Destaque

“Um em cada três adultos são hipertensos”, diz especialista

Cardiologista alerta sobre riscos e importância da realização de diagnóstico para o tratamento da doença

Por: Isabela Cassólla

Nesta terça-feira, 26 de abril, foi celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Visando conscientizar a população, Dr. Aloísio Marchi da Rocha, médico cardiologista e chefe do Departamento de Cardiologia do Hospital PUC-Campinas, alerta sobre os riscos de não diagnosticar e tratar a doença.

Para o Dr. Aloísio Marchi Rocha, o mais importante para combater as complicações causadas pela hipertensão é realizando medição e, consequentemente, diagnosticando e tratando a doença (Foto: Isabela Cassólla)

Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial é uma doença crônica que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e rins. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros adultos são hipertensos.

Conforme explica o médico, a causa hipertensão arterial pode estar associada a uma série de fatores, mas principalmente a fatores hereditários, obesidade, envelhecimento e maus hábitos que potencializam o risco do aparecimento da doença. “Alimentação inadequada, tabagismo e abuso de sódio são exemplos de agravantes externos”, afirma.

O cardiologista reforça que manter bons hábitos pode prevenir que pessoas com predisposição genética desenvolvam a hipertensão arterial, podendo, nos casos em que não é possível prevenção, retardar o aparecimento da doença ou tornar o tratamento mais simples. “Comer e dormir bem, fazer exercício e evitar estresse são os principais meios para prevenir”, diz.

Uma doença silenciosa

De acordo com o Dr. Aloísio Marchi da Rocha a grande problemática em torno da hipertensão arterial é que nem sempre há sintomas perceptíveis, o que dificulta o diagnóstico. Para além, a pressão alta não carrega sintomas específicos, podendo ser confundida com outras dores corriqueiras, como a dor de cabeça.

“Para diagnosticar a hipertensão, é preciso medir a pressão arterial”, afirma o cardiologista. Ele aconselha adultos sem comorbidade com mais de 30 anos a realizar a medição pelo menos uma vez por ano.

Aqueles que já apresentam outras doenças pré-existentes, devem aferir a pressão com uma frequência ainda maior, desde que o faça nas condições adequadas. Segundo o médico, o ideal é mediar a pressão em repouso, não ter fumado ou ingerido bebidas alcoólicas nas horas que antecedem a medição, estar com bexiga vazia e, de preferência, não ter passado por situações de estresse recente.

Hipertensa há quase 14 anos, a empresária Carina Paredes convive normalmente com a doença (Foto: Arquivo pessoal)

Estando nessas condições ideais para medição, quando as pressões máxima e mínima forem iguais ou maiores a 140/90 mmHg, sinaliza-se que a pessoa tem hipertensão. Após diagnosticar, inicia-se o tratamento que pode ser realizado na frente farmacológica, por meio do uso de remédio, e a não farmacológica, que se consiste na adesão de hábitos saudáveis.

Carina Paredes, de 46 anos, relata ter descoberto a hipertensão gestacional na minha segunda gravidez. “Achei que iria sumir depois de ter o bebê”, diz a empresária. Contudo, mesmo após a gestação, ela afirma ter sentido muitas dores de cabeça, o que a levou a procurar ajuda profissional e descobrir a permanência da doença.

Hoje, quase 14 anos depois de se descobrir hipertensa, Carina Paredes faz uso contínuo de remédios e adquiriu novos hábitos. “Deixei de ser sedentária e passei a prestar atenção no que eu como. Hoje faço acompanhamento anual com o médico, mas fico atenta a sinais como dor na nuca e zumbido no ouvido, que me ajudam a identificar que minha pressão está alta”, afirma.

Segundo o Dr. Aloísio Marchi Rocha, caso paciente diagnosticado com hipertensão não faça a adesão das recomendações médicas, é possível que complicações decorrentes da doença aconteçam, mas, com os cuidados corretos é possível conviver com a hipertensão.

Orientação e edição: Prof. Gilberto Roldão


Veja mais matéria sobre Destaque

Campinas lança meta para reduzir gases do efeito estufa


A cidade será a décima a ter um plano e visa reduzir seis milhões de toneladas


Brasileira em Harvard descobre tratamento para COVID-19


A pesquisadora usou a perda do pai como motivação para liderar a pesquisa sobre o vírus


Mães que eternizam momentos a partir de objetos


Tradição da preservação das vivências vem se modernizando com novas iniciativas


Artur Nogueira estreia na Taça das Favelas neste sábado


Cidade é a segunda do interior paulista a aderir ao campeonato, seguindo Campinas


87,2% dos jovens campineiros ainda não emitiram título


Entre 16 e 17 anos, o voto é facultativo, mas ONG incentiva a participação


ONG oferece cursos profissionalizantes em Monte Mor


Instituição visa especializar moradores da comunidade na área de estética



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes Daniel Ribeiro dos Santos Gabriela Fernandes Cardoso Lamas, Gabriela Moda Battaglini Giovana Sotterp Isabela Ribeiro de Meletti Marina de Andrade Favaro Melyssa Kell Sousa Barbosa Murilo Araujo Sacardi Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.