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“Pude explorar alimentos que não conhecia”, diz a estudante de direito Letícia Fregonese
Por Sofia Pontes
Segundo o relatório de pesquisa em mercado do grupo britânico Mintel, o número de pessoas que aderiram ao veganismo ao redor do mundo cresceu após o início da pandemia do coronavírus. De acordo com os dados obtidos, 25% dos jovens de 20 a 34 anos disseram que a pandemia tornou a dieta vegana mais atraente. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Ibope junto ao The Good Food Institute Brasil e que ouviu 2 mil pessoas em 2020 aponta que metade dos brasileiros reduziu o consumo de carnes em 12 meses de pandemia.
Para a nutricionista especializada em vegetarianismo Karine Shmaedecke, 36, e que também é vegetariana desde os 2 anos de idade, a internet foi a principal causa dessa mudança na dieta de várias pessoas: “Graças a internet, está aumentando a consciência sobre como é o processo por trás da carne, as consequências ambientais, a super produção de alimentos de origem animal, a dor e as condições de vida dos animais, e isso respinga na saúde também”. Ainda segundo Karine, tanto o vegetarianismo como o veganismo trazem benefícios para a saúde, como a melhora do funcionamento intestinal e a redução dos riscos de doenças cardíacas.
A respeito da diferença entre os termos, a nutricionista explica: “Vegetarianismo é qualquer dieta alimentar que exclua da alimentação todos os tipos de carnes, assim como subprodutos (frios e embutidos). Já o veganismo não é uma dieta, e sim um estilo de vida que engloba a alimentação, como deixar de consumir qualquer produto que contenha ingrediente animal, ou que seja testado em animais e os tenha como atração”, diz Karine.
Para a estudante de publicidade e propaganda Eduarda Natali, 22, comer carne sempre foi algo que a incomodava, mas por ser algo rotineiro em sua família acabou consumindo o alimento por 17 anos. Ela conta que primeiro decidiu se tornar vegetariana da noite para o dia e que a decisão de se tornar vegana veio após assistir um documentário sobre a indústria do leite.”Foi aí que eu decidi que não comeria mais nenhum derivado de animais, e eliminei tudo de origem animal da minha vida, inclusive cosméticos e roupas”.
De acordo com a estudante de publicidade, adotar o veganismo como estilo de vida colaborou para muitas melhoras na sua rotina, gerando mais energia e disposição. A estudante de direito Letícia Fregonese, 21, também sentiu os efeitos positivos de uma alimentação baseada em verduras e legumes. “Eu pude explorar muitos alimentos que eu não conhecia, comecei a ter um domínio maior da cozinha e minha conciência sobre a saúde melhorou muito mais”, diz Letícia.
Vegetariana há 5 anos, Letícia apostou em ser vegana no início de 2019, mas o processo só durou cinco meses por conta da rotina de trabalho e estudo que tomavam a maior parte do seu tempo, limitando o tempo para cozinhar e gerando um maior gasto de energia. “Eu não tinha tempo e acabava pedindo delivery ou saindo com minha família, e muitas vezes o cardápio do restaurante não podia ser adaptado”, contou a estudante.
Mesmo com os benefícios inegáveis, o preconceito ainda é algo presente na vida de quem escolhe o vegetarianismo ou o veganismo. “Eu cheguei a escutar que era uma dieta só para quem tem dinheiro e que era frescura, mas sempre combato com informação”, relatou Letícia. Para a nutricionista Karine, a paciência é a melhor solução. “Tento sempre levar no bom humor, mas nem sempre é fácil lidar quando percebemos que a pessoa está tentando “atacar” com palavras o teu estilo de vida. Respirar e contar até dez ajuda”.
Ao responder quais dicas daria a alguém que tem interesse em adotar o veganismo como estilo de vida, Karine aconselha ler sobre o assunto, experimentar receitas sem utilizar carne para começar a se familiarizar com as pequenas diferenças na alimentação. “Se você não tem o hábito de comer frutas e vegetais, ou se não gosta de diversos alimentos, é hora de começar a experimentar novos sabores, e é sempre mais fácil incluir opções antes de retirar carne para não ficar uma alimentação monótona”, acrescenta.
Orientação: Profa. Amanda Artioli
Edição: Leonardo Fernandes
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