“Ela traz um bom aprendizado sobre o mundo da comunicação”, descreve a jornalista Júlia Vilela

Por: Vitória Landgraf

Focada na carreira de jornalistas profissionais, a 12ª edição da revista Hánexo já se encontra disponível na plataforma Issuu, destinada a publicações no formato PDF, para serem folheadas como se fossem impressas. O projeto, que conta com 68 páginas, foi idealizado em 2021 por professores e produzido por alunos das faculdades de Jornalismo e Design Digital, da PUC-Campinas. O destaque de capa da edição é uma entrevista com o correspondente Felipe Santana, da Rede Globo de Televisão, em Nova York, a respeito dos desafios da profissão.

“A revista está recheada de conteúdos para quem quer saber mais sobre diferentes experiências profissionais no campo do jornalismo”, disse uma das participantes do projeto, a recém-formada Júlia Vilela, que em sua trajetória pela universidade já atuou como monitora do portal Digitais e participou do programa de iniciação científica.

Embora trate dos atributos demandados de profissionais de imprensa, a nova edição da Hánexo também se preocupa em apurar outras atividades no campo da comunicação. De acordo com Júlia, o conteúdo da publicação é relevante para toda a sociedade, pois comunica ao público as diversas funções e desafios da comunicação, algo a que normalmente não se tem acesso.

“A revista traz um bom aprendizado sobre o mundo da comunicação. Buscamos trazer variedades, como o bate-papo com o correspondente no exterior. Para nós, fica esse conhecimento sobre o jornalismo fora do país, mas há também matérias contando o dia a dia dos influenciadores digitais. Na aba, a revista conta ainda com resenhas sobre séries, livros e filmes”, explica a jornalista Júlia.

Desde 2020, as edições da publicação foram feitas de forma remota, devido à pandemia do novo coronavírus, o que impôs algumas limitações e aumentou a carga de trabalho que normalmente os alunos teriam. Segundo a jornalista Bruna Carnieli, também recém-formada, ex-monitora do Digitais e ex-estudante de iniciação científica em Jornalismo, a experiência de realizar o trabalho a distância e em conjunto com os seus colegas foi bastante desafiadora.

“Dividimos a sala em grupos, e cada um foi desenvolvendo a sua pauta. Eu achei difícil, mas no final conseguimos conectar todas as reportagens. Tivemos que fazer todas as entrevistas de forma remota. Na hora de redigir as matérias, o meu grupo se reunia por videoconferência e, assim, o projeto foi se definindo”, comentou Bruna.

“Ficou melhor do que eu imaginava”, apontou o jornalista responsável pelo projeto, o professor Adauto Molck, ao observar o resultado da edição que acabava de fechar. Molck contou com a parceria de outros dois professores de Jornalismo, Ciça Toledo e Edson Rossi, além do docente Paulo Kielwagen, de Design Digital. “Todo o meio jornalístico teve que se adaptar à nova realidade, e nós também tivemos que nos adaptar. Não paramos o trabalho, pois a informação precisa ser dada. É ela que nos orienta, ainda mais nessa época de crise”, apontou Molk.

A estudante de jornalismo Marina Bigell, afirmou que o seu interesse pela produção midiática só aumentou após a realização do trabalho. “Eu nunca trabalhei com veículos de comunicação, como revista e jornal. E quando eu me aproximei desse universo e entendi o funcionamento de uma revista, me interessei muito pelo assunto. Tanto as aulas de orientação quanto a produção com entrevistas de profissionais importantes foram incríveis para mim”, avaliou Marina. 

“Revista é imagem”, descreveu o professor Adauto Molk ao apontar as limitações com fotografias e ilustrações como sendo o principal desafio enfrentado pelo projeto. Impossibilitados de sair a campo, os alunos contaram com fotos e imagens disponibilizadas pelos entrevistados.

“Não tiramos fotos, fazemos fotojornalismo. As fotos não devem ser somente ilustrativas, é preciso pensar na informação que está sendo transmitida. Devido à produção remota, optamos por fotos menores e artes maiores. O resultado não decepcionou”, comemorou o docente. 

Toda a paginação e ilustração da revista ficou sob os cuidados de alunos do terceiro semestre da faculdade de Design Digital, proporcionando maior intimidade no uso de ferramentas digitais aos estudantes que estão no início de sua jornada acadêmica. Para o estudante Maximilham Brandão, um dos que atuaram nesta área, o projeto foi bem significativo para expandir o seu conhecimento.

“Quando eu vi a proposta da revista, eu fiquei surpreso, afinal era o meu primeiro contato com diagramação. Mas foi a partir daí que eu pesquisei e fui atrás de referências. Eu tinha noção dos conceitos, mas nunca tinha colocado a mão na massa. Ganhei experiências que vão me ajudar no futuro”, comentou Brandão.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Vitória Landgraf