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Yoga auxilia na saúde mental durante a pandemia

Atividades comuns no Oriente se tornam aliadas no combate de sintomas de ansiedade                                                                                                                               

Por Julia Reis e Lara Biffe

De acordo com dados do Google Trends, depois da segunda quinzena de março de 2020, houve um aumento médio de 25 pontos, em uma escala de 0 a 100, nas buscas relacionadas a yoga. Já a procura por “yoga online” no site foi 25 vezes maior no primeiro semestre de 2020 do que no mesmo período no ano de 2019.

Esses dados demonstram que com a pandemia houve uma busca incessante por alternativas para distração da mente. As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o bem-estar mental, principalmente aquelas que tiveram sua saúde afetada pela quarentena.

Para a professora Katerine Ferreira, a yoga auxilia no bem-estar mental (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo a professora de yoga, Katerine Ferreira, de 25 anos, durante esse tempo pandêmico é de extrema importância procurar realizar atividades que ajudem no controle da mente. ‘’Como toda ferramenta, um bom entendimento sobre seu funcionamento é a melhor maneira de operá-la. É impossível termos controle sob algo que não conhecemos. E a mente é uma ferramenta poderosa demais, em todos os sentidos possíveis, para não ser explorada e dominada’’, afirma.

Katerine também explica como o yoga ajuda no bem-estar mental fornecendo conhecimento e experimentando novas possibilidades para habituais problemas, libertando a mente do sofrimento. ‘’O bem-estar mental depende dessa ferramenta (a mente) funcionando bem. Em outras palavras: nem preguiçosa, nem exagerada. Lúcida, tranquila, perspicaz. As práticas de consciência corporal, respiratórias e comportamentais vão aprimorando essas habilidades e vamos nos percebendo naturalmente cada vez mais familiarizados com essa sensação de eficiência e leveza; como se fosse uma volta pra casa”, finaliza a professora.

A estudante Luiza Bellintani, de 19 anos, decidiu começar a praticar o yoga para ajudar com problemas de ansiedade e autoestima, e afirma que a ajuda foi de fato válida e que conseguiu um bom avanço quanto ao controle da ansiedade e com a forma de lidar consigo mesma.

O contexto de pandemia impôs mudanças significativas não só no âmbito político e econômico, mas como também, no estilo de vida das pessoas, psicológico e social. “Percebemos diante desse cenário que quadros como depressão, ansiedade e stress intenso aumentaram de forma contundente. Então, investir em formas de enfrentamento buscando minimizar esses impactos a saúde como um todo é indispensável”, afirma a psicóloga Talita Mata Albuquerque a respeito da importância de procurar práticas que busquem o melhor funcionamento da mente.

A estudante Luiza Bellintani utiliza a meditação para começar seu dia (Foto: Arquivo Pessoal

A profissional ainda ressalta que a prática das atividades como yoga e meditação possuem estudos científicos que comprovam a eficácia através de amostras em parâmetros científicos e acredita ser uma aliada para o alivio dos sintomas causados tanto do Transtorno da Ansiedade Generalizada quanto de outros quadros, como Depressão e Síndrome do Pânico.

“A meditação, em particular, é um recurso que a gente utiliza bastante dentro da psicologia visando o relaxamento muscular mental, inclusive dentro dos hospitais quando vamos trabalhar com pacientes pré cirúrgicos porque existe ali uma acentuação da ansiedade. Essa prática está muito associada a ativação do cortéx pré frontal esquerdo, que se relaciona com os afetos positivos e a capacidade de resiliência, então utilizamos esse recurso para realizar o fechamento das toxinas terapêuticas”, comenta Talita.

Apesar de todos os benefícios oriundos desses exercícios, a psicóloga reforça que não devem ser utilizados como recursos isolados ao combate dos sintomas causados por doenças mentais. Ela diz que imprescindível que haja acompanhamento médico e psicoterapêutico, e que o autodiagnóstico muito comum ultimamente feito através de redes sociais é um grande equívoco. O correto é que seja feito uma análise através de um profissional capacitado, portanto é sempre importante buscar a ajuda de um especialista.

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Letícia Almeida


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