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Especialistas propõem arte superando o luto

A presidente do CNE e a psicanalista Iaconelli debatem o retorno às aulas presenciais no ensino básico

Maria Helena Guimarães, presidente do CNE, e a psicanalista Vera Iaconelli em webinário sobre retomada das aulas (Imagens: YouTube)

Por: Fernanda Alves

O ensino e produção de arte e cultura como uma estratégia para superar os traumas advindos da pandemia foi proposto ontem (18) pela socióloga Maria Helena Guimarães, presidente Conselho Nacional de Educação (CNE), e pela psicanalista Vera Iaconelli, diretora do Instituto Gerar e colunista da Folha de S. Paulo, em webinário que debateu a retomada das aulas presenciais na rede básica de ensino.

“O retorno para a escola tem que ter um tempo de elaboração deste luto [da pandemia], elaboração dessas perdas”, afirmou Vera Iaconelli referindo-se ao longo período de distanciamento social e ao número de vítimas, mortas ou com sequelas, que a Covid-19 tem deixado no país. O webinário foi promovido pelo jornal Folha de S. Paulo e teve transmissão ao vido pelo canal da TV Folha, no YouTube.

Segundo disse a presidente do CNE, o período atual “é um momento em que é preciso a adaptação dos alunos”. Ela lembrou que, apenas em 2020, cerca de um milhão de estudantes abandonaram a escola, enquanto que a maior parte daqueles que permaneceram demonstram déficits de aprendizado.

Guimarães apontou ainda que a retomada precisa ser encarada como “uma fase de reencantamento da escola”, para que os alunos possam se sentir novamente vinculados àquele ambiente de aprendizado, do qual estiveram apartados por um tempo demasiadamente longo.

“Para que esse retorno possa ser mais equânime e reengajar os alunos, o reencantamento proporcionado pela arte e a cultura podem ajudar muito”, disse a educadora.

Em sua participação, a colunista Iaconelli ressaltou que estudar e desfrutar da produção artística, além de permitir o engajamento no processo de superação do luto, ainda podem funcionar como um estímulo para a reconquista dos que deixaram a sala de aula.

“É a hora das narrativas, das outras linguagens. É a hora de produzir coisas usando o recurso principal dos humanos, que é a linguagem, nas suas diferentes formas. Nada mais importante do que tentar fazer esse regaste das ações culturais e artísticas para essa passagem”, propôs Iaconelli.

Aqui, acesso à íntegra do seminário sobre retomada às aulas presenciais.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Beatriz Mota


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