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Músicos retomam atividades com cautela

Samba de Responsa fez lives para arrecadar alimentos e patrocínios para despesas fixas do grupo

Com a liberação de restrições, o Grupo Samba de Responsa voltou a tocar em eventos (Imagem: Arquivo Pessoal)

Por: Gabriel Carneiro e Rafael Pagliarini

Mesmo com o fim das restrições contra a Covid-19 para bares e casas noturnas, estabelecidas pelo governo do Estado de São Paulo, no dia internacional da música, comemorado nesta sexta-feira, 1 de outubro, os artistas ainda voltam gradualmente às atividades presenciais após um ano e meio em isolamento social. Nesse período, muitos músicos precisaram buscar formas alternativas para conseguirem se manter financeiramente.

Produtor executivo do grupo Samba de Responsa, Rafael Marba comenta como fica o panorama geral da música após a volta presencial de shows (Imagem: Arquivo Pessoal)

De acordo com pesquisa em nível nacional, realizada no ano de 2020, pela União Brasileira de Compositores (UBC), são 30% dos trabalhadores do setor da música que perderam toda a sua renda nesse período de pandemia. O produtor executivo do grupo Samba de Responsa Rafael Marba afirma que, tanto ele quanto o grupo, passaram pela mesma situação e precisaram buscar outras alternativas, mas ainda no cenário musical. “Com as lives foi possível arrecadar alimentos para os músicos e suas famílias, além de patrocínios de empresas que ajudavam nas despesas fixas da banda”.

A sambista e historiadora Ilcéi Mirian também escolheu continuar no ramo musical durante a pandemia e gravou entrevistas online, vídeos de aniversários para fãs e outros projetos musicais dentro de sua casa. Para ela, apesar das “reinvenções”, ainda continua difícil lidar com a situação. “Não dá para se adaptar, nada substitui o contato com as pessoas e tocar com os artistas. É uma energia muito forte para nós”, afirmou.   

Já o músico e ator Tauan Semeghini, durante a quarentena, também apostou em lives, mas sentiu mudanças na maneira de como produzir músicas. “As pessoas passaram a produzir mais em casa, se reinventaram e trouxeram a produção musical para um lado mais intimista, fazendo seus próprios estúdios em casa”. Segundo o cantor, foi possível tirar algumas lições desse tempo em isolamento. “A maior delas foi o conhecimento. Eu por exemplo comecei a fazer mais aulas de violão, aprender mais instrumentos, agregar mais conhecimento com documentários e filmes, sempre trabalhando e produzindo”, completou.

O cantor e ator Tauan Semighini revela que apostou em lives, mas sentiu mudanças na maneira de como produzir músicas (Imagem: Arquivo Pessoal)

Na cidade de Campinas, assim como no restante do estado, os shows sem restrições foram liberados desde 17 de agosto. O grupo Samba de Responsa e Tauan já retomaram e estão com eventos programados para os próximos meses. Entretanto, não são todos os artistas que estão à vontade em voltar aos palcos, como é o caso de Ilcéi Mirian. A cantora, mesmo com convites para outubro e novembro, ainda não sente segurança para cantar em lugares com público.

Assim como os artistas, nem todos os espaços culturais de Campinas voltaram totalmente à ativa. O teatro SESI Amoreiras, por exemplo, que reabriu em agosto, já tem confirmado para o mês de setembro o show da banda cover Queen Tribute Brazil. Já o Sesc Campinas e a Prefeitura de Campinas ainda continuam sem programação presencial para os próximos meses, mantendo todos os eventos via online.

Para Ilcéi, os artistas que convidam o público para eventos com aglomerações durante a pandemia carregam uma responsabilidade social. “Temos uma grande responsabilidade a partir do momento que fazemos um vídeo convidando o público para um evento. Fico preocupada. Por que vou convidar a galera para aglomerar?”, questiona.

Vídeo Ilcéi

Para Ilcéi Mirian, sambista e historiadora, convidar o público aos shows mesmo sem restrições, ainda requer muita responsabilidade social dos artistas (Imagem: Arquivo Pessoal)

Mesmo sem saber exatamente quando tudo voltará, realmente, “ao normal”, o produtor musical Marba fala da sua expectativa sobre o panorama geral da música após a volta presencial de shows. “Em um panorama geral, pelo fato de as bandas terem ficado sem renda, talvez deem mais valor ao contratante, ao horário de entrega e ao trabalho. A qualidade musical vai melhorar, aumentando valores de cachês e possibilitando as pessoas a voltarem a sobreviver da música”, disse.

Ilcéi Mirian abriu exceção para tocar com outros músicos, no fechamento do tradicional Tonico’s Boteco.

Orientação: Profa. Ivete Cardoso Roldão

Edição: Fernanda Almeida


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