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Coletivo dá suporte a artistas das periferias de Campinas

Criado pouco antes da pandemia, projeto faz lives, como a de Giô Art e Music

 

 

 

Por: Sofia Pontes

Criado pouco antes da pandemia do coronavírus, em março deste ano, o Coletivo Margem Cultural tem o objetivo de dar suporte para artistas periféricos da cidade de Campinas, por meio de produções culturais. Idealizado pelo músico instrumentista e titular da Orquestra Jazz Sinfônica de Valinhos Hellio Augusto, 29, o projeto tinha a intenção de ajudar na gravação de clipes, além de realizar oficinas artísticas com alunos do ensino fundamental de escolas públicas. Mas a quarentena mudou os planos: agora, as lives são o carro-chefe.

Hellio Augusto sobre o projeto: “Ele é uma ação, uma organização pensada para o fortalecimento do corre artístico periférico”            (Foto: Acervo pessoal)

Em entrevista por telefone para o Digitais, o fundador e coordenador-geral do Margem Cultural explicou que a ideia do coletivo surgiu enquanto participava de projetos durante sua graduação em trombone na Unicamp, que ainda cursa. “Eu vi o tamanho da estrutura que aqueles artistas tinham. E, como eu vim da periferia, sei que que os artistas periféricos não têm isso.”

Ele diz que, por essa razão, o projeto foi criado para ser uma instituição que apoie o artista independente das periferias, capaz de possibilitar a produção de suas obras e fazer com que isso seja rentável para ele. “O Margem Cultural não foi pensado para a cena da Covid-19. Ele não é uma medida emergencial para isso. Ele é uma ação, uma organização pensada no fortalecimento do corre artístico periférico.”

Mas, como a pandemia afetou diretamente o projeto, uma saída foi começar uma programação de lives nas redes sociais do coletivo. De acordo com Hellio, para essas ações, o dinheiro está saindo do próprio bolso: “Até hoje obtemos zero lucro. Eu financio a maioria das produções e estamos tentando fechar parcerias com start ups que apoiam arte e cultura.”

Convidado para apoiar o coletivo antes da pandemia, o artista de rua e produtor cultural Celso Níger explica como foi a mudança: “Logo que o projeto começou, veio a pandemia, e adotamos esse modelo de lives como uma forma de continuar ajudando esses artistas”. E completa: “É uma oportunidade de inseri-los na indústria, com uma visão empresarial e setorizada, que viabilize o acesso a grandes editais e parcerias”.

Celso ainda conta como o projeto o ajudou, impulsionando seu trabalho como artista, que também foi afetado pela pandemia: “Com a falta de eventos, já que as produções pararam, muitas portas foram fechadas, e acabei perdendo minha principal fonte de renda”. A organização das lives e outras ações do projeto agora são sua principal ocupação.

 

Giô Art e Music momentos antes da live para o Margem Cultural       (Foto: Acervo pessoal)

Entre as artistas que também tiveram seu trabalho afetado pela pandemia e que tiveram ajuda do Margem Cultural está a cantora Giovanna Machado, 19. Conhecida pelo nome artístico de Giô Art e Music, ela foi uma das auxiliadas logo no início do projeto e conta que teve seu trabalho impulsionado após fazer uma live pelo Margem Cultural: “Pessoas reconhecidas da área começaram a ver meu trabalho, e isso me ajudou bastante a continuar minhas produções”. E acrescenta: “A internet dá à periferia outras formas de acesso. É por ali que a gente consegue chegar a lugares que muitas vezes não conseguiria em outras circunstâncias”.

Durante esse mês de setembro, serão lançadas sete produções de sete artistas periféricos, que, juntas, formarão um curta. Mais informações na página do Facebook e Instagram do Coletivo Margem Cultural.

 

 

Orientação: Profa. Juliana Doretto

Edição: Beatriz Borghini


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