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Ana Fraga interpreta Ingrid, aspirante a blogueira que ajuda os colegas na busca pelo medalhão
Por: Ana Ornelas

Luz, câmera e ação! Estes foram os famosos comandos utilizados para gravar a minissérie Lenda Imperial, disponível na Amazon Prime. Pensada e executada em Campinas, pela produtora independente Atores Unidos, a trama acompanha um grupo de estudantes, em tempos contemporâneos, que se depara com a inusitada busca de um medalhão raro que o antigo monarca do país, Dom Pedro II, usava quando este veio ao interior conversar com o primeiro delegado da cidade, Bento Quirino dos Santos.
De acordo com a atriz Ana Julia Fraga, 19, que interpreta Ingrid, uma estudante e blogueira, a produção de seis episódios mistura fatos históricos com ficção, além de abordar uma discussão educacional sobre a queda de expectativa dos padrões de ensino. “Assim como minha personagem, outras personagens também são vistas como céticas no contexto da trama, mas com o passar do tempo, você descobre outras camadas naquilo que vê”, explica.

Segundo os produtores, Cida Maziero e Fernando Maziero, fundadores da Atores Unidos, a ideia e viabilização da minissérie surgiu de uma grande vontade de gravar um projeto épico. Com cinco anos de existência, a produtora ainda não tinha se aventurado nesse gênero e este acabou sendo o momento ideal, visto que a parceria com o Colégio Técnico Bento Quirino permitiu que o local fosse palco de algumas cenas. Sem revelar custos de produção ou acordo financeiro com a Amazon, eles prometem para breve a disponibilização do filme que deu origem a Lenda Imperial, na mesma plataforma de streaming.
“Quando nosso roteirista, Emanuel Davino, apresentou essa ideia e a Amazon Prime leu o roteiro, já começamos a montar a estrutura para a gravação em Campinas. Por termos parceira com a escola Bento Quirino, o trabalho se tornou mais possível de ser realizado”, relata Maziero.
Dessa forma, as escolhas técnicas envolvendo cenas de flashback, por exemplo, foram pensadas como forma de movimentar e viabilizar a produção, como explica o produtor, pois um filme de época sairia mais caro com figurinos e cenários que remetessem ao estilo arquitetônico do Segundo Reinado. Além disso, a Atores Unidos conseguiu uma licença para poder utilizar o verdadeiro medalhão Horta Imperial da Rosa, que foi recuperado ao Brasil e está em exposição no Museu Imperial, em Petrópolis, Rio de Janeiro.

Para Cida e Fernando, o grande destaque de Lenda Imperial, e de suas outras produções, é marcado pelo desempenho e descoberta de novos talentos de jovens atores e atrizes. O casal, além de sócios na Atores Unidos, montou uma escola de atuação, no mesmo local, que oferece formação a partir de uma mensalidade para qualquer pessoa que queira entrar no ramo artístico.
Cida conta que “o artista que quer participar de um filme ou de uma série, faz um teste para entrar no curso. A partir disso, depois de seis meses de aula, a pessoa já está fazendo parte de alguma produção”. Dessa forma, os elencos participantes de seus projetos constroem seu caminho na Atores Unidos desde cedo. Porém, também é possível entrar no casting participando de testes comuns.

A ideia da produção no Colégio Bento Quirino surgiu da experiência que o casal viveu dentro de outras grandes produtoras. Ao notarem que o nicho cultural era muito seletivo e que suas filhas, em busca de formação artística, não tinham acesso às mesmas possibilidades, o casal resolveu abrir essa porta com as próprias mãos. Apesar de não terem formação na área, Fernando, sendo publicitário, e Cida, psicopedagoga, a Atores Unidos já levou pequenos atores para redes conhecidas, como SBT e Record.
Por consequência, essa situação aconteceu com a Ana Julia Fraga, que pela primeira vez participou de um “elenco fixo, pois antes fazia apenas papel de apoio”. Hoje, a atriz tem contatos e faz testes para novelas infantojuvenis nos maiores canais abertos do país, enquanto estuda para poder entrar em uma universidade e cursar Artes Cênicas. “A Atores Unidos é como um catálogo, dando espaço para todos”, revela.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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