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A preservação de áreas terrestres e marinhas costeiras foi tema principal da discussão
Por Marcela Peixoto
Aconteceu na tarde dessa quarta-feira,24, a palestra com o tema “Mata Atlântica em debate: Mais áreas protegidas nos municípios costeiros”. A atividade, transmitida pelo Youtube, teve como objetivo discutir a importância de reservas marinhas e terrestres na preservação do meio ambiente.
O encontro foi organizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, uma ONG fundada em 1986 com o objetivo de proteger o bioma. A diretora Marcia Hirota e o coordenador Diego Martins (representantes da fundação) participaram no início da discussão. Em sua participação, a diretora diz que o principal objetivo da fundação a inserção da sociedade na defesa desse bioma.
A discussão contou com a presença de três especialistas: A pesquisadora Morena Mills, a doutora em ciências biológicas Samanta Cristiano e o oceanógrafo Ricardo Haponiuk. A exposição teve uma duração de, aproximadamente, uma hora e 30 minutos, e teve como mediadora a jornalista e editora Maíra Pabst.
As áreas de proteção citadas na palestra são regiões protegidas pela legislação brasileira, cujo objetivo é conservar a fauna e a flora local e, consequentemente, preservar os patrimônios naturais e históricos do país. Nesse ano, a Organização das Nações Unidas criou a proposta de proteger 30% das áreas marinhas e terrestre mais importantes para a biodiversidade até o ano de 2030.
A doutora Samanta Cristiano apresenta na discussão um estudo realizado por ela, que traz dados e informações a respeito dessas áreas costeiras protegidas. Em um total de 265 municípios costeiros que possuem mata atlântica, apenas 73 possuem unidades de proteção do ecossistema.
Já a pesquisadora Morena Mills comenta a importância da participação social nessas áreas de preservação. Para ela, o planejamento das unidades de conservação deve ser participativo e deliberativo. Morena reforça sobre a necessidade da inclusão de diversos representantes nesses tipos de decisões. A pesquisadora realça a importância de se criar planos compatíveis com as necessidades locais, e a melhor forma de realizada é ouvindo a população.
No entanto, o oceanógrafo Ricardo aponta alguns dos empecilhos para o ampliamento dessas áreas de proteção. Em um senso realizado pela ANAMMA (Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente), a falta de apoio institucional, insuficiência de recursos humanos e financeiros são apenas alguns dos entraves na criação e organização de áreas de preservação.
A principal solução proposta pelos participantes da discussão é a participação ativa da população. Tomar decisões conscientes nas eleições e participar de fóruns públicos são algumas das sugestões apresentadas.
Abrigando mais de 20.000 de espécies vegetais e 2040 espécies de animais, o bioma da Mata Atlântica possui uma das maiores biodiversidades do mundo, e carece de atenção. Preservar essas áreas se faz essencial, complementa o oceanógrafo. “Por mais que seja complexo e desanimador, existem inúmeras maneiras de ajudar. Mudança do clima exige ações, e precisamos agir agora”, finaliza.
Acesse aqui a transmissão completa pelo Youtube
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Marcela Peixoto
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