Reportagens

Composição de alimentos industrializados no Brasil é mais danosa que similares europeus

Por Carolina Neves

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Proteste, fez uma comparação com a tabela nutricional de 12 produtos alimentícios fabricados no Brasil e na Europa. A entidade constatou que aqui eles têm muito mais gorduras, açúcar e aditivos desnecessários e são de segurança questionável. As comparações foram feitas entre produtos comuns no Brasil e quatro países europeus: Bélgica, Espanha, Itália e Portugal.

Foto: Huffington Post

Foto: Huffington Post

Com a intenção de acabar com a diferença nutricional dos nossos produtos com os de outros países, a Proteste lançou um abaixo-assinado online, que será encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  Para participar, acesse: www.proteste.org.br/sua-saude-em-risco.

A receita brasileira do Activia morango integral, por exemplo, tem mais que o dobro da quantidade de aditivos das versões europeias.  Outro exemplo é a maionese Hellmann’s daqui, que é a única com dois aditivos usados como antioxidantes que ainda têm sua segurança discutida, o butil hidroxianisol (BHA) e o butil hidroxitolueno (BHT), que são usados para prevenir a decomposição de óleos e gordura. Além da nossa versão da maionese ser a que tem a maior quantidade de ingredientes: 17, contra nove das versões belga e italiana. Entre outros produtos com diferenças enormes.

As análises comparativas do perfil nutricional foram baseadas na leitura dos rótulos dos 12 produtos. Foram considerados: número de ingredientes e de aditivos, gorduras total, trans e saturada, fibra alimentar e sal. Segundo a Proteste, a maioria dos alimentos fabricados pelas multinacionais selecionados para o estudo tem baixo valor nutricional, são hipercalóricos e hiperpalatáveis, ou seja, pensados para serem os mais saborosos possíveis.

No mundo, apenas dez multinacionais controlam a produção e o comércio de alimentos. Talvez por isso, com base nas legislações locais e nos hábitos de consumo dos habitantes, esses fabricantes ajustam suas receitas em cada país. “No Brasil falta uma legislação forte, capaz de proibir o uso de aditivos, bem como o excesso de sal, açúcar e gordura na produção de alimentos”, destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

Ainda segundo a Proteste, os alimentos ultraprocessados, como bolachas recheadas e salgadinhos, passam por várias etapas de produção. Os processados acrescentam água e sal aos alimentos in natura, que são os alimentos que saem da plantação direto para sua casa e, em geral, se decompõem rapidamente.

A comparação pode ser lida na íntegra após assinar o abaixo-assinado.

Uma enquete realizada pelo Digitais com 30 mães entre 20 e 43 anos, mostrou que 75% delas não eram familiarizadas com componentes que podem ser prejudiciais à seus filhos em fase de crescimento e apenas 40% delas liam os rótulos dos alimentos cuidadosamente antes de comprá-los.

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75% das mães entrevistadas não estão familiarizadas com componentes prejudiciais a saúde. Gráfico: Carolina Neves

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