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Em seminário, Luiz Calainho e Laís Bodansky dizem que shows e cinema conseguiram se reinventar
Por: Alessandra de Souza
A indústria criativa foi uma das mais afetadas pela pandemia, tendo recebido um impacto dramático do ponto de vista financeiro, mas ainda assim o período serviu para reinventar e desafiar a criatividade. A afirmação é do empresário, Luiz Calainho, durante o webinarário “Vida cultural na pandemia e pós-pandemia”, promovido pela Folha de S. Paulo e transmitido ao vivo, nesta quarta-feira (18), pelo Youtube. Também presente no evento, a produtora, diretora e roteirista Laís Bodansky, afirmou que das dez empresas que mais lucraram no primeiro ano de pandemia, duas são plataformas de streaming, demonstrando a robustez que a produção audiovisual conseguiu manter no período.
De acordo com Laís Bodansky, o impacto na indústria cinematográfica foi imediato, devido às restrições de circulação e imposição do distanciamento social, mas que o setor conseguiu se reinventar. “É uma tecnologia que não vai mais embora. O setor aprendeu que dá para trabalhar de forma remota e todo mundo ganha”, explicou a roteirista.
O empresário Luiz Calainho, que atua no ramo de teatros e casas noturnas, apontou que, diferentemente do audiovisual, as produções musicais foram menos impactadas e conseguiram se reinventar com maior facilidade.
“A boa notícia é que o brasileiro é apaixonado por arte e cultura”, comemorou Calainho. O empresário totaliza mais de 120 lives transmitidas no período, explicando que as casas de espetáculo foram transformadas em verdadeiros estúdios de gravação. “O brasileiro se conectou a essa forma e, de alguma maneira, conseguimos enfrentar aquele começo de pandemia”, disse.
“Cultura é importante, independente do poder público”, afirmou o empresário ao ponderar que o setor encontra suas próprias formas de financiamento e sobrevivência. Já a cineasta Bodansky, se contrapondo ao empresário, afirmou que faltaram políticas públicas e incentivo às produções culturais durante a pandemia.
“Política pública e poder público precisam interferir em momentos de crise, não só no auge da crise, mas no pós-crise”, explicou Laís.
A roteirista apontou de que forma a pandemia serviu para piorar ainda mais o cenário preexistente no país, já que a crise na área do audiovisual – segundo defendeu – existe antes mesmo da pandemia, especialmente por conta de políticas anticulturais praticadas pelo atual governo federal. Laís ainda chamou atenção para o não reconhecimento e a má remuneração dos artistas, ponto que Luiz Calainho diz ser uma preocupação de sua empresa.
Aqui, acesso à íntegra do webinário promovido pela Folha de S. Paulo.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Beatriz Mota
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