista Angélica Ksyvickis, Luciano Hulk e Marcos Mion, que gravaram vídeos em suas redes sociais chamando os seguidores que já sofreram esse tipo de abuso para participarem da passeata.

A advogada e professora Luciana Temer, idealizadora do movimento e diretora do Instituto Liberta, aponta que um dos maiores desafios de quem já foi vítima de violência sexual é o silêncio, e a passeata teve o objetivo de quebrar esse padrão.

O movimento consistiu em gravações audiovisuais realizadas pelos manifestantes, sendo exibidas simultaneamente, lado a lado, em pequenos círculos na tela dos que acompanharam o evento. Todos repetiram a mesma frase “Violência contra criança e adolescente é uma realidade, eu sou vítima, e agora você sabe”.

Segundo informou a idealizadora do evento, a campanha foi pensada de forma que as gravações fossem transmitidas uma única fez. “É uma passeata, eu passo e vou embora”, explica a Luciana. Além disso, dados estatísticos a respeito do abuso contra esse contingente de brasileiros público também foram exibidos durante os intervalos entre os vídeos.

Vítimas de abuso de diferentes cidades brasileiras participam da passeata virtual (Imagem: Youtube)

Dentre eles, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, o fato de que 85,2% dos autores de estupro são conhecidos das vítimas, e 86% dessas são meninas entre 10 e 14 anos. O Instituto Liberta estima, com base nos estudos feitos pelo Instituto Britânico de Estatísticas, que 10,2 milhões de brasileiros já sofreram abuso na infância.

Luciana ainda explicou que busca com essa manifestação o posicionamento de todos os candidatos a presidente e a governador a respeito de seus planos concretos para o combate a esse tipo de violência. Para ela, a promoção da educação nas escolas é uma forma eficaz de conscientizar e evitar esse problema brasileiro.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: João Vitor Bueno


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