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Pecuaristas e agricultores de Piracicaba tiveram um respiro, mas ainda se preocupam com a estiagem que atinge a região
Por Enrico Buenoli
A cidade de Piracicaba estava com chuvas abaixo da média histórica desde fevereiro desse ano, mas voltou a superar no mês de outubro, o segundo mais chuvoso. Uma notícia muito boa para produtores e agricultores da região que veem sofrendo com os baixos índices de pluviosidade. Porém, por conta do longo período de estiagem, ainda é pouco e sabem da importância que é a continuidade das chuvas.
O engenheiro agrônomo, Marcelo Domarco, que trabalha com pastagens, cana de açúcar, milho e soja, na região de Piracicaba, sabe da importância das chuvas, ainda mais por não ter um sistema de irrigação em suas plantações. O problema é que essa ajuda vem para a safra do ano que vem, enquanto as de 2021, acabaram sendo prejudicadas pelo longo período de estiagem.
“Como a redução das chuvas se deu desde fevereiro deste ano, tidas as culturas de verão (milho e soja) já estavam em final de ciclo e como não disponho de sistemas de irrigação, nada se pode fazer. Já o mês de outubro ajudou mais as pastagens, e a cana de açúcar, só que para a safra do ano que vêm, pois a safra deste ano foi muito prejudicada pela estiagem prolongada”, afirma Marcelo.
A falta de chuva prejudicou a agricultura e consequentemente os pecuaristas. O empresário, Lowel Trevisan, cria gado e viu o pasto ficando seco por conta da falta de chuva. Por conta disso, sofreu duplamente: “Tivemos que comprar silagem e ração para substituir a grama seca e a falta de pasto. Também subiu muito o preço da soja e do milho que são base das rações”, disse.
O empresário viu o pasto começando a sair, principalmente após as últimas semanas de outubro em que a chuva foi mais intensa. Porém, logo no começo de novembro, com duas semanas de sol forte, vento e pouca chuva, o problema continua e alerta para a necessidade da continuidade de chuvas.
A preocupação vai além dos trabalhadores, é um problema para toda a cidade e região por causa dos rios que fornecem água para a população. Segundo o coordenador de projetos do Consórcio PCJ, José Cezar Saad, as chuvas ajudaram e melhoraram as vasões dos rios, mas ainda não solucionam os problemas graves de estiagem.
“Embora a chuva média na bacia como um todo e também no sistema Cantareira no mês de outubro tenham ultrapassado sua média histórica, os rios ainda continuam com vasões médias e mensais, abaixo. A situação ainda requer muito cuidado e preocupação”, afirma. Marcelo, que está vivendo a pior estiagem que acompanhou, torce muito pela continuidade das chuvas e assim não atrapalhar a próxima safra. O mesmo serve para Lowel que pretende recuperar o pasto, podendo diminuir os gastos com rações e vitaminas necessárias, para que os animais não fiquem fracos.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Gabriela Tiburcio
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