Evento, que será dia 26, terá transmissão ao vivo para a internet, direto do palco

Por: Amanda Florentino e Ewerton Ramos

A 22ª Parada do Orgulho LGBTQUIA+ de Campinas acontece no próximo dia 26, na região central da cidade. Depois de dois anos com o evento sendo realizado de forma virtual, por causa da pandemia do coronavírus, neste ano de 2022, a comemoração volta a ser presencial.

Considerada a maior parada do interior, com início às 12h e término previsto às 21h50, a festa terá concentração na praça do Fórum e também será transmitida ao vivo para a internet, direto do palco principal. Por volta das 15h, cinco trios elétricos vão percorrer as vias centrais da cidade: Francisco Glicério, Dr. Moraes Salles, Irmã Serafina, Anchieta e Benjamin Constant, depois, retornarão à Francisco Glicério e ao Largo do Rosário.

Com apoio da Prefeitura, Campinas realiza neste mês de junho, além da Parada, uma série de eventos para comemorar o Mês da Diversidade Sexual. De acordo com Valdirene Santos, presidente do Fórum Nacional de Gestoras e Gestores Estaduais e Municipais de Políticas Públicas para a população LGBT, o objetivo é dar visibilidade positiva ao público gay e promover a desconstrução da condição homossexual ligada às doenças e perversidade. “A ideia é aproximar pessoas e apresentar a cultura, a arte e artistas da cena LGBTQUIA+ para a cidade, além de criar eventos para esta parcela já tão marginalizada da população”, relata.

O presidente da Associação da Parada e Apoio LGBT de Campinas, Douglas Holanda, disse que está sendo um presente poder organizar novamente a parada presencial após dois anos. “Para mim está sendo um orgulho poder estar à frente mais um ano da Parada LGBT, estou muito orgulhoso de mim, da minha equipe e tenho certeza que vai ser um evento incrível, de garra, de luta, de representatividade”, comemora.

O analista comercial Paulo Félix é frequentador assíduo das paradas e, para ele, a expectativa é de que a 22ª Parada do Orgulho LGBTQUIA+ de Campinas seja uma das melhores. “Foram dois anos sem, eu acho que é um evento muito importante que não pode deixar de existir. Tem toda a curtição, a bebedeira, a dança e tudo mais, mas também tem todo um significado. Por mais que eu ache que ainda vão ter pessoas com um pouquinho de medo, imagino que vá ter bastante gente com máscara e que os beijos vão ser mais reduzidos, acho que a festividade vai ser muito boa porque as pessoas estão ansiosas, eu estou muito ansioso para ver como vai ser”, disse.

A Associação pretende, este ano, dobrar o número de pessoas que compareceram à parada de 2019, a última realizada de forma presencial, que recebeu cerca de 70 mil pessoas. “ A gente espera trazer algo mais lindo, mais representativo, um evento que as pessoas olhem e falem que estavam com muita saudade, que entendam que a gente não deixou de lutar por elas em nenhum momento nesses últimos anos e que, mesmo quando a gente não pôde ir às ruas, a gente estava dando o nosso melhor”, relata o presidente.

Apesar de não ter sido realizada presencialmente por dois anos consecutivos, para Paulo, o verdadeiro significado da Parada não foi esquecido, porém, a festividade fez falta, “a gente sentiu muita falta da bagunça, dos abraços, das fotos, de ir para rua do jeito que a gente quer, se vestir do jeito que a gente se sente bem, desse dia que todo mundo se veste de uma forma e ninguém está preocupado com o julgamento”, considera o analista comercial.

Programação do Mês da Diversidade Sexual em Campinas

– 18 de junho – 20º Novos Talentos, na Vila Padre Anchieta, das 19h às 22h30

– 24 de junho – 15º Big Juice, na Praça Bento Quirino, das 16h às 22h

– 26 de junho – 22ª Parada do Orgulho LGBT, no Centro de Campinas, com concentração oficial a partir das 12h e término às 21h50

Orientação e edição: Prof. Artur Araujo