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Após meses de cobrança, Emdec enfim implementa faixas de pedestres ao redor da PUC-Campinas
Por: André Romero
Ao colocar em evidência um problema de caráter público que força uma resolução das autoridades responsáveis, o jornalismo cumpre seu papel na geração de mudanças na sociedade. Este foi o caso do trabalho de indagação das jornalistas Marcela Almeida e Pamela Barbosa na produção de duas matérias sobre a falta de faixas de pedestre na região das principais ruas e avenidas do bairro Parque das Universidades, local do Campus I da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). As matérias foram realizadas para o Giro RMC, programa de rádio produzido pelos estudantes da faculdade de jornalismo da PUC-Campinas e exibido na Rádio Brasil, de Campinas, e na Rádio Magnificat, de Limeira.
Após a primeira matéria ser postada no dia 11 de abril aqui no Digitais, a Emdec, empresa responsável pelo cuidado da área de trânsito e transportes na cidade de Campinas, comprovou a falta de sinalização através de vistoria e prometeu que a situação estaria resolvida até o mês de junho. Entretanto, com a chegada do prazo sem a resolução prometida, as jornalistas produziram outra matéria no dia 28 de setembro para o Giro RMC, também postada no site, com o intuito de cobrar novamente a Emdec, além de questionar a demora para implementar as faixas mesmo após a vistoria. Assim, após 7 meses de espera desde a primeira cobrança, as faixas de trânsito finalmente foram pintadas, diminuindo o risco de acidentes no entorno da universidade.
Para as jornalistas, a sensação é de dever cumprido. “Quando entramos na faculdade de jornalismo, pensamos nas várias matérias sensacionais que vamos produzir, mas sabemos depois que não é essa a realidade. Algumas pautas caem pois, quando envolvem segurança pública, como nesse caso, é difícil conseguir uma resposta das fontes. Porém, quando vi que meu trabalho junto da minha colega surtiu efeito, me senti uma verdadeira jornalista”, comenta Pamela.
De acordo com as estudantes, a ideia de pauta surgiu através da própria experiência como pedestres, quando as duas se locomoviam até o campus em um dia com trânsito forte na qual a Marcela quase foi atropelada. Após contar sobre o ocorrido para a professora Amanda Artioli, responsável pela orientação do Giro RMC, e dizer brincando que o ocorrido poderia virar uma pauta, ela encorajou as estudantes a persistirem na ideia.
Segundo Marcela, o intuito original era apenas de noticiar a falta de sinalização e, talvez, chamar atenção da universidade para ajudar os estudantes na cobrança com a Emdec. “Não esperávamos uma mudança real. Apenas o fato de conseguirmos uma resposta e previsão da Emdec já era motivo para comemorar, mas quando vi que não houve mudança dentro do prazo prometido, achei que tudo ficaria igual. Isso não nos impediu, porém, de continuarmos cobrando, e fico muito feliz em saber que geramos uma mudança”, afirma.
Orientação: Amanda Artioli
Edição: André Romero
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