Destaque
Com o isolamento social, cresce o número de pessoas que optam por jogar on-line.
Por Rafael Pagliarini
Há mais de um ano, com a pandemia disseminada no mundo pelo vírus COVID-19, a quarentena trouxe às pessoas a descoberta de novos hábitos em suas rotinas dentro de casa. Uma das atividades escolhidas foi a área de jogos digitais, que teve seu consumo alavancado no ano passado no Brasil.
De acordo com os dados apresentados pela consultoria Comscore, especializada na medição de audiência, foi registrado em 2020 um salto de 20% no uso de jogos on-line e nas visitas a sites de games entre os dias 9 e 22 de março, quando as medidas de restrição começaram a ser adotadas. Em junho, 84.1 milhões, dos 122.7 milhões de brasileiros conectados, consumiram esse tipo de conteúdo.
“A transferência do mundo real para o digital ocorreu de forma muito rápida”, é o que disse o professor do curso de Jogos Digitais da PUC-Campinas Luiz Menezes Júnior, em entrevista ao portal Digitais, ao ser questionado como a pandemia impactou a área de jogos digitais. Segundo Menezes, que é também doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), as mudanças estipuladas pelo isolamento social refletiram no aumento do consumo de jogos. “Com o mundo inteiro trancado em casa muita gente começou a comprar mais dispositivos eletrônicos para home office, EaD e para comunicar-se com os familiares. Isso possibilitou o aumento da busca por jogos eletrônicos”, afirma o professor.
Apesar do isolamento social trazer bons números ao setor de jogos no Brasil, ele também pode causar alguns entraves ao planejamento de grupos envolvidos no ramo. Marcelo Germani Olmos, um dos coordenadores da Gamux, grupo regional de pesquisa e desenvolvimento de jogos organizados por estudantes, apontou alguns problemas que a equipe teve com a pandemia. “Mesmo com o crescimento no consumo de jogos digitais, sofremos várias consequências por conta da pandemia, como o cancelamento de eventos, projetos para desenvolver novos jogos e workshops.” Germani ainda comenta que as perspectivas para o futuro no mundo dos jogos digitais são boas. “Os números de jogadores aumentaram e o número de jogos criados por desenvolvedores independentes ou pequenas empresas crescem a cada dia, podendo no futuro tornarem-se grandes nomes ou marcas no mundo dos games”, disse o coordenador do grupo de pesquisa.
O desenvolvedor de jogos, Fábio Pinto, que trabalha de forma independente no ramo há três anos, destacou que esses tempos estão sendo os melhores para o setor desde que começou no cenário dos jogos digitais. “Esses tempos estão sendo muito importante para o setor de jogos, e por isso, todos têm espaço, grandes e pequenas empresas, desenvolvedores independentes, no geral todos que fazem parte do setor estão conseguindo crescer”. Quando perguntado que tipo de jogos os usuários mais buscam, responde que são aqueles que de imediato procuram chamar a atenção do jogador, de forma a ocupar seu tempo livre e aliviar o stress.
O consumo de jogos digitais para muitas pessoas virou um costume durante a pandemia. Não foi diferente para o estudante de psicologia da PUC-Campinas, Alvaro Moscatelli, explica que esses jogos se transformaram em algo comum em sua rotina. “Hoje consumo muito mais do que antes. Para mim, tornou-se um hábito, pois jogo para me distrair e colocar o papo em dia com meus amigos que não vejo desde o início da pandemia”, disse o estudante de psicologia.
Orientação: Prof. Carlos Gilberto Roldão
Edição: Patrícia Neves
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