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Três recém-formadas criam portal para abordar enfermidade cujos sintomas afetam uma a cada 10 mulheres
Por: Bruna Fernandes
Nessa terça-feira (30), Bruna Dalago de Andrade, Mariana de Castro Ribeiro e Larissa Biondi Contreiras, ex-estudantes de jornalismo da PUC-Campinas irão até Niterói concorrer como finalistas na categoria website no concurso Expocom Sudeste – Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação. Além de ser uma mostra de trabalhos, o evento é também um prêmio destinado aos melhores projetos experimentais produzidos por estudantes no campo da Comunicação.
O trabalho das jovens – Portal Endometriose – começou a ser feito em 2022, e demorou certa de 8 meses para ser concluído. A ideia surgiu quando uma das integrantes do grupo, Bruna, foi diagnosticada com a enfermidade e percebeu que o problema era pouco abordado na mídia. De acordo com o Ministério da Saúde, uma em dez mulheres possuem os sintomas, sendo uma doença que afeta diferentemente o útero, para a qual a cura é desconhecida.
Uma das principais motivações para produzirem o site www.endometrioseportal.com.br foi a necessidade de abordar esse tema complicado e pouco conhecido de um modo mais inclusivo, entendendo que pessoas trans e não binárias que têm útero também estão sujeitas à enfermidade.
“A gente queria também que pessoas trans e não binárias, com útero, ao ler os conteúdos se reconhecessem ali, e não fossem a toda hora lembradas que essa doença é só de mulher. Isso afasta as pessoas de uma comunicação mais efetiva, principalmente em relação à saúde”, argumenta a hoje jornalista Bruna, integrante do grupo que teve a orientação da professora Juliana Doretto, da faculdade de jornalismo e do programa de pós-graduação em Linguagens, Mídia e Arte, da `PUC-Campinas.
A produção desenvolvida pelas autoras conta com dois vídeos e um podcast sobre o tema, mostrando também centros de tratamentos dessa doença no Brasil inteiro, histórias e relatos de pessoas que passam pelas mesmas dificuldades e sintomas. A ideia é sempre propagar a informação, sendo útil para quem possui ou não a endometriose, facilitando o reconhecimento dos sintomas, a identificação da doença e visando sempre o acolhimento e direcionamento das portadoras.
Uma das dificuldades encontradas durante a produção do site foi descobrir como falar de forma responsável sobre um tema sensível, de forma inclusiva, com linguagem fácil de ser intendida, atentando-se para informações que não se encontram em uma pesquisa simples na internet. Para isso, as jovens procuraram fontes médicas especializadas em endometriose, e buscaram relatos de pessoas que passam pelo problema.
Bruna disse ter orgulho pelo sucesso alcançado pelo website, feito inteiramente por elas. Mesmo diante dos desafios e das dificuldades enfrentadas, elas consideram que todo o esforço valeu a pena. O objetivo de disseminar o tema e conscientizar sobre os problemas que a endometriose pode causar foi alcançado, segundo as autoras.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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