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Campanha “Respira, Lilo!” ajuda fotógrafo vítima de Covid-19

  1. Ex-aluno da PUC encontra-se internado em hospital de São Paulo em estado grave

Lilo Clareto sempre usou a fotografia em defesa dos povos da Amazônia, denunciando o abandono sofrido por esses povos (Foto: Amazônia Real)

 

 

 

Por Letícia Almeida e Luiz Oliveira

 

Com o intuito de ajudar Lilo Clareto e sua família, a Campanha “Respira, Lilo!” foi criada por amigos do fotógrafo para custear os gastos médicos. Internado desde 14 de março, vítima de Covid-19, Lilo encontra-se em estado grave no Hospital Oswaldo Cruz em São Paulo. Formado em Publicidade e Propaganda pela PUC-Campinas, Clareto dedica-se desde 2001 a registrar a vida ribeirinha na Amazônia, denunciando violações dos direitos humanos contra a população local.

Diagnosticado com Covid-19, Lilo foi internado na UTI do Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira (PA), onde permaneceu até o último dia 21 de março. Após piora, foi transferido para o Hospital Alemão Oswaldo Cruz em São Paulo, onde segue entubado em estado grave.

Como Lilo não tem convênio médico e por conta do alto custo do transporte fretado e  da internação, uma ação foi criada na plataforma Vakinha por amigos do fotógrafo. A campanha “Respira, Lilo!” (https://www.vakinha.com.br/vaquinha/respira-lilo) visa, também, arrecadar fundos para pagar o hospital e a viagem a São Paulo da esposa de Lilo, Daniela, além de garantir o sustento de sua família durante a recuperação. Os amigos de Lilo pretendem com a vakinha, arrecadar R$ 150 mil. Até o momento, a campanha conta com 330 apoiadores, tendo sido arrecadado cerca de R$ 40 mil.

Uma das fotos da autoria de Lilo Clareto disponíveis para venda (Foto: @galeriasolidariadefotografia)

Em apoio à campanha, a jornalista Eliane Brum, que trabalha com Lilo há 20 anos, publicou um texto relembrando momentos marcantes vividos ao lado do fotógrafo, que acabou se tornando seu amigo inseparável. Brum relata a chegada dos dois em Altamira, e diz que as mensagens com pedidos de apoio à Lilo têm atravessado o mundo.

Segundo Brum, pessoas que nunca o viram mandam mensagens apoiando, inclusive de fora do Brasil. Ainda sobre a parceria com Lilo, ela diz que quando escreve, são os olhos dela e os dele no texto. “Desde quarta-feira à noite, 17 de março, quando os olhos do Lilo foram fechados para que ele pudesse respirar com ajuda, eu ando pelos mundos, os de fora e os de dentro, meio cega, cambaleando, desacostumada a ter apenas um par de olhos”, escreveu a jornalista.

Além da vakinha, 15 fotografias de autoria de Lilo estão à venda em uma campanha intitulada “20×20 Galeria Solidária”. As fotos estão disponíveis para serem visualizadas no Instagram @galeriasolidariafotografia e podem ser adquiridas pelo valor de R$ 220. Os interessados então devem entrar em contato por e-mail (galeriasolidariadefotografia@gmail.com) indicando as fotos escolhidas.

Mineiro, nascido na cidade de Passos, Lilo Clareto iniciou a carreira em fotojornalismo em Campinas durante a formação acadêmica, na década de 1980. Trabalhou por 11 anos no Estadão como repórter fotográfico e por sete anos na revista Época. Em 2001, foi para as terras Yanomami com Eliane Brum, e lá começaram o trabalho em prol das populações ribeirinhas e dos povos indígenas.

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Letícia Almeida e Luiz Oliveira


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