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Peça de Sol Miranda, com entrada gratuita no Sesi, narra história de Mercedes Inácia Krieger
Por Rafael Smaira
Às 20h desta sexta e sábado (17 e 18), o grupo carioca de teatro Emú apresenta, no Sesi da Amoreiras, em Campinas, a história da primeira bailarina negra a integrar o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente através da página do Sesi-Campinas.
A apresentação retrata a biografia de Mercedes Ignácia da Silva Krieger, uma das precursoras da dança moderna negra brasileira e um dos principais nomes que atuaram na popularização das alas coreografadas no carnaval carioca. Além de bailarina, Mercedes – que nasceu em 1921 e faleceu em 2014 – foi empreendedora e ativista do movimento negro, atuando em ONGs e escolas populares de teatro.
A atriz Sol Miranda, integrante do grupo Emú e idealizadora do projeto, conta que a peça mescla elementos do teatro, da dança e da música, sobretudo com canto e percussão. Em entrevista ao Digitais, ela afirmou que a trilha sonora do espetáculo resgata um projeto de Mercedes com toques e batuques característicos de culturas de matriz africana, além de conter outros instrumentos na composição sonora. “Somos um tipo de teatro musicado”, define a atriz.
Sol aponta também que a peça se caracteriza, além de uma homenagem à história da protagonista Mercedes, como uma “reivindicação de colocar histórias negras nos palcos”. Nessa perspectiva, o projeto exalta figuras importantes da luta antirracista que foram invisibilizadas ao longo da História do Brasil.
De acordo com a atriz, a peça é encenada por 20 atores e atrizes, tendo surgido em 2016 a partir do financiamento de um edital da Fundação Nacional das Artes. Sol diz que o coletivo de artistas do qual participa tem a perspectiva de produzir teatro negro, isto é, uma produção referenciada em demandas e pautas da comunidade negra e também gerenciada por pessoas negras.
Dessa forma, a atuação, trilha sonora, figurino e elementos de cenografia remetem à cultura da comunidade negra e colocam-se em cena como uma forma afirmação e exaltação da etnia. “Nossa produção está orientada pelo olhar negro, construindo música e teatro a partir de nossas vozes”, definiu.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Fernanda Almeida
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