Destaque
Apresentação da cantora aconteceu dia 23 deoutubro; ela morreu duas semanas depois em um acidente aéreo em Caratinga (MG)
Por André Galassi e Larissa Fortunato
A fisioterapeuta Priscila Moreira foi uma das milhares de pessoas presentes show da cantora Marilia Mendonça no Royal Palm Hall, em Campinas, a primeira e única passagem da cantora goiana pela cidade. O evento ocorreu dia 23 de outubro, exatas duas semanas antes do acidente que tirou a vida da artista e de mais quatro pessoas em Caratinga, Minas Gerais.
Acompanhando a vida da cantora ativamente desde 2017, Priscila foi uma entre tantas pessoas impactadas pela perda tão precoce da cantora. Ao descobrir a morte de Marília, sua artista favorita, as redes sociais da jovem passaram de vídeos e fotos do evento em Campinas para mensagens de luto e lembranças.
Ao Portal Digitais, a admiradora relembrou os momentos vividos no Royal e contou sobre o carinho do público com a cantora durante sua estádia em solos campineiros. ‘’Levei um presente para ela e consegui entregar. Para retribuir o presente que dei a ela e todo meu amor, ela veio até mim e me entregou a primeira toalha do show. Era tudo sempre muito recíproco esse amor e carinho dela conosco fã’’ contou Priscila.
Fã também esteve em último show da cantora
Mais do que a presença em Campinas, a fisioterapeuta também marcou presença em Sorocaba-SP, no último evento de Marilia antes do acidente, ocorrido quatro dias antes da queda do avião em Caratinga. ‘’No último, que aconteceu em Sorocaba, eu também estava presente. Os dois shows foram incríveis, como sempre era. Ela estava muito feliz’’ continuou ao Digitais.
Pandemia aumentou proximidade com o público
Para Natália Santos, estudante de Administração, a situação da pandemia aumentou ainda mais a relação de carinho do público com a Marilia. Presente nas redes sociais, a cantora realizou diversos shows virtuais ao longo dos 18 meses de paralisação no setor de eventos, arrecadando fundos para doação a instituições.
Aumentando a admiração pela cantora durante o período de confinamento, Natália, que diz admirar o realismo das letras das canções, afirmou que a ida no Royal Palm foi a realização de um sonho. ‘’Eu tinha o sonho de ir ao show dela. Antes da pandemia já tinha frequentado alguns shows de música sertaneja, mas queria ir ao dela. Surgiu essa oportunidade e vi que era a chance de conhecê-la de perto, admirar esse dom. Foi a realização de um sonho, fiquei muito feliz. Foi uma experiência incrível’’ contou ao Digitais.
Região de Campinas era local comum na vida de Marília
A cantora vivia o auge de sua carreira, e, por este motivo, se apresentava com frequência nas cidades da região de Campinas antes da pandemia e com a paralização dos eventos. Para a fã Camila Cherade, que já acompanhava os shows, diz que a perda da artista foi um choque e uma sensação de despedida.
Camila conta que compareceu em diversos eventos da ‘rainha da sofrência’, alcunha de Marilia na região. “Fui em vários, rodeio de Jaguariúna, Sumaré, Hortolândia, alguns teatros como Paulínia, o próprio Royal (Campinas) e já fui em outros lugares também”, declara. A fã ainda acrescentou que Marília cantava o que muitos vivem diariamente, a sofrência dos relacionamentos, e que sua maneira simples e humilde conquistou as pessoas. A apresentação no Royal Palm Hall, última que Camila foi, ficará marcada em sua memória. “Foi incrível. Logo após essa pandemia, quase dois anos longe dos shows, a gente via o quanto ela estava sofrendo com isso pelas redes sociais e lives. Estar em um show dela aqui na região é incrível”, relembra.
Legado e homenagens
Mesmo com apenas 26 anos, Marilia construiu uma carreira consolidada e deixou um legado para os fãs, que confirmam o sucesso e carinho pela cantora. “Ela marcou por ser uma mulher forte, autêntica é determinada. Quando olhamos tudo o que ela construiu, realmente foi um exemplo de artista. Ela é uma pessoa simples, estava próxima ao público e conquistou todo mundo”, comenta Natália Santos. Mendonça iria se apresentar em um dos maiores rodeios do Brasil em Jaguariúna-SP, no dia 03 de dezembro, ao lado da dupla sertaneja Jorge e Mateus, o dj JetLag e o cantor João Gomes.
Após o acidente, e o sentimento de luto e comoção de seus parceiros da vida sertaneja, fãs e familiares, o organizador do rodeio, Gui Marconi, informou que será feito uma homenagem para a cantora na data do show que se apresentaria.
No entanto, a empresa organizadora não detalhou quais serão os tributos prestados. Com eventos desde a última sexta-feira (26), Jaguariúna será o primeiro rodeio a retornar após a suspensão por conta do Covid-19.
Orientação: Profª Amanda Artioli
Edição: Letícia Almeida
Veja mais matéria sobre Destaque
Provão Paulista incentiva estudantes da rede pública
Desde 2023, a prova seriada se tornou porta de entrada para as melhores universidades do Estado de São Paulo
Sistema de Educação ainda requer ajustes para incluir alunos PcD na educação física
Apesar dos avanços na educação, alguns profissionais ainda se sentem despreparados para lidar com esse público nas aulas
Revolução na luta contra Alzheimer: Unicamp lidera avanços com IA na inovação farmacêutica
Pesquisas inovadoras unem tecnologia e biociência na busca de tratamentos eficazes para doença neurodegenerativa
Projeto social promove atividades pedagógicas em escolas de Campinas
São pelo menos 280 jovens mobilizados nos encontros e quatro escolas que abraçam as atividades propostas
Valinhos é eleita a cidade mais segura do Brasil em 2024
Uso de tecnologia e aumento de 30% no efetivo da Guarda Civil Municipal aumentam a segurança e a qualidade de vida na cidade
Novembro Azul destaca o papel da hereditariedade no avanço do câncer de próstata
Especialista explica como o fator genético pode acelerar o câncer masculino