Destaque
13 das 20 cidades da região têm pacientes com o vírus; não há mortes registradas
Por Julia Vilela e Mariana Padovesi
A Região Metropolitana de Campinas totaliza, até o momento, 105 pessoas foram confirmadas com sarampo. Apesar do número alto, os municípios do estado de São Paulo não possuem autonomia para realizar campanhas próprias de vacinação, que por sua vez são feitas por determinação do Ministério da Saúde junto com a Secretaria Estadual de Saúde. A escolha das cidades que participam das campanhas se dá a partir do número de casos e da baixa cobertura vacinal, como por exemplo, São Paulo, que contabiliza 2.397 contaminações.
Entre as 20 cidades que compõem a RMC, as que possuem infectados são Campinas, Vinhedo, Paulínia, Indaiatuba, Sumaré, Jaguariúna, Hortolândia, Valinhos, Itatiba, Santa Bárbara d’Oeste, Americana, Monte Mor e Artur Nogueira. A doença é provocada por um vírus chamado morbilivírus, transmitido por meio do contato com outras pessoas contaminadas. Em 2016, o sarampo foi considerado erradicado no Brasil que recebeu um certificado emitido pela Organização Panamericana de Saúde (Opas). Em 2018, voltaram a ser registrados casos no país, impulsionados pelo baixo índice de vacinação e com o registro de casos de Amazonas e Roraima.
Para inibir a proliferação do vírus as cidades da região intensificaram a rotina de vacinação nos postos de saúde, a fim de compensar a não realização de campanhas por parte do Estado. Em Vinhedo, que possui 10 casos, a população passou a procurar com mais intensidade pela vacina, houve conforme a avaliação da gerente da Vigilância Epidemiológica, Ceci Rossi. Jaguariúna, com seis casos, registrou um aumento de 85% na procura pela vacina, em comparação ao primeiro quadrimestre do ano, segundo a Prefeitura da cidade.
Campinas possui 54 casos confirmados de sarampo. Em nota oficial, a Prefeitura informou que o município totaliza 70.413 doses aplicadas, entre elas mais de 100 operações foram de bloqueios vacinais, com reforço da vacina na área da residência do infectado, o que equivale a 9.358 doses. Os moradores podem procurar um dos 66 postos de saúde para serem vacinados.
A faixa etária da maioria dos infectados no município é de menores de um ano, diferente dos registros em Americana e Santa Bárbara D’Oeste, onde os casos confirmados são pessoas com mais de 40 e 55 anos, respectivamente.
Na RMC, a estratégia utilizada para evitar o aumento do número de contaminados é o bloqueio vacinal, até mesmo para aqueles que já foram imunizados. Esse procedimento é adotado após a notificação de suspeita, antes mesmo da confirmação por exames laboratoriais. Em Americana, segundo a Prefeitura, as medidas de prevenção visam garantir a vacina em todas as unidades de saúde somado ao trabalho das escolas para conscientizar sobre a importância da carteira de vacinação atualizada, ações para evitar que a doença continue a se propagar.
Orientação: Professora Rosemary Bars
Edição: Vinicius Goes
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